O antigo jogador brasileiro tinha 82 anos e estava internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, há um mês devido a um cancro no cólon e a sua ...
Em 1950, ao ver o pai chorar a derrota do Brasil no frente ao Uruguai no Maracanã, prometeu-lhe que um dia ganharia um Mundial de futebol.
Pelé deu a volta olímpica na Vila Belmiro e desceu para o balneário, deixando para trás um legado que marcou a história do futebol. No mesmo Maracanã em que já tinha marcado o seu primeiro golo internacional (ao Belenenses, em 1957) e o seu primeiro golo pela seleção - e dezenas de outros mais ao longo dos anos -, Pelé teve, frente ao Vasco da Gama, a oportunidade de chegar a um feito que o Brasil há muito preparava com expetativa: o golo mil. Foi num 2-2 contra a seleção da Jugoslávia, com o craque a jogar apenas a primeira parte, antes de abandonar o palco ao som de "Fica, Pelé" entoado pela "torcida". A verdade é que Pelé estava longe da forma ideal, o seu futebol começava a ser questionado pela imprensa e Saldanha agitou até o debate com referência à miopia do jogador do Santos, que o impediria de "jogar direito". O rei ainda em fevereiro de 2019 recordou esse momento com uma foto do regresso ao Brasil e a legenda: "Esse sou eu depois que o Brasil foi eliminado da Copa do Mundo de 1966, na Inglaterra. Foi a 11 de outubro de 1962 e ficou na memória coletiva como o melhor jogo dessa geração dourada do Santos de Pelé. Em paralelo com as façanhas na seleção, Pelé reforçava o protagonismo com golos, títulos e recordes incríveis com a camisola do Santos. Também lhe ficaram ligados o famoso drible de vaca (meter a bola por um lado do defesa e ir buscar por outro), a paradinha no penálti ou aquela imagem de um Pelé no ar, em suspenso, a festejar os golos com um murro no ar - uma celebração que terá começado em 1959, como protesto contra as vaias das bancadas num jogo entre Santos e Juventus de S. Com Pelé, o Brasil "deixou para trás o complexo de vira-latas" que perseguia a nação desde o Maracanazo de 1950, celebrou Nelson Rodrigues. E o que aconteceu logo após o apito inicial foi aquilo a que Gabriel Hanot, um antigo futebolista francês jornalista no L'Equipe que foi o criador da Taça dos Campeões Europeus (atual Liga dos Campeões), chamou "os três minutos mais incríveis da história do futebol". Ou melhor, ficaria, mas não sem antes inscrever ainda uma outra alcunha naquele que foi o seu primeiro golo de sempre como profissional: Gasolina, o apelido que os jogadores do Santos lhe colocaram no primeiro treino que fez com a equipa principal, pela velocidade e cor de pele. E foi numa dessas paragens da carreira de Dondinho, também ele um avançado com arte para espalhar golos por onde passava, em São Lourenço, que acabaria por nascer a alcunha que virou nome de rei do futebol.
O ex-jogador brasileiro Pelé morreu esta quinta-feira aos 82 anos. A lenda do futebol estava a receber cuidados paliativos depois de ter deixado de ...
Aos 15 anos foi jogar para o Santos Futebol Clube e, menos de um ano depois, disputou o seu primeiro jogo internacional com a seleção brasileira. Em 1958, no Mundial de Futebol na Suécia, começou a vestir a camisola número 10, que nunca mais largou. A equipa de Pelé, que marcou cinco golos, venceu por 12-1 e fez do jovem uma celebridade local. Aos 11 anos começou a jogar numa equipa infanto-juvenil, o Canto do Rio. Mudou-se muito jovem para São Paulo e já nessa altura mostrava vontade em ser jogador de futebol. No Instagram, a estrela do futebol brasileiro tinha escrito na início de dezembro: “Amigos, eu estou no hospital fazendo minha visita mensal.
A notícia foi confirmada à AP pelo agente do ex-futebolista. Pelé estava internado em São Paulo desde 30 de novembro. Considerado o maior jogador do século ...
Mais recentemente, durante os protestos no Brasil em 2013, que em parte visavam os gastos públicos com o Mundial de 2014, veio a público pedir para que as demonstrações fossem postas de parte em prol do apoio à seleção brasileira. Em Nova Iorque, ao serviço do Cosmos, tornou-se uma celebridade (ainda mais) planetária, e desempenhou um papel fundamental para que o futebol plantasse raízes na América do Norte até aos dias de hoje. [desde 30 de novembro no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo](https://observador.pt/2022/11/30/pele-hospitalizado-de-urgencia-em-sao-paulo-com-um-quadro-clinico-debilitado/), onde deu entrada com um quadro de inchaço por todo o corpo e “insuficiência cardíaca descompensada”. O primeiro foi na Suécia; o segundo, quatro anos depois, no Chile (nesse, ganhou praticamente sem jogar, após se ter lesionado na primeira fase; e terceiro, em 1970, no México. “O Hospital Israelita Albert Einstein se solidariza com a família e todos que sofrem com a perda do nosso querido Rei do Futebol.” Perante o quadro clínico agravado, foi transferido para a área de cuidados paliativos.