Trump quer o Canal do Panamá de volta, mas os indígenas, a ONU e até a Rússia não estão nada satisfeitos!
Nos últimos tempos, o Canal do Panamá tem estado no centro das atenções de Donald Trump. O recém-empossado presidente dos EUA fez declarações polêmicas, sugerindo que o canal, que é uma parte crucial das rotas comerciais globais, deveria ser devolvido aos Estados Unidos. O discurso de posse deixou claro que uma das suas prioridades será também militarizar a fronteira e recuperar o controle de áreas que considera vitais para os interesses norte-americanos. No entanto, os panamenhos e em especial os povos indígenas do Panamá, estão decididos a defender a soberania de sua nação.
Em resposta aos comentários de Trump, o Conselho Nacional para o Desenvolvimento Integral dos Povos Indígenas do Panamá manifestou sua indignação. Eles fazem questão de enfatizar que "O Canal do Panamá, hoje e sempre, continuará a pertencer ao povo panamiano." Eles citam não só a história, mas também o impacto cultural e econômico que o canal tem na vida dos cidadãos panamenhos. Esses sentimentos foram reforçados por uma carta enviada pelo presidente panamenho à ONU, criticando a retórica belicosa do novo presidente americano, que, segundo ele, viola os princípios de respeito entre nações.
Além das repercussões políticas, há uma pressão econômica em jogo. As alegações de controle chinês sobre o Canal foram desmentidas por muitos especialistas, que insistem que, embora a China tenha investimentos na infraestrutura, não possui controle militar sobre a área. Para Trump, ter um aliado forte na região é essencial, mas a retórica pode gerar mais problemas do que soluções. Até mesmo a Rússia se envolveu na conversa, enviando um aviso claro a Trump: "Nem pensar em tomar o controlo do Canal do Panamá!" A ironia de o monstro geopolítico da guerra fria entrar no debate não é perdida para ninguém.
Resta saber como essa situação se desenrolará. As tensões globais aumentam, com potências como a Rússia, China, e os Estados Unidos jogando seus tabuleiros em território panamenho. Se Trump realmente acredita que uma mera assinatura pode reverter décadas de soberania, ele pode estar em um mundo de negação.
Curiosamente, o Canal do Panamá foi entregue ao Panamá em 1999, após 85 anos de controle dos Estados Unidos. Esta entrega foi vista como um marco para a autonomia panamenha na esfera internacional. E lembre-se: o Canal é um dos locais mais movimentados do mundo, com cerca de 14 mil embarcações passando por ele anualmente, o que representa quase 5% do comércio marítimo global! Portanto, o que está em jogo vai muito além das palavras de um presidente que sonha em recuperar âmbitos de sua infância.
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"O Canal do Panamá, hoje e sempre, continuará a pertencer ao povo panamiano", disse o Conselho Nacional para o Desenvolvimento Integral dos Povos Indígenas.
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Moscovo enviou uma mensagem esta terça-feira ao novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump: nem pense em tomar o controlo do Canal do Panamá.