Presidente francês diz não ter alternativa ao aumento da idade da reforma dos 62 para os 64 anos, mesmo que isso implique a queda da sua popularidade.
“Não vamos tolerar nenhum excesso”, acrescentou, dizendo ainda que as forças policiais vão continuar na rua, sempre que existir violência. [França atravessa um período de greves e de protestos](https://observador.pt/2023/03/21/todos-odeiam-a-policia-confrontos-e-o-artigo-49-3-em-chamas-franca-continua-a-protestar-contra-o-aumento-da-idade-da-reforma/), que duram há vários dias, e milhares de pessoas têm saído à rua para se manifestarem contra as medidas anunciadas pelo governo francês. [Le Monde](https://www.lemonde.fr/politique/live/2023/03/22/reforme-des-retraites-en-direct-a-rennes-la-manifestation-des-marins-pecheurs-degenere_6166477_823448.html), o Presidente francês assegurou que “esta reforma não é um luxo, não é um prazer, é uma necessidade”.
Presidente francês pronunciou-se publicamente sobre a controversa lei pela primeira vez em várias semanas. “Acham que tenho prazer em fazer esta reforma?
Mélenchon disse igualmente que Macron falou com “as tradicionais marcas de desprezo” e está “fora da realidade”. Depois da entrevista, o líder da maior confederação sindical francesa, Laurent Berger, acusou Macron de mentir sobre a impossibilidade de fazer compromissos, porque, argumentou, “a CFDT tem um projecto de reforma das pensões”. “Esta tarde ouvimos as palavras mecânicas e dilatórias de um homem cada vez mais sozinho, que parece ter perdido todo o contacto com a realidade”, acusou Le Pen em conferência de imprensa especificamente marcada para o efeito. “Entre as sondagens de curto prazo e o interesse geral do país, escolho o interesse do país”, declarou o chefe de Estado em entrevista às televisões TF1 e France 2, num momento em que a sua popularidade junto dos franceses está no [nível mais baixo](https://www.publico.pt/2023/03/07/mundo/noticia/reforma-pensoes-franca-ameacada-greve-inesquecivel-semana-decisiva-2041322) do actual mandato. Não se trata de uma taxa sobre os lucros excessivos, explicou, mas um mecanismo para que as firmas “distribuam [lucros] pelos seus assalariados”. “Quanto mais esperamos, pior se torna a situação”, argumentou Macron.
Idade da reforma é mesmo para aumentar diz Macron, que quer a polémica reforma em vigor até ao final do ano. Grandes empresas poderão ser chamadas a pagar ...
Numa entrevista televisiva, o presidente francês tentou explicar e justificar a reforma das pensões, que aumentou a idade da reforma de 62 para 64 anos.
Por todo o país tem havido protestos contra a reforma das pensões e a forma como ela foi imposta. "Penso que agora é necessário encontrar um caminho e que nos sentemos a negociar. Macron diz que a reforma é uma necessidade económica.
"Esta reforma é necessária, não me agrada e gostaria de não a ter feito, mas também por isso me comprometi a fazê-la", declarou o presidente francês.
A gigante do luxo LVMH distribuirá 400 milhões de euros pelos seus cerca de 39.000 funcionários franceses, gastará até 1.500 milhões de euros em recompras de ações e pagará cerca de 6.000 milhões de euros em dividendos aos acionistas, incluindo quase 3.000 milhões de euros para a família do CEO Bernard Arnault. O BNP Paribas prevê gastar 5.000 milhões de euros num programa de recompra de ações, o equivalente a metade do lucro recorde de mais de 10.000 milhões de euros em 2022. "Ainda há um pouco de cinismo no trabalho. O Société Générale decidiu dedicar o equivalente a 90% do lucro líquido aos acionistas através de um dividendo em dinheiro e um programa de recompra de ações. O grupo do setor automóvel Stellantis quer gastar 1.500 milhões de euros na recompra de ações e pagar 4.200 milhões de euros em dividendos, compensando, paralelamente, com 2.000 milhões de euros em bónus para os respetivos funcionários. As empresas francesas na bolsa de valores francesa, CAC 40, geraram mais de 142.000 milhões de euros em lucros acumulados em 2022 graças aos recordes dos preços da energia e a tudo o que está associado, beneficiando-se da inflação e da crise energética, augurando um bom ano para os acionistas.
O presidente francês não está feliz mas garantiu que o aumento da idade da reforma é mesmo para avançar, adiantando que espera ver a lei em vigor “no final ...
Isto porque Emmanuel Macron quer “ordem” na sua república, numa altura em que sectores como a recolha do lixo ou o abastecimento de postos de combustível estão seriamente comprometidos. Foi por isso que pedi ao governo que negociasse o possível”, sublinhou, admitindo que poderá haver uma requisição civil caso os sindicatos se mantenham em greve. Uma missão defendida com um gráfico do Le Parisien, que destaca que a idade da reforma em França é das mais baixas na União Europeia.
“É um pirómano absoluto, incendeia o país e provoca a revolta”, disse Olivier Faure, do Partido Socialista francês. Um caos que Emmanuel Macron garante querer ...
Mas a verdade é que há algo de que me arrependo: não fomos capazes de avisar sobre as restrições, mais precisamente, sobre a necessidade de fazer esta reforma”, afirmou. Multiplicam-se os atos de vandalismo e confrontos com a polícia. Podia ter feito o mesmo que muitos antes de mim e tapar o sol com a peneira?
Esta mudança não é um luxo nem um prazer, é uma necessidade do país.” É assim que Emmanuel Macron justifica o aumento da idade da reforma dos 62 para os 64 ...
Esta mudança não é um luxo nem um prazer, é uma necessidade do país”, sublinhou. Não”, disse Emmanuel Macron numa entrevista televisiva que concedeu esta quarta-feira. E garante que não há marcha-atrás na decisão.