Vladimir Putin

Guterres na Rússia: O que acontece quando um português abraça a controvérsia?

Descobre como António Guterres navega entre o papel da ONU e a controvérsia do encontro com Putin!

A cidade de Kazan, na Rússia, tornou-se o epicentro de um dos encontros mais debatidos da atualidade: a cimeira do BRICS. António Guterres, o secretário-geral da ONU e português de coração, decidiu aceitar o convite de Vladimir Putin, levando a polémica a novos patamares. Para muitos, essa decisão parece um oxímoro, dado que Guterres não aceitou o convite para uma cimeira sobre Paz, na Suíça. O comodismo diplomático nunca foi tão complexo!

A crítica da Ucrânia não tardou a chegar e o Ministério dos Negócios Estrangeiros do país não poupou palavras. O MNE ucraniano descreveu Guterres como tendo tomado a decisão errada ao aceitar reunir-se com um "criminoso de guerra". Afinal, não é todos os dias que um secretário-geral da ONU é acusado de dar espaço a um líder banido do palco internacional, enquanto tenta promover a paz e a diplomacia! É um verdadeiro jogo de xadrez, mas com peças que parecem constantemente trocadas.

Enquanto isso, na Europa, a administração se mantém "confiante" de que Guterres, em sua costumeira habilidade diplomática, usará esta oportunidade para apelar a Putin a cessar as hostilidades na Ucrânia. Ao longo de três dias, mais de 30 países estão reunidos em Kazan, e Putin, longe de parecer isolado, celebra a presença e a significância deste bloco econômico. Entre discursos e promessas, a ideia de que Putin está encurralado parece mais um mito do que uma realidade.

Logo, surge uma questão que paira no ar: a decisão de Guterres pode ser vista como uma estratégia para ampliar a influência da ONU ou como uma trapaceada diplomática? Só o tempo dirá, mas uma coisa é certa: a sorte que leva Guterres a Kazan poderá, de fato, ser uma alforria inesperada para as relações internacionais.

Interessantemente, os BRICS, que englobam Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, têm como objetivo formar uma alternativa ao discurso Ocidental dominante, sendo esta cimeira fundamental à sua expansão e relevância geopolítica. Além disso, Vladimir Putin, apesar das sanções e da pressão global, mostra que, com habilidade, pode ainda alavancar alianças significativas e influentes. Será que esta é a nova Era da Diplomacia?