O caso que provocou a demissão de Alexandra Reis escalou e atingiu o ministro das Infra-estruturas, que se demite após sobreviver a diversos casos.
[Presidente da República](https://www.publico.pt/2022/12/28/politica/noticia/marcelo-vicios-originais-governo-admite-ha-reajustamento-2032994) parecia estar a adivinhar quando, esta quarta-feira, a propósito da demissão de Alexandra Reis da secretaria de Estado do Tesouro, avisou que "veremos" se essa demissão é "suficiente". No Governo que tomou posse a 30 de Março, assumiu funções como secretário de Estado das Infra-estruturas. Depois de saber que o secretário de Estado das Infra-estruturas tinha conhecimento do acordo entre a TAP e Alexandra Reis, o ministro das Infra-estruturas e da Habitação perdeu condições para continuar a governar. Isto é, Hugo Santos Mendes pediu a demissão ainda antes de Pedro Nuno Santos o fazer. Acordo esse que, "dentro da respectiva delegação de competências" – no secretário de Estado Hugo Santos Mendes –, o ministro "não viu incompatibilidades entre o mandato inicial dado ao Conselho de Administração da TAP e a solução encontrada", lê-se na nota. Ainda em 2020, o ministro Pedro Nuno Santos Antes de Pedro Nuno Santos pedir a demissão já o seu secretário de Estado das Infra-estruturas tinha apresentado um pedido de demissão. Esta tarde, soube-se dentro do Governo que Hugo Santos Mendes, até aqui secretário de Estado das Infra-estruturas, teria tido conhecimento do acordo de rescisão alcançado entre a TAP e a ex-administradora e que garantia meio milhão de euros de compensação à agora ex-governante. Minutos depois, o gabinete do primeiro-ministro enviou um comunicado revelando aceitar a demissão e agradecendo, entre elogios, a colaboração de Pedro Nuno Santos em sete anos de governo. Destaco o seu contributo decisivo para a criação de condições de estabilidade política enquanto secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares e a energia com que assumiu as suas actuais funções, nomeadamente nas políticas ferroviária e da habitação. A nota do gabinete do agora ex-ministro das Infra-estruturas era bem maior e mais justificativa. Pedro Nuno pediu a demissão e Costa aceitou.
Ministro assume sair devido à ″perceção pública e ao sentimento coletivo″ gerados pelo caso do pagamento a Alexandra Reis. Hugo Santos Mendes, secretário de ...
No sábado, o Correio da Manhã noticiou que Alexandra Reis recebeu uma indemnização de meio milhão de euros por sair antecipadamente, em fevereiro, do cargo de administradora executiva da transportadora aérea, quando ainda tinha de cumprir funções durante dois anos. Este processo foi acompanhado juridicamente tanto pelos serviços da TAP como por uma sociedade de advogados "externa à empresa, contratada para prestar assessoria nestes processos". O primeiro-ministro já aceitou a decisão.
Tudo aconteceu já passava da meia-noite. Ministro das Infraestruturas e da Habitação apresentou a demissão na sequência da mais recente polémica com a TAP ...
O Presidente da República admitiu mesmo que intensidade do escrutínio poderá levar mesmo a mais demissões e diz que todos os governos vivenciaram entradas e saídas de ministros. "O secretário de Estado das Infraestruturas, dentro da respetiva delegação de competências, não viu incompatibilidades entre o mandato inicial dado ao Conselho de Administração da TAP e a solução encontrada", lê-se na nota do ministério. "Para preservar o bom funcionamento da Comissão Executiva e, portanto, o sucesso da implementação do Plano de Reestruturação, foi dada autorização para se proceder à rescisão contratual com a engenheira Alexandra Reis", indica o comunicado. ](https://www.dn.pt/sociedade/mulher-de-medina-deixa-de-ser-diretora-juridica-da-tap-14728547.html)Stéphanie Silva deixou a transportadora quando o marido foi nomeado ministro e fora antes também alvo de duras críticas do próprio Pedro Nuno Santos, uma vez que fazia parte do grupo de responsáveis da transportadora que recebera, em junho de 2019, um prémio de 17 800 euros. "Antes olhava-se para o currículo para ver se alguém tinha ou não competência. Em junho, Alexandra Reis foi nomeada pelo Governo para a presidência da Navegação Aérea de Portugal (NAV). O escrutínio é tão mais intenso que pode haver mais situações destas. "Face à perceção pública e ao sentimento coletivo gerados em torno deste caso", Pedro Nuno Santos entendeu "assumir a responsabilidade política". Lembro-me que houve governos que tiveram várias sucessões devido ao escrutínio intenso que houve. Stéphanie Silva estava então há um ano no cargo e a TAP apresentara prejuízos. Costa aceitou de seguida o pedido de demissão. O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, apresentou a demissão ao líder do Governo, António Costa, no seguimento da mais recente polémica que envolve a TAP, a indemnização de 500 mil euros paga pela companhia aérea a Alexandra Reis, a antiga secretária de Estado do Tesouro.
O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, apresentou a demissão na noite desta quarta-feira. Leia na íntegra o comunicado.
O Secretário de Estado das Infraestruturas, dentro da respetiva delegação de competências, não viu incompatibilidades entre o mandato inicial dado ao Conselho de Administração da TAP e a solução encontrada; Como resultado desse processo, a TAP informou o Secretário de Estado das Infraestruturas de que os advogados tinham chegado a um acordo que acautelava os interesses da TAP. e da TAP SGPS que resultou na saída do acionista privado Humberto Pedrosa, a CEO da TAP solicitou a autorização do Ministério das Infraestruturas e da Habitação para proceder à substituição da administradora indicada pelo acionista privado por manifesta incompatibilização, irreconciliável, entre a CEO e a vogal do Conselho de Administração;
O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, apresentou a sua demissão. A renúncia acontece um dia depois da saída da secretária de ...
Na altura, o “secretário de Estado das Infraestruturas, dentro da respetiva delegação de competências, não viu incompatibilidades entre o mandato inicial dado ao Conselho de Administração da TAP e a solução encontrada”, afirma o gabinete do ministro em comunicado. No comunicado do Ministério das Infraestruturas e da Habitação é ainda anunciada a demissão do secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Santos Mendes. Por sua vez, o primeiro-ministro anunciou em comunicado que aceitou o pedido de demissão do ministro das Infraestruturas e Habitação.
O ministro apresentou a demissão ao primeiro-ministro e o pedido foi aceite. Pedro Nuno Santos revela que não tinha conhecimento do acordo de indemnização ...
O Secretário de Estado das Infraestruturas, dentro da respetiva delegação de competências, não viu incompatibilidades entre o mandato inicial dado ao Conselho de Administração da TAP e a solução encontrada; Como resultado desse processo, a TAP informou o Secretário de Estado das Infraestruturas de que os advogados tinham chegado a um acordo que acautelava os interesses da TAP. E, ao contrário do que fez Fernando Medina, que deixou cair a sua secretária de Estado e revelou que não tinha conhecimento do acordo, Pedro Nuno Santos revela que o seu secretário de Estado apresentou a demissão e que “entende, neste contexto, assumir a responsabilidade política”. e da TAP SGPS que resultou na saída do acionista privado Humberto Pedrosa, a CEO da TAP solicitou a autorização do Ministério das Infraestruturas e da Habitação para proceder à substituição da administradora indicada pelo acionista privado por manifesta incompatibilização, irreconciliável, entre a CEO e a vogal do Conselho de Administração; O ministro Pedro Nuno Santos apresentou o pedido de demissão ao primeiro-ministro “face à perceção pública e ao sentimento coletivo gerados em torno” do caso TAP e da indemnização de 500 mil euros paga a Alexandra Reis, e António Costa já aceitou a demissão. Pedro Nuno Santos revela que não tinha conhecimento do acordo de indemnização da TAP, mas sim o seu secretário de Estado.
O ministro dos Transportes, Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, apresentou a sua demissão, que foi aceite pelo primeiro-ministro.
O secretário de Estado das Infraestruturas, dentro da respetiva delegação de competências, não viu incompatibilidades entre o mandato inicial dado ao Conselho de Administração da TAP e a solução encontrada", sublinha o ministro demissionário na sua nota. O ministro demissionário, que disse desconhecer os termos do acordo da saída de Alexandra Reis, explica agora que o seu secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Mendes, tinha conhecimento desses termos e que não viu incompatibilidades - num processo que foi acompanhado pelos serviços jurídicos da TAP. O ministro dos Transportes, Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, apresentou esta noite a sua demissão ao primeiro-ministro e António Costa anunciou já ter aceitado.
Perante o desgaste do eventual sucessor de Costa, sociais-democratas animam-se com tiros nos pés sucessivos. Visto como adversário ideal de Montenegro, ...
“Vamos ver a que custo e com que contrapartidas para o Estado português”, antecipa a mesma fonte. A continuar assim, ainda se perde a oportunidade de o ter como adversário”, ironiza um destacado dirigente social-democrata. Assistir de poltrona às trapalhadas de Pedro Nuno Santos, deixá-lo à beirinha do precipício, rezar para que não caia antes do tempo e usar as legislativas de 2026 para dar o golpe de misericórdia na maior esperança dos socialistas (assim reconhecido internamente) para se manterem no poder pós-António Costa.
Ministro das Infraestruturas admite que sabia do acordo de rescisão de Alexandra Reis com a TAP, mas nada diz sobre se sabia do montante da indemnização.
Ao que o Expresso apurou, a situação de Pedro Nuno Santos neste caso esteve sempre por um fio. Na nota em que dá conta de que aceita a demissão, António Costa agradece “a dedicação e empenho com que [Pedro Nuno Santos] exerceu funções governativas ao longo destes 7 anos, quer nas áreas da sua direta responsabilidade, quer na definição da orientação política geral do Governo”. Ainda assim, mesmo sem terem sido levantadas dúvidas jurídicas sobre o acordo, o gabinete de Pedro Nuno Santos afirma que, “tendo o ministro tido agora conhecimento dos termos do acordo”, entendeu ter “responsabilidade política” e, assim sendo, apresentou a demissão. Na nota enviada à comunicação social, o gabinete de Pedro Nuno Santos explica que apresentou a sua demissão por entender ter “responsabilidade política” no caso, embora responsabilize o secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Mendes, por não ter identificado incompatibilidades no processo. Pedro Nuno Santos diz, assim, que sabia do acordo de rescisão mas nada diz sobre se sabia do montante da indemnização e dos termos negociados. Hugo Mendes apresentou a demissão ao ministro e só depois disso, lê-se no comunicado, Pedro Nuno Santos entendeu demitir-se.
A demissão de Pedro Nuno Santos chegou a ser equacionada em junho, após ter avançado uma solução para o novo aeroporto que não estava concertada com o ...
Este mês foi escolhida para secretária de Estado do Tesouro. Apontado como um potencial candidato à sucessão de António Costa na liderança do PS, Pedro Nuno Santos, conotado com a ala esquerda do PS, tinha em mãos o dossier do novo aeroporto para a região de Lisboa. A demissão de Pedro Nuno Santos chegou a ser equacionada em junho, após ter avançado uma solução para o novo aeroporto que não estava concertada com o primeiro-ministro.
O Açoriano Oriental, fundado a 18 de Abril de 1835, é um título de referência no panorama da imprensa regional portuguesa em geral e açoriana em particular.
No sábado, o Correio da Manhã noticiou que Alexandra Reis recebeu uma indemnização de meio milhão de euros por sair antecipadamente, em fevereiro, do cargo de administradora executiva da transportadora aérea, quando ainda tinha de cumprir funções durante dois anos. Sobre a saída de Alexandra Reis da TAP, o Ministério das Infraestruturas e da Habitação destacou no comunicado que na sequência da saída do acionista privado Humberto Pedrosa, a CEO da TAP solicitou a autorização ao ministério “para proceder à substituição da administradora indicada pelo acionista privado por manifesta incompatibilização, irreconciliável”, pedido que foi autorizado pelo ministério, “para preservar o bom funcionamento”. “No seguimento das explicações dadas pela TAP, que levaram o ministro das Infraestruturas e da Habitação e o ministro das Finanças a enviar o processo à consideração da CMVM [Comissão do Mercado de Valores Mobiliários] e da IGF [Inspeção-Geral de Finanças], o secretário de Estado das Infraestruturas [Hugo Santos Mendes] entendeu, face às circunstâncias, apresentar a sua demissão”, esclareceu ainda o Ministério das Infraestruturas e da Habitação na nota de imprensa.
Quando soube que o Ministério das Infraestruturas tinha sido informado sobre o acordo de saída de Alexandra Reis, Costa defendeu saída de secretário de ...
Aliás, se a convicção de Pedro Nuno Santos (contada Mas a primeira reação não passava pela saída do ministro: para António Costa, a saída do secretário de Estado seria suficiente para responder à questão. O primeiro-ministro soube esta quarta-feira da existência de um contacto para o Ministério das Infraestruturas feito pela TAP a dar conta da indemnização paga a Alexandra Reis.
Tendo feito o mesmo percurso político, a par e passo, Duarte Cordeiro e João Galamba são amigos 'de casa' do ex-ministro. 'Lamentamos que tenha sido a ...
"Respeitamos a decisão do ministro das Infraestruturas e da Habitação, a decisão de Pedro Nuno Santos, uma decisão que ele tomou e nós respeitamos. Alexandra Reis recebeu uma indemnização por sair antecipadamente, em fevereiro, de administradora executiva da transportadora aérea. Temos uma relação pessoal e muita admiração por ele", disse o ministro, falando em seu nome e de Galamba.
Os socialistas entendem que é altura de o primeiro-ministro legitimar a própria autoridade, com uma remodelação profunda no Governo.
Além de Pedro Nuno Santos e Hugo Mendes, a secretária de Estado da Habitação, Marina Gonçalves, também deixa o Governo com a queda do sucessor. Entre os socialistas, há a expectativa para perceber "que postura" Pedro Nuno Santos vai assumir no Parlamento, tendo em conta o seu perfil de liderança. A mudança no Ministério das Infraestruturas vai marcar o regresso de Pedro Nuno Santos ao Parlamento como deputado.
"A partir do momento em que foi do conhecimento do próprio ministro que o senhor secretário de Estado das Infraestruturas [Hugo Santos Mendes] tinha ...
"A sucessão não é um debate que esteja em cima da mesa. Agora, a Iniciativa Liberal, tentando ultrapassar todos pela direita, anuncia também a apresentação de uma moção de censura. "A partir do momento em que foi do conhecimento do próprio ministro que o senhor secretário de Estado das Infraestruturas [Hugo Santos Mendes] tinha conhecimento da indemnização" paga a Alexandra Reis, o ministro "apresentou a sua demissão".
Da TAP, ao novo aeroporto, passando pelo "Familygate". Sete anos depois de ter entrado para o Governo, e várias polémicas depois, Pedro Nuno Santos está de ...
De acordo com Pedro Nuno Santos, a presidente executiva da TAP pediu autorização ao secretário de Estado das Infraestruturas para substituir Alexandra Reis e obteve o aval para esse decisão e, posteriormente, para os termos do acordo. Depois da [demissão antecipada do presidente da CP](https://eco.sapo.pt/2021/09/28/presidente-da-cp-sai-do-cargo-apos-cumprir-missao/), Pedro Nuno Santos atirou contra o Ministério de João Leão. Pedro Nuno Santos nomeou Miguel Frasquilho para a presidência do Conselho de Administração da companhia aérea, mas acabou por retirar o convite (mesmo depois de Frasquilho o ter aceite). Mas o ministro, através do seu gabinete, respondeu não haver incompatibilidades devido a um parecer do Conselho Consultivo da Procuradoria-Geral da República (PGR). Em outubro deste ano, o Observador noticiou que uma empresa detida por Pedro Nuno Santos e pelo pai tinha feito um contrato público por ajuste direto. Na conversa, ouve-se Casimiro questionar o ministro sobre a injeção de dinheiro público na TAP e se Humberto Pedrosa, na altura acionista privado da TAP, estava também a colocar capital na mesma proporção. [nomeação da mulher, Ana Catarina Gamboa](https://eco.sapo.pt/2019/03/15/e-oficial-mulher-de-pedro-nuno-santos-nomeada-chefe-do-gabinete-do-sucessor-do-marido/), como chefe de gabinete do secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro, seu sucessor. [Familygate](https://eco.sapo.pt/2019/04/04/familygate-ha-agora-mais-seis-casos-de-nomeacoes-familiares/), uma investigação sobre relações familiares dentro do Governo ou em organismos de nomeação governamental. “A Ryanair é uma empresa privada e não tem de interferir nas decisões soberanas tomadas pelo Governo português. O típico ministro do “povo”, palavra que não se cansa de repetir nas intervenções que faz, apontado como um forte sucessor de António Costa, como o próprio primeiro-ministro já tinha admitido, deixa o Executivo na sequência de mais uma polémica e, mais uma vez, a envolver a TAP. Nestes sete anos, muitas foram as polémicas que envolveram Pedro Nuno Santos, apontado como um forte sucessor de António Costa, como o próprio primeiro-ministro já admitiu. Entrou para o Parlamento em 2005, com a primeira maioria absoluta do PS, altura em que este partido era liderado por José Sócrates.
O ministro que sinalizou uma revolução na habitação em Portugal conseguiu ressuscitar a ferrovia e lançar as bases das comunicações do futuro.
E, no fim, também foi. [acabou por se demitir](https://www.publico.pt/2022/12/29/politica/noticia/pedro-nuno-santos-nao-resiste-nova-polemica-sai-governo-2033071) na sequência do [mais recente caso](https://www.publico.pt/2022/12/27/politica/noticia/alexandra-reis-abandona-governo-2032905) a envolver a companhia aérea. Pedro Nuno Santos teve na aviação a sua tarefa mais polémica e mais mediática e
Gostou notoriamente de ser secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares e enfrentou as Infraestruturas como uma despromoção, mas também uma oportunidade ...
A saída do ministro das Infraestruturas engrossa a longa lista de demissões do Governo de maioria absoluta de António Costa que tomou posse há apenas nove ...
Depois de ter sobrevivido ao caso do despacho sobre a localização do novo aeroporto de Lisboa – revogado por Costa em menos de 24 horas –, o ministro das Infraestruturas caiu precisamente pelo dossiê da maior luta que travou: a salvação da TAP, através de uma nacionalizaç... O Governo de maioria absoluta de António Costa soma recordes de saídas e Pedro Nuno Santos foi o último na já longa lista. Desta vez, Pedro Nuno não resistiu à polémica indemnização de 500 mil euros da ex-administradora da TAP.
A demissão de Pedro Nuno Santos culmina uma crise política que não sabemos ainda se terá chegado ao fim. A TAP era sem dúvida um dos dossiers mais difíceis ...
Hugo Mendes, secretário de Estado, acompanhou Pedro Nuno Santos na demissão. Este exercício de carreirismo político acabou por atingir profundamente Pedro Nuno Santos. O ex-ministro assumiu a responsabilidade política de um caso grave. Não saiu do governo empurrado. Ainda que tenha afirmado desconhecer o contrato que levou Alexandra Reis a sair da TAP com uma choruda indemnização de meio milhão de euros, na condição de tutela da empresa, Pedro Nuno Santos escolheu a via da demissão. Foi desautorizado, publicamente, mas manteve-se no governo muito devido aos apoios que possui dentro do Partido Socialista.
Em declarações à Renascença, o socialista Álvaro Beleza refere que, no lugar de António Costa, apostaria numa fusão dos ministérios das Infraestruturas e do ...
“Tem havido é pequenos incidentes no sentido de que são coisas que acontecem um pouco por todo o lado. Este foi o ano em que o PS teve uma maioria absoluta, um ano de crescimento económico, de contas públicas em ordem e, com estas demissões todas, acaba por ser um pouco um annus horribilis. Não é uma pequena coisa dizermos que temos as contas públicas equilibradas.” Na Saúde e na Solidariedade, acho que há áreas que deviam estar todas juntas, como foi demonstrado na pandemia temos que cuidar das pessoas desde que nascem até que morrem. “Eu acho que há ministérios a mais. Eu acho que há áreas da governação que deveriam estar juntas.
Além da TAP e dos aeroportos, ministro demissionário tinha a tutela dos comboios da CP, da Infraestruturas de Portugal e também da habitação.
[sucedem-se os acordos entre o Estado e as autarquias ao abrigo do programa 1.º Direito](https://eco.sapo.pt/2022/07/29/1-o-direito-com-acordos-para-dar-casa-a-mais-de-52-mil-familias/) para dar casa às famílias mais carenciadas. Nota ainda que [foi nomeado o antigo secretário de Estado do Tesouro Miguel Cruz para liderar a IP](https://eco.sapo.pt/2022/07/26/pedro-nuno-santos-escolhe-ex-secretario-de-estado-de-leao-para-a-ip/) em vez de um perfil mais ligado à ferrovia. Pedro Nuno Santos também sai do Governo quando a [companhia aérea está apontada à privatização](https://eco.sapo.pt/2022/09/29/costa-espera-privatizacao-da-tap-nos-proximos-12-meses-e-admite-que-estado-possa-perder-dinheiro/) mas sem garantias se o Estado vai receber, na totalidade, os 3,2 mil milhões de euros emprestados. [contrato de serviço público](https://eco.sapo.pt/2019/11/27/cp-assina-na-quinta-feira-contrato-de-servico-publico-com-o-estado/). O contrato também previa a reestruturação da dívida histórica da empresa, [o que ainda não aconteceu](https://eco.sapo.pt/2022/10/24/alta-velocidade-portuguesa-pode-ficar-so-para-espanha/). [Nuno Freitas demitiu-se com estrondo da CP](https://eco.sapo.pt/2021/09/28/presidente-da-cp-sai-do-cargo-apos-cumprir-missao/), reclamando o perdão da dívida histórica e maior autonomia para a empresa poder concorrer com os futuros operadores privados — o mercado está liberalizado. David Neeleman deixou de ser acionista e [Antonoaldo Neves saiu da presidência executiva](https://eco.sapo.pt/2020/09/13/ja-ha-acordo-assinado-antonoaldo-neves-sai-da-tap-nos-proximos-dias/), substituído temporariamente por Ramiro Sequeira. No final do ano, [António Laranjo anunciou a saída da presidência da IP](https://eco.sapo.pt/2021/12/10/presidente-da-ip-cessa-funcoes-a-1-de-janeiro-2022/). [ foi aprovado o novo plano estratégico da CP, com investimento de 45 milhões até 2022](https://eco.sapo.pt/2019/06/27/governo-aprova-novo-plano-estrategico-para-a-cp-vem-ai-mais-comboios-e-trabalhadores/). No entanto, passados três anos, apenas existiam 950 contratos ativos, o equivalente a 0,4% dos contratos de arrendamento celebrados desde 2019, escreveu o jornal [Público](https://www.publico.pt/2022/12/19/economia/noticia/governo-muda-arrendamento-acessivel-so-chegou-04-mercado-2031798) em dezembro. Para executar o plano foi nomeado um ferroviário para a presidência da CP: [Nuno Freitas tomou posse em julho de 2019](https://eco.sapo.pt/2019/07/18/governo-nomeia-nuno-freitas-para-presidente-da-cp/) e cumpriu o que estava previsto, com a fusão CP-EMEF concluída no final de 2019 e reabertura das oficinas de Guifões em janeiro de 2020. Além da TAP e dos aeroportos, Pedro Nuno Santos também tinha a pasta da Habitação, que inicialmente estava sob alçada do Ministério do Ambiente, e ainda a pasta das telecomunicações.
Pedro Nuno Santos regressa à bancada parlamentar do PS. O ministro demissionário deverá assumir uma atitude discreta, mas não precisará de falar muito para ...
Segundo fontes ouvidas pelo PÚBLICO, o próprio António Costa terá ficado desconcertado com a decisão do ministro das Infra-Estruturas e da Habitação. E as atenções vão-se [virando para Fernando Medina](https://www.publico.pt/2022/12/29/politica/noticia/ps-apreensivo-polemicas-trapalhadas-governo-medina-longe-sucessao-2033040), que embora insista que não sabia da indemnização [ficou isolado pela demissão de Pedro Nuno Santos.](https://www.publico.pt/2022/12/29/politica/noticia/ps-defende-legado-pedro-nuno-santos-ferrovia-habitacao-2033099) A saída de Pedro Nuno Santos do Governo ao início da madrugada desta quinta-feira surpreendeu o país e até os socialistas que o aconselharam nas horas que antecederam a tomada de decisão.
Só na próxima semana, a partir de terça-feira, é que as mudanças devem ser anunciadas. Oposição exige explicações de Costa, Medina, CEO da TAP, ...
À tarde, o pedido de ponderação transformou-se em "convocação de eleições antecipadas para que os portugueses possam dizer se querem continuar a viver neste pântano ou se querem uma solução alternativa", afirmou. O argumento para lá chegar é o PRR e o "ano difícil" que se aproxima: "O ano de 2023 é muito importante, é o ano em que vamos ver se há a eficácia que desejamos na execução dos fundos europeus e no avanço do país. E há nomes, como os de Pedro Marques e de Eurico Brilhante Dias que parecem afastados do governo - é pelo menos isso que garantem as fontes contactadas pelo DN. O presidente parte esta manhã para assistir à tomada de posse de Lula da Silva, no domingo, e regressará na terça-feira durante a manhã. António Costa aceitou sem reservas destacando o "contributo decisivo para a criação de condições de estabilidade política enquanto secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares [na altura da geringonça] e a energia com que assumiu as suas atuais funções, nomeadamente nas políticas ferroviária e da habitação". Nessa tarde, o ministro das Infraestruturas, que já desapareceu do site do governo, preparava a saída e a argumentação.