Uma marcha em Lisboa cheia de bandeiras e balões pretos, motoristas TVDE exigindo condições dignas — o que mais poderia acontecer?
Lisboa foi palco de um vibrante protesto protagonizado por motoristas e parceiros do serviço de Transporte Individual de Passageiros em Veículo Descaracterizado (TVDE). Em uma demonstração de descontentamento, as ruas da capital encheram-se de carros adornados com bandeiras que identificam a atividade e balões pretos que simbolizam a insatisfação. O foco das reivindicações? Melhorias nas condições de trabalho e uma revisão significativa da legislação que regula o setor, que, segundo os motoristas, está desatualizada e não atende às suas necessidades atuais.
Entre as queixas está a carga horária extenuante, com motoristas afirmando que trabalham entre 14 e 15 horas por dia, ganhando, muitas vezes, menos do que o salário mínimo nacional. É um cenário preocupante que reflete a dura realidade desses profissionais, que lutam para alimentar suas famílias e ter uma vida digna. Na concentração, muitos compartilharam histórias emocionantes sobre como a pressão financeira afeta não apenas suas vidas, mas também a saúde mental e o bem-estar familiar.
O protesto culminou em frente à Assembleia da República, onde centenas de motoristas e parceiros esperam que suas vozes sejam finalmente ouvidas. O Partido Social Democrata (PSD) já assegurou que apresentará propostas de alteração à legislação vigente, refletindo uma abertura política que pode ser a luz no final do túnel para esses trabalhadores. A luta pela dignidade e pelos direitos laborais não é apenas uma questão local, mas um eco das lutas de muitos outros setores em busca de justiça social.
Num mundo onde os aplicativos de mobilidade têm dominado as ruas, é importante lembrar que a luta dos motoristas TVDE é parte de uma discussão mais ampla sobre o emprego e a regulamentação do trabalho moderno. Sabias que muitos motoristas denunciam que, devido às longas horas, muitas vezes não conseguem equilibrar a sua vida profissional e pessoal? E, enquanto isso, o aumento da demanda por serviços de TVDE demonstra que esse modelo de transporte continua a ser viável, mas a que custo para quem garante esse serviço? Essa é a pergunta que precisa ser respondida, não só por quem decide, mas por toda a sociedade que se utiliza deste serviço.
Os carros levam bandeiras que identificam a atividade de TVDE e balões pretos que simbolizam o descontentamento. Protesto visa reivindicar melhores ...
Os motoristas de TVDE querem a revisão da lei que regula o setor. Queixam-se do excesso de horas de trabalho e dos baixos salários.
Centenas de profissionais de todo o país marcarão presença na concentração que terminará em frente à Assembleia da República, em Lisboa.
Cerca de 40 motoristas e parceiros associados concentraram-se esta segunda-feira de manhã no Campo Grande, em Lisboa.
Ricardo Luengo trabalha, em média, 14 a 15 horas por dia, e o que ganha não chega ao salário mínimo. Motorista diz que tem dificuldades em “pôr comida na ...