O que Soares diria sobre o 25 de Novembro? E quem recusou a comemoração? Descobre tudo aqui!
No dia 25 de Novembro, recordamos um marco significativo da história portuguesa, o qual desenhou o futuro político do país de formas inesperadas. Joaquim Vieira, um respeitado jornalista e biógrafo de Mário Soares, compartilhou a visão de que Soares, embora tenha sido um grande vencedor das batalhas políticas da época, provavelmente não se sentiria à vontade com a forma como a data é celebrada atualmente. Com base em análises e reflexões, Vieira sugere que Soares acreditaria que a verdadeira essência do 25 de Novembro foi distorcida, transformando a data numa espécie de mitologia em vez de uma lembrança real do que ocorreu.
A controvérsia em torno da comemoração é acentuada por declarações de antigos membros do Grupo dos Nove, que, ao contrário do que se poderia esperar, recusaram participar nas celebrações na Assembleia da República este ano. Para Pezarat Correia e Sousa de Castro, a sessão evocativa não respeita a memória do evento que eles vivenciaram, assegurando que o que estava a ser comemorado não é o mesmo 25 de Novembro que testemunharam. Essa recusa não apenas intensifica as divisões políticas em torno da data, mas traz à tona o dilema de como a história e a memória coletiva são moldadas e reinterpretadas ao longo do tempo.
Outro ponto interessante da discussão é o papel isolado do Partido Comunista Português (PCP) na Constituinte, na sequência dos eventos que se desenrolaram em Novembro de 1975. Um clima de alcançada descontração, marcado por risos e vaias, revelava a forte aversão que outros partidos tinham em relação ao PCP. Esta atmosfera peculiar ajudou a solidificar o status do PCP como um dos protagonistas da confusão política da época, mas sem participação ou reconhecimento nesta celebração.
Celebrar o 25 de Novembro é um ato pleno de matizes; enquanto alguns o veem como uma data que salvou Portugal de um caminho perigoso, outros lamentam a forma como a sua memória é celebrada. O comentador da CNN Portugal, Miguel Macedo, ironiza ao afirmar que as datas de Abril e Novembro, embora complementares, não são equivalentes; Abril é visto como a luz, enquanto Novembro poderia ser considerado uma sombra que se projecta sobre a República.
Fato curioso: o 25 de Abril e o 25 de Novembro são frequentemente referidos em discussões sobre a evolução da democracia em Portugal, mas o primeiro é celebrado como um triunfo da liberdade, enquanto o segundo carrega um peso de controvérsia. Além disso, a recusa de figuras históricas nas comemorações não é nova e serve como lembrete de que a política portuguesa continua a ser um palco de debates acalorados e divisões.
Por fim, sabe-se que Mário Soares, líder carismático do PS, não apenas foi uma figura central nos eventos, mas a sua capacidade de se reinventar e criticar os próprios colegas é algo que continua a fazer parte do debate político e histórico moderno. A sua visão, de que a história é feita por muitos e não apenas por alguns, ecoa ainda hoje em sua análise sobre as datas que moldaram o nosso presente.
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Pezarat Correia e Sousa e Castro recusaram participar na sessão evocativa do 25 de Novembro de 1975 na Assembleia da República, considerando que a data está ...
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O histórico líder socialista Mário Soares foi "um grande vencedor" do 25 de Novembro, ao inspirar a criação do Grupo dos Nove que travou a derrapagem para ...
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