Colega desde o Liceu Pedro Nunes até ao fim do curso na Faculdade de Direito de Lisboa, um amigo de sempre, jornalista da imprensa e da televisão, editor, ...
Foi um dos melhores da sua e minha geração no campo da cultura. Esteta, entusiasta, erudito, conviviam na personalidade de Mega Ferreira o comprometimento cívico e a distância irónica. O trabalho de António Mega Ferreira enquanto gestor (na Expo, depois no CCB, mais tarde na Metropolitana) deixaram um pouco na sombra o escritor, ainda que, nas últimas duas décadas, se notasse um renovado empenho nas obras de criação, fossem poemas, romances biográficos, livros de crónicas ou de viagens, monografias, ensaios cultos, até ao seu último livro, um dicionário de palavras que deixámos de usar, mas que mantêm o travo da história vivida e da História coletiva.
Numa nota publicada no site da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa considera Mega Ferreira como "uma das figuras mais dinâmicas da cultura ...
“Esteta, entusiasta, erudito, conviviam na personalidade de Mega Ferreira o comprometimento cívico e a distância irónica. Em declarações aos jornalistas enquanto visitava as zonas afetadas pelos últimos incêndios na serra da Estrela, o Presidente da República acrescentou que “é muito raro encontrar uma pessoa tão completa no mundo da cultura”. Formado em Direito e Comunicação Social, Mega Ferreira foi jornalista nas redações do Jornal Novo, Expresso, O Jornal e da RTP.
Escritor e jornalista, que foi comissário da Expo'98 e presidente do CCB, tinha 73 anos. O Presidente da República lembra o "amigo de sempre" e "uma das ...
Em "Vidas Instáveis" (2014), cruzou referências, de Leonardo Da Vinci a Marilyn Monroe, sob o mesmo conceito da instabilidade constante. Quixote" (2006), a quem voltaria dez anos mais tarde ("O Essencial sobre Dom Quixote"). "Acho que a política é um departamento da cultura", disse à revista Prelo, da Imprensa Nacional, em entrevista publicada no número de julho de 2015. "Isto é o capitalismo na sua versão mais rasteira, aprendida em 'MBA' de universidades neocapitalistas e neoliberais (...), ensinado como pensamento dominante". As suas ideias e realizações enriqueceram-nos, levando-nos a olhar de outro modo para o oceano, a história, a literatura e as artes. "Assumiu funções relevantes na liderança da candidatura de Lisboa à Expo'98, de que foi comissário executivo. Mega Ferreira imaginou e criou a Expo"98 e revelou sempre uma profunda devoção a Lisboa. Foi colega de Mega Ferreira "do primeiro ano do liceu até ao último ano da faculdade". "Como jornalista, ensaísta, escritor e gestor, António Mega Ferreira marcou o nosso espaço público. Não como evento, mas como uma nova parte da cidade que amava", escreveu o chefe do Governo na mensagem publicada no Twitter. "Esteta, entusiasta, erudito, conviviam na personalidade de Mega Ferreira o comprometimento cívico e a distância irónica. Em comunicado, o atual presidente da fundação CCB, Elísio Summavielle, fala numa "hora triste para a República" pela morte de um amigo.
O escritor ficou conhecido do público geral por ter sido comissário da Expo 98. 'Foi um dos melhores da sua e minha geração no campo da cultura', ...
Presto-lhe a minha homenagem sentida", sublinha ainda. "Esteta, entusiasta, erudito, conviviam na personalidade de Mega Ferreira o comprometimento cívico e a distância irónica. "Foi um dos melhores da sua e minha geração no campo da cultura.
Jornalista, escritor, poeta, António Mega Ferreira tornou-se conhecido da maioria dos portugueses como comissário da Expo 98. Presidente e primeiro-ministro ...
“Foi um dos melhores da sua e minha geração”, escreve o chefe de Estado. “Colega desde o Liceu Pedro Nunes até ao fim do curso na Faculdade de Direito de Lisboa, um amigo de sempre, jornalista da imprensa e da televisão, editor, ficcionista, ensaísta, cronista, poeta, tradutor, gestor cultural, António Mega Ferreira foi uma das figuras mais dinâmicas da cultura portuguesa do último meio século”, escreve o Presidente. Morreu António Mega Ferreira, jornalista, escritor, poeta, o “homem da Expo”, como muitos o conhecem.
Escritor, poeta, jornalista presidente do Conselho de Administração do Centro Cultural de Belém e da Parque Expo, tornou-se conhecido da maioria dos ...
Mas também houve quem elogiasse a sua abertura à experimentação no campo do teatro e da dança, através de projectos como a Box Nova e a Fábrica das Artes, e a atenção a criadores internacionais de referência. [dizia ao PÚBLICO em 2017](https://www.publico.pt/2017/08/07/culturaipsilon/entrevista/ate-morrer-todos-os-anos-heide-ir-a-italia-1781433), a propósito do livro Itália, Práticas de Viagem, que então publicara na Sextante. Chegou a ser chefe de redacção do serviço de informação da RTP2 e do Jornal de Letras e fundou as revistas Ler (com Francisco José Viegas como chefe de redacção) e Oceanos. [Rádio Renascença](https://rr.sapo.pt/especial/vida/2022/11/11/mega-ferreira-pede-decisoes-a-costa-apesar-de-tudo-com-socrates-as-coisas-avancavam/307633/), Mega Ferreira dizia-se desiludido com o panorama político actual, em Portugal e no mundo. Primeiro na Expo-98, o grande projecto comemorativo da expansão marítima portuguesa do Portugal democrático, e depois com o CCB, Apoiante de José Sócrates na campanha eleitoral de 2011, mostrava-se agora crítico da actual governação, por identificar nela essa excessiva “prudência”, e chegava mesmo a comentar que com o ex-primeiro ministro hoje suspeito de corrupção passiva, fraude fiscal e branqueamento de capitais "as coisas avançavam". Sobre a Expo-98, um dos seus mais importantes projectos, lamentava que o sonho da época não se concretizou, mas que “o país é melhor hoje”. Foi a sua morte que levou o futuro gestor cultural nado e criado na Mouraria ao primeiro emprego, o de tradutor de imprensa estrangeira no então Secretariado Nacional de Informação do Estado Novo. “Colega desde o Liceu Pedro Nunes até ao fim do curso na Faculdade de Direito de Lisboa, um amigo de sempre, jornalista da imprensa e da televisão, editor, ficcionista, ensaísta, cronista, poeta, tradutor, gestor cultural, António Mega Ferreira foi uma das figuras mais dinâmicas da cultura portuguesa do último meio século”, lê-se na nota de Marcelo Rebelo de Sousa. A convite de Vasco Graça Moura, que presidia à Comissão Nacional para a Comemoração dos Descobrimentos Portugueses, foi o comissário executivo da Depois, presidiu à Parque Expo, ao Oceanário de Lisboa e ao Pavilhão Atlântico, equipamentos que ficaram como legado desse ambicioso projecto de comemoração dos 500 anos da chegada dos portugueses à Índia. Foi um dos melhores da sua e minha geração no campo da cultura.
Entre a ficção, o ensaio e a poesia, foi reconhecido como erudito e homem do renascimento, que nunca renunciou à contemporaneidade.
Recordamos algumas das obras mais recentes que o destacaram como escritor e pensador. Reconhecido esteta e erudito, com claro gosto e interesse pela tradição clássica, o autor destacou-se pela capacidade de leitura e observação sobre os clássicos. Publicou mais de 40 obras, tendo experimentado a ficção, o ensaio, a poesia e a crónica.