Erasmo Carlos

2022 - 12 - 27

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Image courtesy of "Folha"

Erasmo Carlos apareceu como terremoto e emancipou a música (Folha)

Erasmo Carlos apareceu como terremoto e emancipou a música · Roqueiro chacoalhou o star system e abraçou a transformação · Nove mortes que marcaram 2022.

Apesar de sua imensa versatilidade, de seu esforço para abraçar as mudanças comportamentais, sexuais (como na canção "Close'', de 1984), musicais, políticas e sociais, Erasmo não experimentou de verdade o sucesso discográfico. Adolescente que amava em público o rock gringo, herói que também "tinha uma vontade féla-da-puta de ser americano" (como disse Caetano de Raul Seixas), Erasmo na verdade admirava secretamente o papa da bossa, João Gilberto. Sem a conexão sanguínea de Erasmo Carlos, estaria fechada a janela de Roberto com a vida real, a angústia real. É bem conhecida a história de como Erasmo recrutou um amigo de infância na Tijuca, Lafayette, que tocava piano, para experimentar sonoridades com um intocado órgão Hammond B3. [Erasmo Carlos](https://www1.folha.uol.com.br/folha-topicos/erasmo-carlos/) foi o nosso Chuck Berry. [Antes de Erasmo, não havia nada](https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2022/11/erasmo-carlos-o-gentil-com-fama-de-mau-fez-o-rock-ter-sentido-no-brasil.shtml) —ele mesmo só ganhou terreno após as versões de "Splish Splash" (1963) e "O Calhambeque" (1964).

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