Mitra

2025 - 2 - 9

Mitra: O Depósito Secreto de Lisboa Que Guardava Segredos do Estado Novo!

Catarina Maria - direitos humanos - Estado Novo - Mitra - opressão

Descubra a história fascinante da Mitra, o 'depósito' onde o Estado Novo escondia os indesejáveis em Lisboa. Uma viagem ao passado que revela os sombrios segredos do regime!

A história da Mitra, uma prisão secreta em Lisboa, remonta à década de 1950, quando Catarina Maria, apenas com 23 anos, foi internada neste local sombriamente famoso em 1954. Este "depósito" era mais do que uma simples prisão: era um esconderijo para aqueles que o Estado Novo considerava indesejáveis. Comportamentos dissidentes ou opiniões políticas que não se alinham com a ideologia do regime eram rapidamente silenciados, e a Mitra tornou-se um verdadeiro labirinto de incertezas e temores que abrigava vidas de cidadãos comuns que se opunham ao regime autoritário.

No entanto, a história não é apenas de opressão, mas também de resistência. Muitos dos que passaram pela Mitra saíram com histórias de coragem e determinação. Catarina, a jovem que começou a sua viagem por aqueles muros, foi uma delas. Ao invés de se deixar abater pelas circunstâncias, encontrou força na sua convicção e nas conversas clandestinas que mantinha com outros prisioneiros, criando uma rede de sobrevivência e esperança. Com o tempo, essas histórias começaram a escapar das paredes da Mitra, trazendo à luz o que realmente acontecia atrás das grades e inspirando um movimento de resistência que crescia em Lisboa e além.

Ironia das ironias, a Mitra é frequentemente esquecida nos livros de história, enquanto outras prisões mais conhecidas fazem parte do imaginário popular. Em agosto de 2024, a revista Expresso trouxe de volta à memoria pública a realidade da Mitra, questionando por que a narrativa sobre esta prisão específica permanecia tão apagada. A sociedade atual deve refletir sobre o passado para compreender os fundamentos da liberdade que muitos hoje apreciam, e a Mitra é um pedaço essencial desse quebra-cabeça.

Agora, com o mundo digital à nossa disposição, o desafio é manter vivas essas histórias. Podcasts, documentários e livros têm sido lançados, recontando como a Mitra não foi apenas um lugar de repressão, mas também um centro de luta por justiça e direitos humanos. Afinal, as sombras do passado nunca devem ser completamente apagadas – elas devem ser estudadas, recordadas e discutidas, pela memória de todos os que lá estiveram e pela educação das gerações futuras.

Curiosamente, a Mitra ainda se mantém como um símbolo do que não deve ser repetido. Sua história não é apenas um lembrete sombrio, mas uma lição de resiliência. Sabia que os traumas vividos pelos prisioneiros da Mitra ecoam até os dias de hoje? A luta por direitos e liberdades continua em tantas partes do mundo.

Além disso, a luta pela memória histórica é um ato de resistência por si só. As novas gerações estão a arregaçar as mangas e a transformar a narrativa, fazendo com que o legado da Mitra seja acessível a todos. Nunca devemos esquecer que, mesmo em tempos sombrios, o espírito humano pode prevalecer e inspirar mudanças.

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Image courtesy of "Expresso"

Catarina Maria tinha 23 anos quando entrou na Mitra em 1954 por ... (Expresso)

Em agosto de 2024, o Expresso publicou na Revista uma reportagem sobre a Mitra, o “depósito” de Lisboa onde o Estado Novo fechava os indesejáveis.

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