Crime

ENTREVISTA || Carlos Cabreiro, Diretor da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade tecnológica da Polícia Judiciária (UNC3T) deu uma ...

Com naturais exigências de formação, de conhecimento, de informação relativamente àquilo que é a evolução do crime. Temos de associar todas essas facetas, que é a vítima, o criminoso, os meios de prova, onde se produzem os efeitos do crime. Estamos a falar, por exemplo, de uma área que tem a ver com direitos pessoais, que é a A língua é o suporte do artifício fraudulento que está subjacente a algumas mensagens de phishing. Estamos a falar de um espaço completamente diferente, estamos a falar de um ciberespaço que não reconhece fronteiras, não reconhece soberanias. E as pessoas têm de fazer parte deste processo, porque não podem dizer nunca que desta água não beberei. Foi um acesso a um link, foi um acesso a uma página, foi uma falta de autenticação que devíamos ter colocado em determinados acessos. Essa parte dos ciberataques é naturalmente também uma componente muito importante e como se antevê é exigente, obriga a uma cooperação constante com todos os países. Porque a comunicação não é estável, não é bidirecional, obriga à utilização de operadores de comunicações. Depois temos a área dos meios de pagamento eletrónicos, que são utilizados na internet, que podem ter um cartão presente ou não. Aí a cooperação é essencial e ocorre diariamente na deteção de conteúdos que possam ter ligação ao nosso país e vice-versa. Por outro lado, quando falamos de cooperação temos também de pensar na capacidade que a própria tecnologia trouxe à prática do crime.