Decisão foi anunciada na tarde desta quinta-feira, na sequência de um acórdão demolidor do Tribunal de Contas que criticou a compra de navios sem baterias.
Apesar disso, a presidente demissionária garantiu: “Não gastámos um tostão que não tivesse sido validado pelo Tribunal de Contas.” Foi o caso da compra dos catamarãs. Que lhe é directa, e exclusivamente, imputável”, pode ler-se no mesmo acórdão, que descarta várias das explicações que lhe foram fornecidas pela transportadora, entre as quais a de que que quando [o conselho de administração] percebeu que, se usasse o sistema de leasing para o negócio, perderia o acesso a fundos comunitários, optou pela compra. Se tivessem sido prestadas ao tribunal as informações correctas — como deveria ter sido feito — a decisão do tribunal poderia ter sido a de recusa do visto.” Consideram que todo o negócio se revela de tal forma lesivo do interesse público que remeteram as suas conclusões para o Ministério Público, para eventual apuramento das responsabilidades financeiras ou mesmo criminais dos gestores da transportadora fluvial. O objectivo é permitir a disponibilidade das baterias nos prazos adequados, de modo a não impactar na operação da nova frota”, lê-se também na nota de imprensa. Os juízes não se limitaram, contudo, a chumbar a compra das baterias, à parte e por ajuste directo, que a Transtejo pretendia fazer.
A presidente Marina Ferreira garante que "o procedimento foi bem feito e promoveu o interesse público" e diz que as considerações do Tribunal de Contas "são ...
"A Transtejo comprou um navio completo e nove navios incompletos, sem poderem funcionar, porque não estavam dotados de baterias necessárias para o efeito. Segundo o Tribunal, "o comportamento da Transtejo, com a prática de um conjunto sucessivo de decisões que são não apenas economicamente irracionais, mas também ilegais, algumas com um elevado grau de gravidade, atinge o interesse financeiro do Estado e tem um elevado impacto social". A presidente Marina Ferreira garante que "o procedimento foi bem feito e promoveu o interesse público" e diz que as considerações do Tribunal de Contas "são ofensivas e ultrajantes" sobre a compra de barcos elétricos sem bateria.
Em causa está um relatório do Tribunal de Contas sobre a compra de nove navios, no qual acusa a empresa de "faltar à verdade" e de práticas ilegais e ...
O objetivo é permitir a disponibilidade das baterias nos prazos adequados, de modo a não impactar na operação da nova frota”, lê-se no curto comunicado. "A Transtejo comprou um navio completo e nove navios incompletos, sem poderem funcionar, porque não estavam dotados de baterias necessárias para o efeito. Um pedido que, entretanto, o Ministério do Ambiente já aceitou.
Duarte Cordeiro reiterou que a decisão de comprar navios sem baterias foi a que se julgou ser "a melhor". Em causa está a compra de nove baterias, ...
Além das audições do ministro Duarte Cordeiro e da administração da empresa pedidas por bloquistas e comunistas, o PCP quer ainda ouvir o TdC. A Transtejo comprou um navio completo e nove navios incompletos, sem poderem funcionar, porque não estavam dotados de baterias necessárias para o efeito. O ministro do Ambiente afirmou esta quinta-feira que a decisão da administração Transtejo/Soflusa de comprar navios sem baterias foi a que se julgou que “era a melhor” e admitiu que o acórdão do Tribunal de Contas (TdC) cria “transtorno”.
Águas agitadas para os lados da Transtejo/Soflusa que levaram à demissão do Conselho de Administração. Em causa a compra de dez navios, nove deles sem ...
Sendo que se tivessem sido prestadas ao tribunal as informações corretas - como deveria ter sido feito - a decisão do tribunal poderia ter sido a de recusa do visto”. O objetivo, segundo o mesmo comunicado, “é garantir a disponibilidade das baterias nos prazos adequados, de modo a não impactar na operação da nova frota”. Marina Ferreira, quando apresentou a demissão, disse que as considerações do Tribunal de Contas são ofensivas e ultrajantes. O mesmo seria, com as devidas adaptações, comprar um automóvel sem motor, uma moto sem rodas ou uma bicicleta sem pedais, reservando-se para um procedimento posterior a sua aquisição”. Na ocasião, a Transtejo alegou que lançaria depois um novo concurso para a aquisição das baterias em falta, mas, afinal, não se confirmou o lançamento desse concurso. Uma aquisição por mais de 52 milhões de euros celebrada com a empresa espanhola Astilleros Góndan, S.A., para assegurar o serviço público de transporte de passageiros.
Presidente do conselho de administração defende que o objetivo da compra separada de baterias para navios elétricos foi "não gastar dinheiro do Estado a ...
Marina Ferreira sublinha ainda que “o navio está devidamente validado por todas as autoridades nacionais e internacionais, funciona e esta pronto para servir”, mas “só segue depois de estarem instaladas” as baterias. A presidente do Conselho explica que “nunca foi imaginado que os navios podiam vir sem baterias”. “O que esteve em causa foi não gastar dinheiro do Estado a mais”, justifica Marina Ferreira.
A exoneração do conselho de administração da Transtejo/Soflusa levou ao PCP e ao BE a pedir audição não só aos administradores, mas também ao ministro do ...
“A Transtejo comprou um navio completo e nove navios incompletos, sem poderem funcionar, porque não estavam dotados de baterias necessárias para o efeito. A presidente do conselho de administração, Marina Ferreira, respondeu esta quinta-feira aos jornalistas que “o procedimento foi bem feito e promoveu o interesse público”,afirmando que as considerações do Tribunal de Contas são “ofensivas e ultrajantes”. Entretanto, numa declaração no parlamento, o deputado do PSD Fernando Negrão saudou a existência de “reguladores independentes” como o TdC que produziu este relatório, considerando que “o Governo não fez o acompanhamento que devia ter feito relativamente a este negócio que a Soflusa realiza com empresas que construíram os navios e que fornecem as baterias”.
O Tribunal de Contas remeteu, e bem, as suas conclusões para o Ministério Público. Todavia, esta avaliação é tão dura e reveladora que não restava outra ...
[ Debandadas](/opiniao/editorial/celso-filipe/detalhe/debandadas) O relatório do Tribunal de Contas (TdC) sobre a aquisição de navios por parte da Transtejo inscreve-se em ambos os domínios. Todavia, esta avaliação é tão dura e reveladora que não restava outra solução à administração da Transtejo se não sair pelo próprio pé.