O legado nos Pink Floyd esteve bem representado. Não enquanto nostalgia, como comentário e acção no presente. Um concerto admirável, isento de polémica.
Curioso porque as “politiquices” são (quase) tudo na música e no espectáculo de "E nem me ponham a falar das politiquices dele”, exclama um fã da velha guarda depois do concerto, quando o público que lotou a Altice Arena caminha já no exterior do pavilhão. Um concerto admirável, isento de polémica.
Lisboa abriu a fatia europeia da digressão "This Is Not A Drill". A sala esteve apinhada de gente que quis escutar Waters.
Waters fez questão de reforçar a denúncia e de aclamar os denunciantes, com o pedido de libertação do fundador da Wikileaks, Julian Assange, e uma referência à whistleblower Chelsea Manning, que foi alvo de uma brutal detenção em 2010. "Com esta história da Ucrânia e da Rússia, estamos a viver o momento mais perigoso de sempre", avisou, cantado a faixa com a guitarra acústica nos braços. A viagem seguiu nas asas do saxofone de 'Us and Them', a canção que revitalizou nas projeções de vídeo tudo o que está certo e errado no mundo. , ainda perguntou, parecendo até um pouco surpreendido com a resposta afirmativa que voou da plateia para o palco. Antes do espetáculo começar, porém, dois "anúncios de cariz público", como disse Waters: um para as pessoas desligarem os telemóveis e o outro para reverem as razões que as levaram a estar ali. O carimbo de "criminoso de guerra" mantém-se, intacto, em cima de cada um deles. "Quem são os bons, quem são os maus e quem é que decide isso. Foi o fim, apoteótico, do primeiro ato que fechou com uma ovelha insuflável a vaguear pelo ar. de 1987 - veio com mais uma sequência de mensagens que o músico insistiu em passar, com urgência, nos oito ecrãs gigantes que estavam suspensos em cima do palco. As canções são a matéria-prima deste homem que insiste em reforçar as suas certezas, ainda que as menos consensuais o tenham transformado num alvo, à mão de semear, da chamada "cultura de cancelamento". Imagens de edifícios altos, em ruínas, a lembrar o cada vez menos irrealista apocalipse, preencheram as telas, que estavam dispostas em forma de cruz, no centro da arena, criando o efeito de proximidade 360º. Num bar imaginário onde a partilha humana e a troca de opiniões (mesmo que diferentes) são trocadas num espaço seguro, de construção.
A Altice Arena recebeu, ontem, o primeiro de dois concertos de Roger Waters, que marcou assim o início à sua digressão europeia. Roger Waters trouxe um ...
Claro que o percurso de Roger Waters está muito associado aos Pink Floyd, mas foi logo deixado um aviso que aquele não era um concerto para fãs de Pink Floyd que fosse contra as opiniões de Waters. Um espectáculo que não se limitou a ser musical, mas também de intervenção, com Waters a deixar muitas críticas a vários líderes mundiais, não esquecendo claro a invasão à Ucrânia. Roger Waters com casa cheia e concerto de forte produção técnica e visual na Altice Arena, na noite de ontem.
Os Pink Floyd e a carreira a solo. Vídeos, cenografia, dramatismo. E um ingrediente inevitável a ligar tudo: as convicções políticas e sociais.
[inicie aqui a sua sessão](#login-popup). Estava a ser captado em direto por uma câmara a circular junto ao palco. Syd Barrett era o mais fotogénico, aquele cuja beleza tinha qualquer coisa de fazer prender o olhar.
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Uma deslumbrante produção audiovisual, metade de “The Dark Side Of The Moon” e o magnetismo e imponente presença de um dos músicos mais importantes do ...
Na Altice Arena, o arranque da leg europeia da digressão “This is Not a Drill”, a primeira farewell tour de Roger Waters, foi um triunfal e retumbante concerto. A verdade é que, de uma ou de outra forma somos esbofeteados com a noção de que neste mundo de aparências, estamos “Comfortably Numb”. Grandiosa, como habitualmente, acontece com tudo o que rodeia os Pink Floyd e os seus membros, dissidentes ou não, a digressão “This Is Not A Drill” é uma inovadora e cinematográfica extravagância rock, uma apresentação 360ª. Cada um vê apenas um lado ou lado e meio da verdade, cada um é apenas mais um tijolo na parede. Depois de uma pausa de 4 anos, Roger Waters regressou no Verão passado à estrada com a digressão “This Is Not A Drill” que, depois do seu périplo pelos Estados Unidos, avançou para a Europa e arrancou precisamente em Lisboa, a 17 de Março de 2023, na Altice Arena. «Se és um daqueles tipos que adora Pink Floyd, mas não suportas as opiniões políticas do Roger Waters, está na altura de ires até ao bar», uma mensagem estampada nos ecrãs da produção e narrada pelo mestre de cerimónias, momentos antes de tudo começar.
O veterano dos Pink Floyd deu este sábado o segundo concerto da manga europeia da digressão “This Is Not a Drill”, novamente em Lisboa.