Deutsche Bank

O Deutsche Bank liderou as amplas quedas de ações dos principais bancos europeus. É o terceiro dia consecutivo que o banco alemão regista descidas.

O Deutsche Bank liderou as amplas quedas de ações dos principais bancos europeus. As ações negociadas na bolsa New York chegaram a cair 13%, numa altura em que os contratos de swap batem máximos de 2018. Na lista de quedas estão também o Commerzbank, o Credit Suisse, o Societe Generale e o UBS.

A pressão sobre a banca europeia está a aumentar pelos mercados. Poderá haver mais vítimas depois do Credit Suisse.

O Stoxx 600 caiu 5,1% no meio da manhã desta sexta-feira. Parece que a crise bancária não foi totalmente eliminada", disse Chris Beauchamp, diretor de mercado analista do IG, citado pela Reuters. Os bancos europeus vivem um período conturbado à medida que as preocupações com a estabilidade do setor financeiro se intensificam, e com a notícia de uma investigação dos EUA sobre o Credit Suisse e o UBS a piorar ainda mais o clima.

Movimento de queda acontece depois que os swaps de inadimplência do banco. Nesta sexta-feira (24), o Société Générale também cai cerca de 7,51%, ...

Esse movimento aponta haver uma preocupação dos investidores quanto a situação do setor bancário. Foto tirada em 13 de dezembro de 2019. Estátua em frente ao logo do Deutsche Bank em Frankfurt, na Alemanha.

O preço do seguro de dívida do Deutsche Bank disparou na quinta-feira. Os investidores, escaldados com o Credit Suisse, estão a vender as ações do banco ...

O nervosisimo dos investidores nascido das resoluções dos bancos Silicon Valley Bank e Signature, nos EUA, do início do mês de março, contagiou o mercado europeu. Desde o início da semana o Deutsche Bank leva uma perda acumulada de mais de 4%. Os investidores, escaldados com o Credit Suisse, estão a vender as ações do banco alemão em massa esta sexta-feira

Movimento nas ações do Deutsche vem na esteira de uma piora na percepção de risco em relação ao setor bancário como um todo.

[ 5 ](https://valorinveste.globo.com/mercados/renda-variavel/empresas/noticia/2023/03/24/petrobras-petr4-prio-prio3-americanas-amer3-veja-os-destaques-das-empresas.ghtml#VALOR-INVESTE-POST-TOP-6H-item,top,45ce15fe-4dd1-42a0-8660-d230451065a4) [ 4 ](https://valorinveste.globo.com/mercados/renda-variavel/empresas/noticia/2023/03/23/cade-aprova-combinacao-de-negocios-entre-fleury-flry3-e-hermes-pardini-pard3.ghtml#VALOR-INVESTE-POST-TOP-6H-item,top,45ce15fe-4dd1-42a0-8660-d230451065a4) O Deutsche Bank registrou 10 trimestres consecutivos de lucro, após concluir uma reestruturação multibilionária iniciada em 2019, com o objetivo de reduzir custos e melhorar a lucratividade. [ 1 ](https://valorinveste.globo.com/produtos/fundos-imobiliarios/noticia/2023/03/24/refugio-da-classe-fundo-imobiliario-de-papel-tambem-tem-suas-fraquezas.ghtml#VALOR-INVESTE-POST-TOP-6H-item,top,45ce15fe-4dd1-42a0-8660-d230451065a4) De acordo com a IHS Markit, o CDS de cinco anos do banco alemão subia 4,17%, para 175 pontos-base, maior nível desde outubro. As ações do credor alemão recuaram pelo terceiro dia consecutivo e já perderam mais de um quinto de seu valor até agora neste mês.

O setor bancário global tem sido abalado desde o colapso repentino neste mês de dois bancos regionais dos Estados Unidos.

O setor bancário global tem sido abalado desde o colapso repentino neste mês de dois bancos regionais dos Estados Unidos. Os papéis do banco alemão caem há três sessões seguidas, pressionados por salto no custo de seguro dos títulos da instituição contra risco de inadimplência. A Jefferies reduziu recomendação sobre as ações do UBS de “comprar” para “manter”, dizendo que a aquisição do Credit Suisse muda a tese de investimento no UBS, que se baseava em um perfil de risco mais baixo, crescimento orgânico e altos retornos de capital.

Os investidores estão a atribuir maior risco à dívida do Deutsche Bank, um comportamento que está a levar o banco alemão a derrapar em bolsa.

"Ainda estamos à espera de que caia outra peça do dominó e o Deutsche Bank é, claramente, o próximo na mente de toda a gente (justa ou injustamente)", comenta um analista do IG Bank, em declarações à Reuters. "Não estamos preocupados com questões de liquidez por parte do Deutsche Bank", afirmam, por seu lado, os analistas do JP Morgan. "O Deutsche Bank teve os seus problemas com os reguladores, enfrentou volatilidade nos lucros e passou por um processo de reestruturação. Só este mês, o Deutsche Bank, maior banco da principal economia europeia, já perdeu um quarto do seu valor em bolsa, enquanto o índice que reúne os maiores bancos europeus continua a acumular quedas sucessivas. Esta sexta-feira, os juros associados aos CDS relativos à dívida sénior do banco alemão, com maturidade a cinco anos, subiram para os níveis mais altos desde 2018, um movimento que reflecte o maior risco atribuído pelos investidores à dívida do Deutsche Bank. A arrastar o sector está o Deutsche Bank, que chegou a cair mais de 12% na sessão de sexta-feira, numa altura em que vê os investidores a atribuírem mais risco à sua dívida.

A bolsa portuguesa acompanhou as congéneres europeias na última sessão de vermelho e fechou no vermelho. Os mercados europeus estão a ser castigados pela ...

As maiores quedas do dia pertenceram aos CTT, que tombaram 4,11%, para 3,38 euros. A Galp, outra das cotadas com maior peso, cedeu 0,94%, para 9,916 euros. O PSI recuou 1,18%, para os 5.733,84 pontos, na derradeira sessão da semana, acompanhando as quedas nas principais praças europeias.

Entretanto, à mesma hora, as ações do Commerzbank recuavam 8,37%. O índice DAX da Bolsa de Frankfurt sofreu as consequências da queda das ações da banca ...

As bolsas europeias recuaram mais de 1% nesta sexta-feira, contaminadas pelo temor de investidores de que a crise bancária se alastre por todo o setor ...

[ ação do Deutsche Bank terminou o pregão com tombo de 8,53%, após ter recuado até 14%](https://valorinveste.globo.com/mercados/renda-variavel/empresas/noticia/2023/03/24/deutsche-bank-entra-no-radar-de-preocupacao-dos-investidores-e-acoes-despencam-na-bolsa.ghtml) mais cedo. “Nem sempre bancos performaram pior que os mercados de ações em geral em recessões - mesmo quando houve uma crise bancária. Na França, o BNP Paribas teve baixa de 5,27% e o Société Générale recuou 6,13%. Por ser um contrato de garantia contra calotes de governos e empresas, o salto no CDS indica piora da posição do banco alemão ante a crise no setor financeiro. Por fim, em Paris, o CAC 40 baixou 1,74% hoje e avançou 1,30% na semana, a 7.015,10 pontos. O foco ficou sobre o Deutsche Bank, cujo crédito default swap (CDS) saltou ao maior nível em vários meses hoje.

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados esta sexta-feira.

Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, cai 0,87% para 75,25 dólares. James Bullart reviu em alta, em concreto em 25 pontos base, a sua previsão para o pico da taxa dos fundos federais este ano, para 5,625%. Em Amesterdão, o AEX regista um decréscimo de 1,23%. No Japão, o Nikkei recuou 0,4% e o Topix desvalorizou 0,3%. Ao mesmo tempo, setores como indústria, automóvel, mineiro, químicos, "utilities" (água, luz, gás), viagens e serviços financeiros desvalorizam mais de 1%. Por seu lado, os juros das obrigações espanholas com o mesmo prazo de vencimento cedem 5,9 pontos base para 3,177%. Já a "yield" da dívida portuguesa na mesma maturidade perde 5 pontos base para 2,997%. Entre os 20 setores que compõem o "benchmark" europeu, a banca comandou as perdas. Ainda do lado das moedas-refúgio, o iene ganha 0,22% para 0,0077 dólares, enquanto sobe 1,01% para 0,0071 euros. Os preços do "ouro negro" seguem a ceder terreno nos principais mercados internacionais, numa altura em que as cotadas da banca recuam na Europa – o que penaliza o crude, já que há receios de que uma crise bancária mundial possa pesar na procura por esta matéria-prima. [Fábio Carvalho da Silva](/opiniao/autores/detalhe/fabio-silva) [[email protected]](mailto:[email protected]) O colapso de bancos regionais norte-americanos, a par da aquisição do Credit Suisse pelo UBS e da agitação em torno de instrumentos de dívida e ações do Deutsche Bank, tem levado os investidores a procurarem portos seguros em termos de investimento, reduzindo apetite por ativos de risco, como as ações, e aumentando a aplicação em obrigações (o que faz descer os juros).

Apesar dos bons resultados, principal banco alemão perdeu 16% de seu valor em bolsa em dois dias.

[esde a conclusão trágica da história do Credit Suisse, as principais casas bancárias vêm sendo objeto de desconfiança dos investidores.](https://forbes.com.br/forbes-money/2023/03/wall-street-cai-com-aumento-de-temores-por-contagio-bancario/) O motivo é comum: a alta de juros. No acumulado do ano, o lucro foi de € 5,4 bilhões (R$ 30,6 bilhões), alta de 159% ante os € 2,08 bilhões (R$ 11,8 bilhões) de 2021; “Para ser claro, o Deutsche não é o próximo Credit Suisse”, escreveram os analistas. - o Deutsche Bank divulgou um lucro de € 775 milhões (R$ 4,38 bilhões) no quarto trimestre de 2022, alta de 845% ante o lucro de € 82 milhões (R$ 464 milhões) do último trimestre de 2021. Na sexta-feira (24), o chanceler alemão, Olaf Scholz, disse em Bruxelas que o banco “reorganizou e modernizou completamente seu modelo de negócios e é muito lucrativo”, e acrescentou que “não há base para especular sobre seu futuro”. Além de ser o principal banco de varejo, é quem acompanha as empresas alemãs em seus processos de internacionalização (Brasil inclusive).