Descubra como as recentes mudanças na Lei dos Solos estão a causar uma verdadeira maré de reações por todo o país!
Esta quarta-feira, o Parlamento Português debateu as alterações à Lei dos Solos, que, embora tenha entrado em vigor há apenas um mês, já provocou grande agitação. O novo decreto-lei do Governo, que faz parte do Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial (RJIGT), está a gerar um clima de incerteza na área do investimento imobiliário. Especialistas alertam para uma valorização dos terrenos rústicos em várias regiões, o que levanta questões sobre a especulação imobiliária e o impacto nas paisagens naturais preservadas.
Investidores demonstram hesitação face a essas mudanças, com algumas imobiliárias a reportar uma súbita subida de preços em terrenos rústicos. Parece que o efeito dominó das novas disposições legais começou a fazer-se sentir, mas a dúvida sobre o futuro ainda permanece. Marisa Matias, do Bloco de Esquerda, sublinha a importância de travar a lei, colocando em dúvida se essas alterações legislativas promovem o bem-estar da sociedade ou apenas aumentam o lucro de alguns. Para ela, a real questão é a forma como a legislação está a aumentar o negócio da especulação e a afetar o equilíbrio das áreas rurais e urbanas.
Por outro lado, a crítica não se limita apenas aos políticos. Avelino Oliveira, presidente da Ordem dos Arquitetos, apelida esta lei de "lei tiririca", sugerindo que é um passo atrás no que já estava a ser um panorama regulamentar positivo. Os responsáveis de imobiliárias notaram que, apesar do aumento de preços, as vendas estão a abrandar por causa da incerteza gerada por esta nova legislação. É um sentimento de frustração que se espalha por diversos setores da sociedade, enquanto o Governo confia que o Partido Socialista aprovará a lei na sessão desta quarta-feira.
No entanto, o impacto desta nova lei poderá ser mais profundo do que parece. Isaltino Morais, conhecido político, adverte que a área de Lisboa pode enfrentar um aumento considerável na construção de barracas, um reflexo da especulação desenfreada que a nova legislação poderia fomentar. À medida que as zonas rurais se tornam mais acessíveis para construção, a relação entre o ambiente e a urbanização poderia estar em risco.
Para terminar, é interessante notar que esta não é a primeira vez que questões relacionadas com a Lei dos Solos suscitam preocupação em Portugal. Historicamente, mudanças em regulamentações territoriais têm causado provocações sociais e debates acalorados. O efeito das alterações na Lei dos Solos é um exemplo perfeito de como pequenos ajustes podem gerar grandes reações e provocar uma reavaliação da forma como gerimos o espaço que habitamos. Afinal de contas, que valor dará um terreno se o ambiente ao redor começar a desaparecer?
Menos de um mês depois de entrar em vigor, o decreto-lei do Governo que alterou o Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial (RJIGT) vai ser ...
Os preços dos terrenos rústicos estão já a subir, em algumas regiões do país. Algumas imobiliárias dão conta da valorização de solos rústicos, possíveis de ...
Para Marisa Matias, a “questão política de fundo” está “na forma como se está a recorrer a alterações legislativas para aumentar o negócio da especulação”
A possibilidade de construir em terrenos rústicos, não só abrirá caminho à ocupação opressiva da paisagem agrícola e de espaços naturais ainda preservados, ...
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