Este ano lectivo não haverá alterações ao modelo que tem vigorado desde a pandemia de covid-19, revelou João Costa no Parlamento.
“O que isto revela são os efeitos das desigualdades no acesso ao ensino superior – o que suscita uma inquietação enorme”, testemunhou João Costa em resposta a uma interpelação do PCP. No mês passado, o secretário de Estado do Ensino Superior, Pedro Teixeira, defendeu que o novo modelo de ingresso no ensino superior terá de encontrar “um equilíbrio” entre o trabalho continuado nas escolas ao longo do ano do secundário e os exames como “mecanismos de normalização e comparabilidade”, não contribuindo para “amplificar desigualdades sociais”. João Costa não adiantou pormenores, afirmando apenas que se deverá manter alguma distinção entre a certificação da conclusão do ensino secundário e o acesso ao ensino superior.
Em discussão a alteração da fórmula de cálculo para acesso ao Superior. CRUP e CCISP defendem período de transição.
Com apresentação pública prevista para este mês, a revisão do sistema de acesso ao Ensino Superior tem atualmente em discussão um possível aumento do peso das notas dos exames nacionais na fórmula de cálculo para efeitos de ingresso. Dando ainda nota da "questão do prazo de aplicação das possíveis alterações". Uma proposta que o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) vê com bons olhos, mas da qual o Conselho Coordenador dos Institutos Superior Politécnicos (CCISP) discorda, temendo uma perda de candidatos.
Ministro da Educação diz não querer introduzir ″disrupção″ no sistema durante este ano letivo e mantém a intenção de distinguir o ensino secundário do ...
[Comissão de Acesso ao Ensino Superior](/entidade/org/comissao-de-acesso-ao-ensino-superior.html) ( [CNAES](/entidade/org/cnaes.html)), assim como as entidades que representam as universidades e os institutos politécnicos ( [CRUP](/entidade/org/crup.html) e [CCISP](/entidade/org/ccisp.html)) e "o processo está agora a terminar". Não queremos uma situação diferente dos outros anos, mas muito brevemente, com os meus colegas do ensino superior, iremos anunciar", afirmou [João Costa](/entidade/pessoa/joao-costa.html), durante a audição parlamentar na [comissão de Educação e Ciência](/entidade/org/comissao-de-educacao-e-ciencia.html).
Governo prevê alterações no ensino superior a partir de 2024, incluindo um contingente especial para os alunos mais pobres.
Outra das novidades previstas, avança o Público, é a introdução de um contingente especial para alunos desfavorecidos, à semelhança, escreve o jornal, do que já existe para militares ou estudantes das regiões autónomas. O objetivo é que as provas finais deixem de ser obrigatórias para conclusão do 12.º ano, medida que foi introduzida com a pandemia de covid-19, quando os alunos passaram a fazer exame apenas às disciplinas específicas de acesso ao ensino superior. "O número de exames tem a ver com alguma preocupação em termos de exigência", diz ao JN Pedro Teixeira.
Os exames nacionais do ensino secundário vão continuar, neste ano letivo, a servir apenas como provas de ingresso no ensino superior.
“O que isto revela são os efeitos das desigualdades no acesso ao ensino superior – o que suscita uma inquietação enorme”, indicou João Costa em resposta ao PCP. Contudo, em dezembro, o secretário de Estado do Ensino Superior, Pedro Teixeira, disse que o novo modelo de ingresso terá de encontrar um “equilíbrio” entre o trabalho continuado nas escolas e os exames como “mecanismos de normalização e comparabilidade”, não contribuindo para “amplificar desigualdades sociais”. O ministro justificou, em resposta ao PSD, que esta decisão foi tomada para não haver “disrupções”, enquanto não houver uma decisão final sobre a revisão do modelo de acesso ao ensino superior, que será tomada “muito brevemente”.