Israel

2023 - 3 - 27

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Israel está a ferro e fogo. Oito perguntas e respostas para melhor ... (Expresso)

Milhares de israelitas estão nas ruas em cumprimento de uma greve geral que tem na origem um polémico processo de reforma judicial. Para esta segunda-feira ...

Além do Likud, partido que lidera e que é uma formação histórica desde a fundação de Israel, integram a coligação de governo partidos religiosos ultraortodoxos (Judaísmo Unido da Torá, Shas) e formações de extrema-direita (Sionismo Religioso, Força Judaica e Noam). As últimas notícias dão conta de que deverá ceder às ruas e anunciar a suspensão do processo de reforma judicial. Está no cargo desde dezembro passado, à frente de uma coligação do Likud com a extrema-direita e os partidos de judeus ultraortodoxos. Segundo o diário “Haaretz”, nas redes sociais grupos de extrema-direita estão a apelar ao uso de “explosivos, armas e facas” no protesto de segunda-feira à tarde. Basicamente, ameaça a separação de poderes, subordinando o poder judicial ao poder executivo. O aeroporto Ben Gurion, em Telavive, foi encerrado, as universidades anunciaram uma greve por tempo indeterminado, a cadeia de supermercados Big e os restaurantes McDonald’s fecharam portas.

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Presidente de Israel pede fim imediato da reforma judicial (Observador)

A reforma judicial desencadeou uma das mais graves crises internas de Israel, ao unir, em oposição generalizada, líderes empresariais, ...

“Toda a nação está profundamente preocupada. Uma aparente calma regressou às ruas do país depois de uma noite de protestos, em que milhares de manifestantes acenderam fogueiras na principal autoestrada de Telavive, bloqueando a passagem, bem como em outras em todo o país. “Pelo bem da unidade do povo de Israel, pelo bem da responsabilidade necessária, peço que ponham fim ao processo legislativo de imediato”, afirmou Isaac Herzog, em comunicado, quando o país regista as maiores manifestações de sempre e se encontra à beira de uma greve geral.

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Reforma judicial. Protestos em Israel sobem de tom após demissão ... (RTP)

Os Estados Unidos admitiram estar "profundamente preocupados" com a situação em Israel, depois de o ministro da Defesa ter sido demitido.

Em Telavive, milhares de pessoas bloquearam o tráfego na principal artéria da cidade, empunhando bandeiras israelitas e gritando "democracia, democracia". No domingo, a decisão de Netanyahu de demitir o ministro da Defesa aconteceu menos de 24 horas depois de este ter pedido publicamente a interrupção da polémica reforma judicial." O Governo pretende aprovar a lei esta semana, o que tem motivado a intensificação de protestos contra a reforma. Digo em voz alta e publicamente, que para o bem do Estado de Israel e dos nossos filhos, devemos interromper este processo legislativo", disse Gallant, no sábado, durante uma intervenção na televisão. Os Estados Unidos admitiram estar "profundamente preocupados" com a situação em Israel, depois de o ministro da Defesa ter sido demitido. No país, dezenas de milhares de israelitas saíram à rua para protestar contra a saída de Yoav Gallant do Governo e o presidente israelita apelou ao primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, para "atuar com responsabilidade e coragem" e pôr fim "de imediato" ao processo legislativo da polémica que está a dividir o país.

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Embaixada de Israel em Portugal encerrada. Funcionários aderiram ... (Observador)

A embaixada israelita está encerrada "até nova ordem", anunciou a representante diplomática do país, justificando o fecho com a greve geral convocada pela ...

Esta segunda-feira o próprio Devido à decisão da União de Sindicatos em Israel – para a qual todas as embaixadas israelitas são instruídas a parar de trabalhar e a entrar em greve – a Embaixada será fechada hoje até nova ordem. Devido à decisão da União de Sindicatos em Israel — para a qual todas as embaixadas israelitas são instruídas a parar de trabalhar e a entrar em greve — a Embaixada será fechada hoje [esta segunda-feira] até nova ordem.

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Os pontos polémicos da reforma judicial que dividem Israel (Diário de Notícias - Lisboa)

A reforma judicial anunciada pelo governo israelita diminui a independência da justiça e aumenta o controlo do executivo. Esta legislação provocou os ...

As mudanças propostas visam impedir que o STJ possa rever a legislação, incluindo a Lei Básica, um conjunto de leis com estatuto constitucional. Além disso, as opiniões desses consultores deixariam de ser vinculativas e exequíveis. Esta legislação provocou os maiores protestos da história de Israel.

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Manifestações históricas em Israel: o que motiva os protestos? (SIC Notícias)

O Governo israelita apresentou um conjunto de leis para reformar o sistema judicial do país. As medidas estão a ser muito criticadas por retirarem autonomia ...

Críticos que consideram que o primeiro-ministro violou esta declaração de conflito de interesses avançaram com uma petição, apelando ao Supremo Tribunal que o declare como inapto e o retire do cargo. Outra norma que poderá beneficiar o primeiro-ministro é a escolha os juízes do Supremo Tribunal. Vários líderes internacionais, que se reuniram com o primeiro-ministro israelita nos últimos dias, aconselharam-no a parar com este processo. Uma das leis que poderá ter um interesse especial para Benjamin Nethanyahu é a alteração dos critérios para considerar o primeiro-ministro como inapto. O Governo começa por alterar a composição do comité que recomenda a nomeação de juízes para o Supremo Tribunal. Por outro, é criada uma cláusula de substituição que permitiria a uma maioria simples do Knesset a anulação de decisões do Supremo Tribunal sobre revogação ou modificações de lei. Passam a ser apenas consideradas como válidas razões de incapacidade física e mental, sendo necessário que o primeiro-ministro ou dois terços do Parlamento votem esta declaração. Os críticos do regime consideram que estas medidas vão beneficiar o Governo de Nethanyahu. Tanto a oposição como uma grande parte da opinião pública acusam o primeiro-ministro de querer reformar o sistema judicial por causa do processo de corrupção contra ele, que está atualmente a decorrer. Por um lado, a reforma propõe que seja necessário um consenso de 80% do corpo de desembargadores do Supremo Tribunal para revogar uma lei. As novas leis preveem, entre outras, a alteração do processo de nomeação dos juízes e a alteração das deliberações judiciais tomadas por este tribunal. Pediu que atue “com responsabilidade e coragem” e que acabe “de imediato” com o processo legislativo que está a desencadear uma das mais graves crises internas no país.

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Embaixada de Israel em Portugal encerrada até nova ordem (TSF Online)

Funcionários da representação diplomática não voltam ao trabalho depois da hora de almoço por aderirem aos protestos no país.

A decisão foi entretanto oficializada pela representação diplomática. Fonte da embaixada israelita em Portugal avançou à TSF que os funcionários são representados pelo sindicato em questão e decidiram acatar a recomendação, pelo que a representação diplomática já não abre depois do almoço. As embaixadas de Israel em todo o mundo estão a ser encerradas no seguimento do apelo da maior central sindical do país, Histadrut, a uma greve geral - que foi mobilizada em apenas algumas horas -, contra a reforma judicial anunciada pelo Governo de Netanyahu que vai diminuir a independência da justiça e aumentar o controlo do executivo.

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Greve geral contra reforma judicial paralisa Israel em poucas horas (TSF Online)

Netanyahu está a ser pressionado pelos israelitas a voltar atrás na decisão que retira poder ao Supremo Tribunal. Por outro lado, os parceiros de Governo da ...

Esperava-se que dissesse ao país que, afinal, a reforma não avança, mas há rumores na imprensa local de que os parceiros da extrema-direita ameaçam deixar cair o Governo se Netanyahu der um passo atrás. E assim está a ser. "Convoco uma greve geral (...) assim que esta conferência de imprensa terminar.

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Embaixada de Israel em Portugal fechada "até nova ordem" (SIC Notícias)

Na sequência da reforma do sistema judicial, que procura limitar os poderes do Supremo Tribunal, transferindo competências judiciais para as mãos dos ...

Este organismo passaria de nove para 11 elementos, sendo composto, na sua maioria, por elementos do Governo e da coligação parlamentar. Esta reforma, a confirmar-se, será a mais significativa desde que o sistema judiciário foi fundado, em 1948. Na sequência da reforma do sistema judicial, que procura limitar os poderes do Supremo Tribunal, transferindo competências judiciais para as mãos dos políticos, a União de Sindicatos em Israel decidiu avançar com uma greve.

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Embaixada de Israel em Lisboa fechada "até nova ordem ... (Renascença)

União de Sindicatos de Israel convocou greve geral face aos planos de reforma judicial apresentados por Netanyahu, que já levaram o primeiro-ministro a ...

As universidades de todo o país fecharam "até nova ordem" em protesto e os sindicatos apelaram a uma greve geral contra os planos do Governo. "Devido à decisão da União de Sindicatos em Israel - para a qual todas as embaixadas israelitas são instruídas a parar de trabalhar e a entrar em greve - a Embaixada será fechada hoje até nova ordem." A embaixada de Israel em Lisboa vai fechar portas já esta segunda-feira e vai permanecer encerrada "até nova ordem", indicou a representação diplomática hebraica no Twitter.

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"Greve geral imediata" contra a reforma judicial que está a dividir ... (Lux)

Logo após o anúncio da paralisação, as autoridades aeroportuárias de Israel disseram que os voos que partem do principal aeroporto internacional do país ...

A decisão do primeiro-ministro levou mais de 600 mil pessoas para as ruas em protestos maciços e improvisados em várias cidades israelitas. Logo depois do anúncio da greve, as autoridades aeroportuárias de Israel disseram que os voos que partem do principal aeroporto internacional do país foram suspensos. Logo após o anúncio da paralisação, as autoridades aeroportuárias de Israel disseram que os voos que partem do principal aeroporto internacional do país foram suspensos

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Investigadora avisa que Israel pode estar "à beira de uma guerra civil" (TSF Online)

Apesar dos protestos, a investigadora do ISCTE não acredita que Benjamin Netanyahu abandone o poder facilmente.

Conseguiu fazer passar na semana passada a lei que permite que ele não seja suspenso das suas funções, a não ser em caso de demência, que provem isso. Ele demitiu agora o ministro da Defesa e isso leva à questão dos militares, que estão com o ministro da Defesa. O ministro era de um partido que apoiava uma mudança mais suave da legislação, não tão drástica", explicou à TSF Maria João Tomás.

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Embaixada de Israel em Portugal fecha contra reforma judicial de ... (Jornal de Notícias)

"Devido à decisão da União de Sindicatos em Israel - pela qual todas as embaixadas israelitas são instruídas a parar de trabalhar e entrar em greve - a ...

A decisão do primeiro-ministro levou mais de 600 mil pessoas para as ruas em protestos maciços e improvisados em várias cidades israelitas. "Convoco uma greve geral (...) assim que esta conferência de imprensa terminar. Apenas em questões de emergência, contactar o email: [email protected]", escreveu a embaixada israelita em Portugal, em português e em inglês, na sua conta oficial na rede social Twitter. A decisão foi anunciada depois de vários diplomatas de diversas embaixadas israelitas no estrangeiro terem também hoje anunciado a sua adesão às greves em curso no país, juntando-se à contestação à polémica reforma do poder judicial que o Governo mais à direita da história de Israel quer impor no país. Devido à decisão da União de Sindicatos em Israel - para a qual todas as embaixadas israelitas são instruídas a parar de trabalhar e a entrar em greve - a Embaixada será fechada hoje até nova ordem.- Israel em Portugal (@IsraelinPT) "Devido à decisão da União de Sindicatos em Israel - pela qual todas as embaixadas israelitas são instruídas a parar de trabalhar e entrar em greve - a Embaixada [de Israel em Lisboa] será fechada hoje até nova ordem.

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Israel: premiê suspende reforma do Judiciário após protestos e ... (BBC Brasil)

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou o adiamento de uma decisão sobre planos controversos para reformar o Judiciário do país, ...

O maior sindicato do país, que reúne cerca de 800 mil trabalhadores nas áreas de saúde, transporte e bancos, entre outros, anunciou a paralisação de seus membros. Em entrevista à mesma emissora de televisão, o ex-chefe da Shin Bet disse que Israel está “virado do avesso”. Os manifestantes pedem o fim das reformas e a renúncia do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu. Os reservistas são considerados especialmente importantes para as forças locais quando surgem crises de segurança e servem regularmente em operações complexas no exterior. “Nosso Estado decidiu experimentar um método de autodestruição." Nunca imaginei que chegaríamos a este ponto. A ação coordenada foi projetada para demover Netanyahu de forçar a aprovação das reformas até o final desta semana. No domingo (26/03), o ministro da Defesa, Yoav Gallant, foi demitido após se posicionar contra a reforma. O contrato foi quebrado. E, segundo eles, o projeto apresentado por Netanyahu vai contra os valores democráticos. Cerca de 650 outros oficiais das forças especiais e unidades cibernéticas da reserva afirmaram em uma carta separada que “não serviremos a uma ditadura. "Temos medo das consequências desses processos e do perigo sério e tangível que representa para a segurança nacional do Estado de Israel", dizia o texto, assinado por mais de uma centena de reservistas.

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O que está por trás das manifestações inéditas em Israel? (PÚBLICO)

Proposta de reforma judicial deixa em protesto sectores alargados da economia e sociedade de Israel.

Muitos [reservistas](https://www.publico.pt/2023/03/06/mundo/noticia/protesto-militares-reserva-pressiona-netanyahu-2041246) também temem servir um regime que já não seja democrático, num país que depende muito dos militares na reserva para a sua defesa, e avisaram os seus comandantes que não se apresentariam ao serviço. Decisões do Supremo têm obrigado governos a avanços, por exemplo em termos de presença de mulheres nas Forças de Defesa de Israel (IDF, como são chamadas as Forças Armadas) ou de direitos a pessoas que procuram asilo ou imigrantes em Israel, não tendo permitido, por exemplo, a aprovação de leis para repatriar imigrantes irregulares que foram propostas, várias vezes, pelo Governo em 2015/16. O aeroporto Ben Gurion estava parado, assim como os portos de Haifa e Ashdod. Apenas uma maioria de ministros do Governo poderia fazê-lo, declarando-o inapto por motivos físicos ou psicológicos (ou a própria pessoa que ocupa o cargo). Há um sector que vê o tribunal como demasiado liberal e “hiperactivista”. O Parlamento poderia ultrapassar, por uma votação com maioria simples (61 em 120 deputados), uma revogação de uma lei pelo Supremo.

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Por que é que a reforma judicial gerou tantos protestos em Israel ... (Renascença)

A tensão em Israel tem vindo a subir de tom por causa da reforma judicial do primeiro-ministro. O ministro da Defesa foi demitido, centenas de milhares de ...

E Portugal não é excepção: a embaixada de Israel em Lisboa está fechada até nova ordem. E as saídas do governo podem não ter ficado por aqui, porque há outros ministros que ameaçam bater com a porta. O primeiro-ministro está a ser julgado por acusações de corrupção, pelo que há aqui um claro conflito de interesses.

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Israel e a reforma judicial. O que está a acontecer? (SAPO 24)

A 14 de março, o Parlamento israelita aprovou, na primeira de três votações, um projeto-lei que pode vir a proteger o primeiro-ministro da suspensão de ...

Farei tudo o que estiver ao meu alcance para chegar a uma solução e acalmar o povo. Também vários diplomatas de diferentes embaixadas israelitas no estrangeiro anunciaram a adesão às greves e aos protestos. Os manifestantes afirmam que as mudanças propostas minam a democracia do país, restringindo o poder do Supremo Tribunal de Justiça. Na generalidade dos protestos, as pessoas ostentam bandeiras do país e faixas de sinalização de trânsito com frases como "Dead End!" [presidente de Israel](https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/presidente-de-israel-pede-fim-imediato-da-reforma-judicial) pediu hoje ao primeiro-ministro para "atuar com responsabilidade e coragem" e pôr fim "de imediato" ao processo legislativo da polémica reforma judicial que está a dividir o país. Somos um povo fraterno", frisou o primeiro-ministro numa mensagem televisiva, na qual se dirigiu à oposição para que adote uma posição de diálogo, mas sem suspender a controversa legislação.

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O que os planos de reforma judicial de Israel podem significar para ... (CNN Brasil)

Em sua essência, a reforma judicial planejada de Israel daria ao parlamento do país, o Knesset e, portanto, aos partidos no poder, mais controle sobre o ...

Os críticos das mudanças temem que, se os políticos tiverem mais controle, os direitos das minorias em Israel, especialmente os palestinos que vivem em Israel, seriam afetados. Críticos das mudanças temem que, se os políticos tiverem mais controle, os palestinos que vivem em Israel serão prejudicados O que os planos de reforma judicial de Israel podem significar para os palestinos

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Israel: Manifestantes israelitas travam reforma judicial de Netanyahu (SIC Notícias)

Desde domingo à noite que tem havido protestos espontâneos generalizados por todo o país no domingo. Mais de 600.000 pessoas saíram à rua e continuaram esta ...

A polémica em torno da reforma judicial também agravou a polarização da sociedade israelita, e Jerusalém foi hoje testemunha disso, refere a Efe, adiantando que, na sequência do protesto maciço de manifestantes anti-reforma, associados de direita e extrema-direita do Governo israelita, como o Ministro Bezalel Smotrich, apelaram aos seus apoiantes para se reunirem na Cidade Santa, numa contra manifestação que também foi extensa. "O povo exige a reforma judicial", cantaram milhares de pessoas que também se reuniram perto do parlamento, num protesto que, entre outros, reuniu religiosos sionistas, apoiantes de Netanyahu, judeus ortodoxos, residentes dos colonatos na Cisjordânia ocupada e adeptos da extrema-direita do clube de futebol Beitar Jerusalem. Mais de 100 mil israelistas concentraram-se esta segunda-feira em Jerusalém para protestar contra a reforma judicial do Governo de Benjamin Netanyahu, que foi obrigado a congelar o seu polémico plano após uma onda maciça de protestos.

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O que está por trás das manifestações inéditas em Israel? (PÚBLICO)

Proposta de reforma judicial deixa em protesto sectores alargados da economia e sociedade de Israel.

Muitos [reservistas](https://www.publico.pt/2023/03/06/mundo/noticia/protesto-militares-reserva-pressiona-netanyahu-2041246) também temem servir um regime que já não seja democrático, num país que depende muito dos militares na reserva para a sua defesa, e avisaram os seus comandantes que não se apresentariam ao serviço. Decisões do Supremo têm obrigado governos a avanços, por exemplo em termos de presença de mulheres nas Forças de Defesa de Israel (IDF, como são chamadas as Forças Armadas) ou de direitos a pessoas que procuram asilo ou imigrantes em Israel, não tendo permitido, por exemplo, a aprovação de leis para repatriar imigrantes irregulares que foram propostas, várias vezes, pelo Governo em 2015/16. O aeroporto Ben Gurion estava parado, assim como os portos de Haifa e Ashdod. Apenas uma maioria de ministros do Governo poderia fazê-lo, declarando-o inapto por motivos físicos ou psicológicos (ou a própria pessoa que ocupa o cargo). Há um sector que vê o tribunal como demasiado liberal e “hiperactivista”. O Parlamento poderia ultrapassar, por uma votação com maioria simples (61 em 120 deputados), uma revogação de uma lei pelo Supremo.

A guerra civil na alma de Israel (Diário de Notícias - Lisboa)

Desde a sua criação que a tensão entre o ideal democrático, a religião e o tribalismo/racismo é a natureza essencial do país. A legislação que o governo ...

"Israel não é um Estado de todos os seus cidadãos, mas sim o Estado-nação dos judeus e apenas deles", afirmou em 2019 Netanyahu. Esta afirma a "completa igualdade" de todos os cidadãos "independentemente da religião, raça ou sexo", garantindo "liberdade de religião, consciência, língua, educação e cultura", mas, ao mesmo tempo, o caráter "judaico" de Israel. [certificou](https://www.timesofisrael.com/in-fiery-speech-hayut-says-judicial-shakeup-plan-fatal-blow-to-israeli-democracy/) que "uma das mais importantes funções dos tribunais num país democrático é assegurar proteção efetiva para os direitos humanos e civis. Mas o que é realmente "a alma de Israel"? [secção da página do parlamento israelita](https://knesset.gov.il/constitution/ConstMJewishState.htm) dedicada aos projetos de Constituição para o país (que não tem até hoje uma lei fundamental enquanto tal, mas várias "leis básicas" ou "fundamentais" que fazem as vezes de textos constitucionais) - na [Declaração de Independência](https://israeled.org/declaracao-de-independencia-de-israel-14-de-maio-de-1948/). (Note-se que esta restrição, operada por uma disposição legal de 2003 que era suposto ser temporária e tem sido sucessivamente renovada, não se aplica quando israelitas casam com não-judeus ou com nacionais da maior parte dos países). É pois contra a morte da democracia israelita que as pessoas saem à rua, que os reservistas das Forças Armadas se recusam a servir, que patrões e trabalhadores se uniram para declarar a greve geral desta segunda-feira. [uma identidade fugidia](http://https://knesset.gov.il/constitution/ConstMJewishState.htm), que não é nem religiosa (mas é), nem étnica (mas é), nem cultural (mas é), e que, criado como resultado do mais selvático racismo, se constrói e afirma, ao longo destes 75 anos, como um Estado racista e [apartheidista](https://www.amnistia.pt/apartheid-estado-de-israel/). Se não é desde logo evidente o motivo pelo qual achei esta combinação de notícias tão curiosa, explico: estando ele próprio desde setembro a braços com uma revolta popular contra a natureza do regime, o Irão, inimigo figadal de Israel, costuma acusar os EUA de estarem por detrás desses protestos. A legislação que o governo quer aprovar e a consequente revolta popular são só mais um episódio desse curto-circuito identitário. Como compreender sequer que se veja assim um tribunal que nunca obstaculizou a [negação da cidadania israelita](https://www.hrw.org/report/2021/04/27/threshold-crossed/israeli-authorities-and-crimes-apartheid-and-persecution) a palestinianos de Gaza e da Cisjordânia que casem com israelitas ou residentes de Israel? Este domingo li duas notícias que combinadas operam uma espécie de nó cerebral.

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Netanyahu anuncia suspensão temporária de reforma judicial ... (Euronews)

Planos do primeiro-ministro israelita despertaram a fúria popular que transbordou para as ruas com protestos antigovernamentais. Proposta volta ao debate em ...

Citado pelo jornal online The Times of Israel, Yair Lapid, referiu: “não precisamos de colocar um penso sobre as feridas, mas de tratá-las devidamente. Na reação ao anúncio do primeiro-ministro, o presidente de Israel, Isaac Herzog, disse que a decisão do adiamento é a “coisa certa” de fazer e apelou a conversações entre as partes “sérias, genuínas e responsáveis.” A suspensão já tinha sido anunciada, antes, pelo ministro israelita da Segurança Nacional.

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Israel: Netanyahu adiou polémica reforma judicial “para dar uma ... (Expresso)

No fim de um dia de greve geral “histórica” em Israel, em protesto contra a proposta de reforma judicial de iniciativa do governo, o primeiro-ministro de ...

“Quando há uma opção para evitar a guerra civil por meio do diálogo, eu reservo um tempo para o diálogo”, disse Netanyahu “Agora é a hora de um diálogo honesto e que baixe as chamas.” Num discurso transmitido pela televisão, Netanyahu disse estar “consciente das tensões” e que “está a ouvir o povo”.

A guerra civil na alma de Israel (Diário de Notícias - Lisboa)

Desde a sua criação que a tensão entre o ideal democrático, a religião e o tribalismo/racismo é a natureza essencial do país. A legislação que o governo ...

"Israel não é um Estado de todos os seus cidadãos, mas sim o Estado-nação dos judeus e apenas deles", afirmou em 2019 Netanyahu. Esta afirma a "completa igualdade" de todos os cidadãos "independentemente da religião, raça ou sexo", garantindo "liberdade de religião, consciência, língua, educação e cultura", mas, ao mesmo tempo, o caráter "judaico" de Israel. [certificou](https://www.timesofisrael.com/in-fiery-speech-hayut-says-judicial-shakeup-plan-fatal-blow-to-israeli-democracy/) que "uma das mais importantes funções dos tribunais num país democrático é assegurar proteção efetiva para os direitos humanos e civis. Mas o que é realmente "a alma de Israel"? [secção da página do parlamento israelita](https://knesset.gov.il/constitution/ConstMJewishState.htm) dedicada aos projetos de Constituição para o país (que não tem até hoje uma lei fundamental enquanto tal, mas várias "leis básicas" ou "fundamentais" que fazem as vezes de textos constitucionais) - na [Declaração de Independência](https://israeled.org/declaracao-de-independencia-de-israel-14-de-maio-de-1948/). (Note-se que esta restrição, operada por uma disposição legal de 2003 que era suposto ser temporária e tem sido sucessivamente renovada, não se aplica quando israelitas casam com não-judeus ou com nacionais da maior parte dos países). É pois contra a morte da democracia israelita que as pessoas saem à rua, que os reservistas das Forças Armadas se recusam a servir, que patrões e trabalhadores se uniram para declarar a greve geral desta segunda-feira. [uma identidade fugidia](http://https://knesset.gov.il/constitution/ConstMJewishState.htm), que não é nem religiosa (mas é), nem étnica (mas é), nem cultural (mas é), e que, criado como resultado do mais selvático racismo, se constrói e afirma, ao longo destes 75 anos, como um Estado racista e [apartheidista](https://www.amnistia.pt/apartheid-estado-de-israel/). Se não é desde logo evidente o motivo pelo qual achei esta combinação de notícias tão curiosa, explico: estando ele próprio desde setembro a braços com uma revolta popular contra a natureza do regime, o Irão, inimigo figadal de Israel, costuma acusar os EUA de estarem por detrás desses protestos. A legislação que o governo quer aprovar e a consequente revolta popular são só mais um episódio desse curto-circuito identitário. Como compreender sequer que se veja assim um tribunal que nunca obstaculizou a [negação da cidadania israelita](https://www.hrw.org/report/2021/04/27/threshold-crossed/israeli-authorities-and-crimes-apartheid-and-persecution) a palestinianos de Gaza e da Cisjordânia que casem com israelitas ou residentes de Israel? Este domingo li duas notícias que combinadas operam uma espécie de nó cerebral.

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Presidente israelita pede "conversações sérias e genuínas" e diz ... (Observador)

Primeiro-ministro israelita confirmou o adiamento da reforça judicial por questão de “responsabilidade nacional”. Principal organização sindical israelita ...

O primeiro-ministro disse que a decisão foi tomada por questão de “responsabilidade nacional” e para evitar uma “guerra civil” no país. Protestos duram desde janeiro, mas a gota de água foi o afastamento do ministro da Defesa, contra as mudanças. O que se passa em Israel? [De acordo com](https://www.nytimes.com/live/2023/03/27/world/israel-protests-netanyahu)o The New York Times, após o final do discurso do primeiro-ministro, a maioria dos manifestantes que estavam junto ao Parlamento iniciaram uma marcha em direção à residência do primeiro-ministro. “Tivemos más experiências no passado e, primeiro, vamos garantir que não existem aqui truques”, acrescentou. Um compromisso é precisamente aquilo que pedimos”, declarou a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, “Não precisamos de por um penso sobre as feridas, mas tratá-las devidamente. Uma proposta de reforma da Justiça levou milhões às ruas contra o que consideram um ataque à democracia. Autoridades usam canhões de água em Tel Aviv [Polícia investiga ataque a taxista árabe em Jerusalém](#liveblog-entry-607731-scroll) [53 pessoas detidas em protestos em várias cidades israelitas](#liveblog-entry-607730-scroll) [Manifestantes entram em confronto com a polícia em Jerusalém. Embaixada de Israel em Lisboa fecha portas](#liveblog-entry-607666-scroll) [Crise em Israel. [refere](https://www.timesofisrael.com/liveblog-march-27-2023-2/)o The Times of Israel.

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ONU diz "observar muito de perto" crise política em Israel (Lux)

Porta-voz Stéphane Dujarric salientou que o direito à manifestação deve ser feito "pacificamente". O secretário-geral da ONU, António Guterres, ...

O porta-voz Stéphane Dujarric disse, em conferência de imprensa, que estão "a observar de muito perto os desenvolvimentos que estão a ocorrer internamente em Israel". O secretário-geral da ONU, António Guterres, indicou estar a "observar de perto" a Porta-voz Stéphane Dujarric salientou que o direito à manifestação deve ser feito "pacificamente"

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P24. O que está na origem dos protestos em Israel? (PÚBLICO)

Ao fim de várias semanas de contestação, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, anunciou nesta segunda-feira a suspensão da polémica reforma ...

Neste P24 percebemos o que está em causa com a jornalista Maria João Guimarães. [publico.pt/podcasts](http://publico.pt/podcasts). Envie um e-mail para [[email protected]](mailto:[email protected]?subject=Sugest%C3%A3o%20para%20os%20podcasts%20do%20P%C3%9ABLICO).

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ONU observa de perto crise política em Israel (Observador)

Guterres diz que está a seguir de perto situação em Israel, há várias semanas em convulsão social, com milhares nas ruas contra a reforma judicial, ...

Em conferência de imprensa, John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança norte-americano, disse que as inquietações de Biden provêm da ideia de que devem existir “controlos e equilíbrios” e um “apoio consensual” nos sistemas democráticos. [manifestação deve ser feita pacificamente”](https://observador.pt/2023/03/27/presidente-de-israel-pede-fim-imediato-da-reforma-judicial/), salientou Dujarric, sobre os confrontos entre ativistas e agentes da polícia nas ruas de Israel, no domingo à noite. [devido à polémica reforma judicial,](https://observador.pt/2023/03/28/netanyahu-anuncia-pausa-na-reforma-judicial/) proposta pelo governo de Benjamin Netanyahu, e entretanto suspensa, devido às manifestações maciças de protesto.

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Em 3 pontos, o que explica caos em Israel (G1)

Além disso, enfrenta greves, demissões no alto escalão, brigas políticas e uma crise inédita com o Exército. A pressão é tanta que o premiê Benjamin Netanyahu ...

Nas últimas semanas, Israel passou a viver um caos político e social sem precedentes. A pressão é tanta que o premiê Benjamin Netanyahu acabou recuando e adiando a tramitação do estopim dessa convulsão: uma reforma judicial que, segundo críticos, ameaça a democracia do país. Além disso, enfrenta greves, demissões no alto escalão, brigas políticas e uma crise inédita com o Exército.

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Em 3 pontos, o que explica caos em Israel - BBC News Brasil (BBC Brasil)

Além disso, enfrenta greves, demissões no alto escalão, brigas políticas e uma crise inédita com o Exército. A pressão é tanta que o premiê Benjamin Netanyahu ...

Nas últimas semanas, Israel passou a viver um caos político e social sem precedentes. Em 3 pontos, o que explica caos em Israel

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Israel: Netanyahu suspende reforma judicial (RFI)

O primeiro-ministro israelita anunciou esta segunda-feira, 27 de Março, a suspensão, de forma temporária, da votação da polémica reforma judicial.

A porta-voz da casa Branca, Karine Jean-Pierre, referiu que o presidente dos EUA, Joe Biden, está preocupado com as reformas no sistema de justiça. Benjamin Netanyahu alega que é preciso “dar tempo a um amplo consenso para aprovar a legislação, durante a próxima sessão plenária". O Primeiro-Ministro israelita, investigado em vários casos de corrupção, é ainda acusado de querer usar esta lei para anular uma possível condenação.

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Manifestações da última noite em Israel marcadas por confrontos (Jornal de Notícias)

Na segunda-feira, o primeiro-ministro viu-se forçado a suspender a reforma judicial por causa dos fortes protestos dos manifestantes da oposição que acusam o ...

Os jornais de Israel referem que os manifestantes da oposição mantiveram os protestos em vários pontos do país apesar da suspensão da reforma, destacando-se a tentativa do corte à circulação na autoestrada Ayalon, em Telavive. Os protestos de segunda-feira à noite contra e a favor da reforma judicial em Israel ficaram marcados por confrontos entre manifestantes e a polícia em Telavive, registando-se agressões de ultranacionalistas contra cidadãos de origem árabe em Jerusalém. Segundo um comunicado da polícia, 30 manifestantes contra a reforma judicial foram detidos em Telavive, durante os fortes protestos que provocaram vários cortes de estradas.

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Mais uma noite de protestos em Israel marcada por confrontos (SIC Notícias)

Em causa está a proposta de reforma judicial apresentada pelo Governo que pretende retirar poder ao Supremo Tribunal de Justiça de Israel, atribuindo maior ...

Os jornais de Israel referem que os manifestantes da oposição mantiveram os protestos em vários pontos do país apesar da suspensão da reforma, destacando-se a tentativa do corte à circulação na autoestrada Ayalon, em Telavive. Os protestos de segunda-feira à noite contra e a favor da reforma judicial em Israel ficaram marcados por confrontos entre manifestantes e a polícia em Telavive, registando-se agressões de ultranacionalistas contra cidadãos de origem árabe em Jerusalém. Segundo um comunicado da polícia, 30 manifestantes contra a reforma judicial foram detidos em Telavive, durante os fortes protestos que provocaram vários cortes de estradas.

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Nazaré, dom Marcuzzo: surpresos por ataques a escolas cristãs ... (Vatican News)

Tiroteio na escola e no convento das franciscanas, invasão por homens mascarados no instituto das salesianas com pedido de conversão. A missa de ...

O segundo ocorreu no dia 24 de março e envolveu o instituto e a casa das irmãs salesianas, atacadas por pessoas mascaradas em uma incursão com uma clara matriz confessional. Três episódios em poucos dias contra cristãos na cidade de Jesus, que é também - como explica dom Marcuzzo - o mais importante centro "do mundo muçulmano e árabe em Israel". Para esta terça-feira, "atividades educacionais especiais" com discussões profundas sobre o tema da violência confessional e formas de combater o fundamentalismo na sociedade.

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