Antonio jose Seguro

2024 - 11 - 25

Quando a Constituição pedia mais paixão: o estranho mundo dos Programas de Governo!

Antonio José Seguro - Constituição de 1976 - Política Portuguesa - Responsabilidade Governamental - Voto no Programa do Governo

Sabia que a Constituição de 1976 exigia voto nos Programas do Governo? Venha descobrir como isso mudou com o tempo!

Em uma conversa reveladora com a CNN Portugal, o antigo Secretário-Geral do PS, António José Seguro, trouxe à tona um tema que muitos portugueses já se esqueceram: a exigência de voto no Programa do Governo, algo que estava alinhado com a Constituição de 1976. Este modelo, que obrigava os partidos a apresentar suas propostas em detalhe, fazia com que os eleitores tivessem uma ideia clara do que esperar dos seus governantes antes de irem às urnas. Mas o que levou a essa mudança de paradigma?

Seguro ressaltou que, nos dias de hoje, o foco parece estar mais nos resultados rápidos e na imagem dos candidatos do que nas linhas políticas que realmente vão moldar o futuro do país. Afinal, já não se ouvem muitos debates apaixonados sobre os Programas de Governo durante a campanha, como acontecia nas décadas passadas. Em vez disso, são as promessas vagas e as campanhas com slogans impactantes que dominam o cenário político.

Um dos pontos interessantes que ele levantou foi que a falta de uma jardinagem mais precisa dos Programas de Governo pode levar a uma desinformação generalizada. As pessoas, ao menos nos anos 70, tinham mais elementos para formar suas opiniões e tomar decisões. A Constituição não apenas pedia um voto consciente, mas promovia um diálogo mais profundo entre eleitores e candidatos, o que poderia ajudar a evitar muitas das frustrações que surgem nas épocas de governo.

Embora a Constituição de 1976 tenha sido um avanço para a democracia portuguesa, é interessante pensar em como ter um diálogo mais aberto sobre os Programas de Governo poderia melhorar a vida política atual. Afinal, quanto mais informados estivermos, melhores decisões poderemos fazer. O oxigênio da democracia é a participação ativa e informada, e a falta de um Programa claro só contribui para a apatia política.

Em suma, a discussão sobre os Programas de Governo é um lembrete de quão importante é para a democracia manter um debate robusto e informado. Enquanto tentamos navegar em um mundo cheio de distrações na política moderna, talvez seja hora de revisitar o que a Constituição realmente pedia e como isso poderia melhorar a forma como votamos. Sabia que no Brasil a situação é bem diferente? Eles ainda mantêm uma tradição de apresentar o Programa para votação! E aqui em Portugal, quem sabe um dia não voltamos a ter o poder de decidir mais do que apenas entre rostos bonitos? Afinal, um bom Programa pode ser tão sexy quanto!

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