A última crónica do refugiado afegão Samim Seerat, que vive com a família em Torres Vedras. Em breve vai acabar o apoio do governo.
Gostaria de agradecer a Alana por me ter apresentado a Catarina, e também gostaria de agradecer à Catarina por me ter dado a oportunidade de escrever. Aceitei a oferta dela e comecei a escrever sobre a minha viagem neste período de um ano, com a cooperação da equipa deles. As raparigas são privadas de educação e as mulheres são privadas dos seus direitos. É importante dizer que a região de Torres Vedras tem um clima excelente e as pessoas são amáveis e de bom coração. A Sama entrou na escola este ano e eu iniciei um curso de língua portuguesa – quase ao fim de um ano. Tivemos a sorte de o Alto Comissariado para as Migrações e a Câmara Municipal de Torres Vedras nos terem fornecido uma casa para recomeçarmos. Fazemos o nosso melhor para, com o passar do tempo, nos habituarmos gradualmente a viver neste país e ultrapassarmos os problemas. Os dias e as noites passavam, e estávamos a habituar-nos a viver no CPR – o Centro de Apoio aos Refugiados – e também com os outros imigrantes. Fiquei preocupado com a nova vida nesse lugar novo para nós, mas disseram-me que o governo português nos apoiaria onde quer que estivéssemos durante mais de um ano. A nossa intimidade e amizade com os outros imigrantes aumentava a cada dia que passava e a cada noite todos os imigrantes jantavam juntos na mesma sala. A Sama tinha visto o Pai Natal e a árvore na televisão (desenhos animados), mas não na vida real. Atiq e eu costumávamos ir às compras juntos e à noite cozinhávamos todos juntos e comíamos todos à volta da mesma mesa e devo dizer que Atiq tornou-se como um membro da família para nós.
Farid conta que a irmã dedicava a os dias a tentar ajudar os refugiadas e fala de um caso mais complicado de um refugiado "com feitio especial"
A irmã quis ajudar a proteger o professor que o afegão estava a tentar esfaquear e acabou ela por não resistir. A quantidade de refugiadas era tanta, conta Farid, que a irmã usava o seu tempo quase todo para resolver os problemas e arranjar soluções. [Farana Sadrudin](https://cnnportugal.iol.pt/centro-ismaili/mariana-jadaugy/tudo-o-que-se-sabe-sobre-as-vitimas-do-ataque-ao-centro-ismaili/20230328/6422ff0d0cf2dce741b1ecd0), 49 anos, passava os dias a tentar encontrar soluções para os refugiados que pediam apoio ao [centro ismaelita de Lisboa](https://cnnportugal.iol.pt/centro-ismaili-de-lisboa/ataque/tudo-o-que-sabemos-sobre-o-ataque-no-centro-ismaili-de-lisboa/20230328/6422fca3d34ef47b87533492) e, segundo revela o seu irmão Farid havia, pelo menos, um caso complicado. Farana, explica o seu irmão, dedicava a vida a ajudar estas pessoas que eram acolhidas em Portugal, e que não tinham nada, ou quase nada. Mas ela defendia-se bem”, conta Farid, explicando que o [atacante](https://cnnportugal.iol.pt/centro-ismaili/ataque/quem-e-abdul-beshir-o-atacante-do-centro-ismaili/20230328/6422f3070cf2665294dc5755) é, de acordo com as pessoas da comunidade que lhe ligaram a dar os sentimentos, “frequentador da igreja” no centro. Mas ela não desistia.
Farid conta que a irmã dedicava a os dias a tentar ajudar os refugiadas e fala de um caso mais complicado de um refugiado "com feitio especial"
A irmã quis ajudar a proteger o professor que o afegão estava a tentar esfaquear e acabou ela por não resistir. A quantidade de refugiadas era tanta, conta Farid, que a irmã usava o seu tempo quase todo para resolver os problemas e arranjar soluções. [Farana Sadrudin](https://cnnportugal.iol.pt/centro-ismaili/mariana-jadaugy/tudo-o-que-se-sabe-sobre-as-vitimas-do-ataque-ao-centro-ismaili/20230328/6422ff0d0cf2dce741b1ecd0), 49 anos, passava os dias a tentar encontrar soluções para os refugiados que pediam apoio ao [centro ismaelita de Lisboa](https://cnnportugal.iol.pt/centro-ismaili-de-lisboa/ataque/tudo-o-que-sabemos-sobre-o-ataque-no-centro-ismaili-de-lisboa/20230328/6422fca3d34ef47b87533492) e, segundo revela o seu irmão Farid havia, pelo menos, um caso complicado. Farana, explica o seu irmão, dedicava a vida a ajudar estas pessoas que eram acolhidas em Portugal, e que não tinham nada, ou quase nada. Mas ela defendia-se bem”, conta Farid, explicando que o [atacante](https://cnnportugal.iol.pt/centro-ismaili/ataque/quem-e-abdul-beshir-o-atacante-do-centro-ismaili/20230328/6422f3070cf2665294dc5755) é, de acordo com as pessoas da comunidade que lhe ligaram a dar os sentimentos, “frequentador da igreja” no centro. Mas ela não desistia.