António Mega Ferreira

2022 - 12 - 26

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Presidente da República evoca, já com saudade, António Mega ... (Atualidade - Página Oficial da Presidência da República Portuguesa)

Colega desde o Liceu Pedro Nunes até ao fim do curso na Faculdade de Direito de Lisboa, um amigo de sempre, jornalista da imprensa e da televisão, editor, ...

Foi um dos melhores da sua e minha geração no campo da cultura. Esteta, entusiasta, erudito, conviviam na personalidade de Mega Ferreira o comprometimento cívico e a distância irónica. O trabalho de António Mega Ferreira enquanto gestor (na Expo, depois no CCB, mais tarde na Metropolitana) deixaram um pouco na sombra o escritor, ainda que, nas últimas duas décadas, se notasse um renovado empenho nas obras de criação, fossem poemas, romances biográficos, livros de crónicas ou de viagens, monografias, ensaios cultos, até ao seu último livro, um dicionário de palavras que deixámos de usar, mas que mantêm o travo da história vivida e da História coletiva.

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Morreu escritor e jornalista António Mega Ferreira (ECO Economia Online)

Numa nota publicada no site da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa considera Mega Ferreira como "uma das figuras mais dinâmicas da cultura ...

“Esteta, entusiasta, erudito, conviviam na personalidade de Mega Ferreira o comprometimento cívico e a distância irónica. Em declarações aos jornalistas enquanto visitava as zonas afetadas pelos últimos incêndios na serra da Estrela, o Presidente da República acrescentou que “é muito raro encontrar uma pessoa tão completa no mundo da cultura”. Formado em Direito e Comunicação Social, Mega Ferreira foi jornalista nas redações do Jornal Novo, Expresso, O Jornal e da RTP.

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Morreu António Mega Ferreira, um dos mentores da Lisboa ... (Diário de Notícias - Lisboa)

Escritor e jornalista, que foi comissário da Expo'98 e presidente do CCB, tinha 73 anos. O Presidente da República lembra o "amigo de sempre" e "uma das ...

Em "Vidas Instáveis" (2014), cruzou referências, de Leonardo Da Vinci a Marilyn Monroe, sob o mesmo conceito da instabilidade constante. Quixote" (2006), a quem voltaria dez anos mais tarde ("O Essencial sobre Dom Quixote"). "Acho que a política é um departamento da cultura", disse à revista Prelo, da Imprensa Nacional, em entrevista publicada no número de julho de 2015. "Isto é o capitalismo na sua versão mais rasteira, aprendida em 'MBA' de universidades neocapitalistas e neoliberais (...), ensinado como pensamento dominante". As suas ideias e realizações enriqueceram-nos, levando-nos a olhar de outro modo para o oceano, a história, a literatura e as artes. "Assumiu funções relevantes na liderança da candidatura de Lisboa à Expo'98, de que foi comissário executivo. Mega Ferreira imaginou e criou a Expo"98 e revelou sempre uma profunda devoção a Lisboa. Foi colega de Mega Ferreira "do primeiro ano do liceu até ao último ano da faculdade". "Como jornalista, ensaísta, escritor e gestor, António Mega Ferreira marcou o nosso espaço público. Não como evento, mas como uma nova parte da cidade que amava", escreveu o chefe do Governo na mensagem publicada no Twitter. "Esteta, entusiasta, erudito, conviviam na personalidade de Mega Ferreira o comprometimento cívico e a distância irónica. Em comunicado, o atual presidente da fundação CCB, Elísio Summavielle, fala numa "hora triste para a República" pela morte de um amigo.

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António Mega Ferreira: um cronista aventureiro em dez livros (Observador)

Entre a ficção, o ensaio e a poesia, foi reconhecido como erudito e homem do renascimento, que nunca renunciou à contemporaneidade.

Recordamos algumas das obras mais recentes que o destacaram como escritor e pensador. Reconhecido esteta e erudito, com claro gosto e interesse pela tradição clássica, o autor destacou-se pela capacidade de leitura e observação sobre os clássicos. Publicou mais de 40 obras, tendo experimentado a ficção, o ensaio, a poesia e a crónica.

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Uma memória também pessoal de António Mega Ferreira (PÚBLICO)

António Mega Ferreira era um curioso insaciável, e também um diletante. Mas, caso raro, um diletante com obra feita.

[António Mega Ferreira](https://www.publico.pt/antonio-mega-ferreira) em 1975, era ele redactor do Jornal Novo e eu um leitor embrenhado na militância política. Mas, caso raro, um diletante com obra feita. António Mega Ferreira era um curioso insaciável, e também um diletante.

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Morreu António Mega Ferreira. "Foi um dos melhores da minha ... (Expresso)

Jornalista, escritor, poeta, António Mega Ferreira tornou-se conhecido da maioria dos portugueses como comissário da Expo 98. Presidente e primeiro-ministro ...

“Foi um dos melhores da sua e minha geração”, escreve o chefe de Estado. “Colega desde o Liceu Pedro Nunes até ao fim do curso na Faculdade de Direito de Lisboa, um amigo de sempre, jornalista da imprensa e da televisão, editor, ficcionista, ensaísta, cronista, poeta, tradutor, gestor cultural, António Mega Ferreira foi uma das figuras mais dinâmicas da cultura portuguesa do último meio século”, escreve o Presidente. Morreu António Mega Ferreira, jornalista, escritor, poeta, o “homem da Expo”, como muitos o conhecem.

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Morreu António Mega Ferreira. O jornalista, escritor e ensaísta tinha ... (RTP)

Morreu António Mega Ferreira, jornalista, poeta, ensaísta e autor de dezenas de livros. Um homem que para muitos esteve sempre à frente do seu tempo.

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António Mega Ferreira. O artífice da Expo 98 (Sol)

Grande gestor cultural e escritor, comissário da Expo 98, Mega Ferreira morreu ontem aos 73 anos. 'Sou uma pessoa solar', dizia. 'Vejo o lado diurno da ...

E aqui na sala estava, creio que desse lado, uma mesa redonda com tampo de vidro onde estudaram e fizeram o seu curso de Direito o Jorge Sampaio e o tio do António Costa”, contou na mesma entrevista ao Nascer do SOL. “A música tocava de manhã à noite e tinha duas pilhas de livros aí no chão, e cadernos onde escrevia - ajudaram-me a passar pelo calvário que foi esse pós-operatório horrível”. Ultimamente estava mergulhado na escrita de um romance sobre a última passagem por Lisboa, em 1916, do poeta Camilo Pessanha, autor da Clepsidra (de que Mega possuía uma rara 1.ª edição). Aos fins de semana “ia ver o Chelsea, clube que hoje detesto, mas na altura era o que estava mais perto”. E lá havia toda a espécie de liberdade - até aquelas que a gente nem imaginava que pudessem existir”. Tinha 20 anos e era “técnico de terceira classe em regime eventual”. “Desde as fotografias que tenho com três e quatro anos de idade, eu sou solar, vejo o lado diurno da vida”. Lamentava não ter aprendido a tocar piano mas “muito pequenino, com sete, oito anos”, começou a ir à ópera no Coliseu com a mãe e a irmã (que acabaria por fazer o curso de piano do Conservatório). E dentro desse rolinho que ele me dava para a mão vinha tudo o que havia de banda desenhada: o Condor Popular, o Condor Mensal, o Cavaleiro Andante, depois o Falcão, o Foguetão...”, recordou nessa entrevista. Marcelo Rebelo de Sousa evocou o “colega desde o Liceu Pedro Nunes até ao fim do curso na Faculdade de Direito de Lisboa, um amigo de sempre”, descrevendo-o como “esteta, entusiasta, erudito” e “um dos melhores da sua e minha geração no campo da cultura”. No final da adolescência teve um período de cinefilia em que chegava a ver três filmes por dia. Embora a Expo 98 fosse o ponto culminante do seu percurso, “o período mais intenso do ponto de vista profissional”, como reconheceria, e onde deixou maior marca, Mega Ferreira fez muitas outras coisas ao longo da vida.

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