Fixação de preços pode contribuir para ter prateleiras vazias, avisa Cláudia Azevedo. Grupo descarta que a inflação esteja a ser provocada pela ...
Esta quinta-feira, a Sonae apresentou resultados anuais, com o resultado líquido da unidade de retalho alimentar Modelo Continente a diminuir 17,8% em 2022, para 179 milhões de euros. O resultado líquido atribuível aos accionistas ascendeu a 342 milhões de euros, mais 27,7% que no exercício anterior. As receitas consolidadas da Sonae atingiram 7,7 mil milhões de euros, mais 10,9% em termos homólogos. Em relação à contribuição extraordinária a aplicar sobre os lucros da distribuição, no âmbito dos alegados lucros excessivos, o administrador financeiro (CFO) garante que corresponderá a "um montante marginal face aos impostos que o grupo paga ao Estado", adiantando que o valor não está apurado. Para Cláudia Azevedo, trata-se de "um imposto ao crescimento", que só tem paralelo na Hungria, um país ao qual, disse, "Portugal não deveria querer equiparar-se". Também Cláudia Azevedo, presidente executiva da Sonae referiu que o crescimento da Sonae se explica pelo forte investimento, que ascendeu a 1200 milhões de euros no ano passado.
Negócios de retalho suportaram parte da pressão inflacionista, à custa da sua própria rentabilidade”, garante a presidente da Sonae, Cláudia Azevedo, ...
Relativamente aos desinvestimentos, atingiu um encaixe financeiro de 188 milhões de euros, destacando-se a mais-valia de 64,7 milhões de euros na venda da Maxive e das suas subsidiárias S21Sec e Excellium, Para além disto, a área de serviços da Sierra expandiu-se para novas geografias, aumentando os ativos sob gestão não relacionados com atividades de retalho em 700 milhões de euros, para 1,3 mil milhões de euros. Na Zeitreel, o volume de negócios cresceu 12% em termos homólogos, para 387 milhões de euros, com um contributo positivo de todas as suas marcas. O EBITDA subjacente foi de 76,2 milhões de euros, o que representa uma ligeira redução face ao ano passado, com uma margem de 6,2%. Ao mesmo tempo, houve “erosão da margem de rentabilidade em 59 pontos base, para 9,4%, com o EBITDA subjacente nos 563 milhões de euros, a ter uma evolução inferior às vendas. Nessa divisão, a MC, o volume de negócios cresceu 11,5%, para 5,98 mil milhões de euros, ou 9,6% numa base comparável.
A empresa dona dos hipermercados Continente adianta em comunicado que totalizou 179 milhões de euros de lucro em 2022, menos 17% do que no ano anterior, ...
No ano em análise, a Bright Pixel investiu 48,7 milhões de euros nas empresas do seu portfólio e em novas empresas. Já o investimento consolidado progrediu 34% para 634 milhões de euros. A dívida líquida consolidada cedeu para 540 milhões de euros, "o valor mais baixo deste século". A presidente executiva da Sonae sustenta que o retalho suportou parte da pressão inflacionista. Para evitar uma maior sobrecarga nos orçamentos familiares, os nossos negócios de retalho suportaram parte da pressão inflacionista, à custa da sua própria rentabilidade”, assegura, numa altura em que o Governo tem apertado o escrutínio aos preços dos alimentos. A Sonae, empresa dona dos hipermercados Continente, fechou as contas de 2022 com lucros de 342 milhões de euros, 27,7% acima do registado no ano anterior.
A Sonae fechou 2022 com lucros de 342 milhões de euros, graças a mais valias, e vendas de 7,7 mil milhões, mas margem de lucro recuou.
O volume de negócios do grupo atingiu os 7,7 mil milhões de euros em 2023, o que se traduz numa subida de 10,9% face a 2021. O grupo Sonae, que detém os supermercados Continente, fechou o ano 2022 com um lucro líquido de 342 milhões de euros, mais 27,7% face ao ano anterior. O valor foi “fortemente influenciado pelas mais-valias não recorrentes das vendas de ativos”, nomeadamente a MDS e a Maxive.
CEO da Sonae, Cláudia Azevedo, descreve, aliás, a nova contribuição ao Estado como um 'imposto sobre o crescimento' no caso do grupo que lidera e lamenta ...
Relativamente ao valor a ser pago pela Sonae, João Dolores explica que os cálculos ainda não estão feitos mas que, "face à pressão na rentabilidade" sentida pelo grupo, não será um montante avultado. No conjunto dos dois setores, o Governo prevê encaixar uma receita entre 50 milhões e 100 milhões de euros. E puxou dos números: "Nos últimos quatro anos, abrimos mais de 400 lojas no retalho alimentar, fizemos investimentos de mais de 800 milhões de euros em Potugal, criamos mais de 5.000 empregos, pelo que é natural que os lucros também subam do ponto de vista absoluto.
Apesar da subida de 10,9% das vendas no ano passado, a retalhista revela que baixou em 41 pontos base a margem de lucro operacional, como resultado da ...
De que forma? Para evitar uma maior sobrecarga nos orçamentos familiares, os nossos negócios de retalho suportaram parte da pressão inflacionista, à custa da sua própria rentabilidade”, assegura, numa altura em que o Governo tem apertado o escrutínio aos preços dos alimentos. “Durante o ano, a inflação aumentou para níveis que o mundo não havia presenciado neste século, sobretudo devido aos aumentos acentuados nos custos da energia e às perturbações nas cadeias de abastecimento que afetaram toda a economia. [venda da empresa de cibersegurança Maxive](https://eco.sapo.pt/2022/05/17/sonae-im-vende-holding-de-ciberseguranca-a-thales-europe/) e a [venda do grupo segurador MDS](https://eco.sapo.pt/2021/12/23/sonae-vende-corretora-de-seguros-mds-ao-grupo-britanico-ardonagh/), que geraram mais-valias de 146 milhões de euros. No entanto, segundo as contas apresentadas esta quinta-feira pela retalhista, o resultado líquido atribuível aos acionistas excluindo os itens não recorrentes diminuiu quase 17%, para 179 milhões de euros. Esta dinâmica é espelhada em todos os segmentos do grupo, mas particularmente na operação do retalho alimentar do grupo através da Sonae MC (que agrega a cadeia de hipermercados Continente), que apesar de ter registado um aumento de 11,5% do volume de negócios para cerca de 6 mil milhões de euros e uma subida de 4,9% do EBITDA subjacente para 563 milhões de euros, a margem de lucro operacional caiu para 9,4% face aos 10% que apresentou em 2021.
Presidente executiva do grupo Sonae garante que "toda a cadeia alimentar está a ter uma atitude muito responsável" perante a inflação.
Portanto, é natural que, investindo, os lucros também subam do ponto de vista absoluto e estar a penalizar quem investe no país parece-nos a todos um mau princípio”, acrescentou. Mas é muito, muito raro e fazemos muito mais controlo do que a ASAE, para nós esse é um tema importantíssimo”, assegurou. Assumindo-se contra o pagamento deste imposto, João Dolores explicou: “Não reconhecemos o conceito de lucros excedentários. “Nós fazemos muito mais controlo nessa situação [de diferenças entre o valor afixado e efetivamente pago] do que a ASAE, fazemos imensas auditorias internas. “Sinceramente, acho que toda a cadeia alimentar está a ter uma atitude muito responsável. E um produtor internacional também não vai vender a Portugal com margens tão baixas.
Descontando as mais-valias extraordinárias, o resultado líquido recorrente atribuível a acionistas da Sonae caiu 17% para 179 milhões de euros no ano ...
No retalho de desporto, com o Iberian Sports Retail Group (ISRG), "joint-venture" que alia a Sonae ao grupo JD e à Sprinter, as vendas totais aumentaram 41% em termos homólogos, ultrapassando 1,2 mil milhões de euros, beneficiando das aquisições realizadas, designadamente da Deporvillage, em 2021. Com efeito, o EBITDA [resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações] subjacente registou um desempenho inferior às vendas, crescendo 6% para 635 milhões de euros, indicou a Sonae, sinalizando uma redução da margem operacional de 0,4 pontos percentuais face ao ano anterior para 8,2% que imputa "ao esforço dos negócios de retalho em conterem o impacto da inflação nos preços ao consumidor". A empresária garante, porém, que a Sonae agiu no sentido de mitigar esses efeitos.
Na apresentação dos resultados de 2022, o dono do Continente insistiu que a inflação não está a ser criada pelo setor da distribuição.