O poeta, cuja obra se insere na tradição lírica portuguesa, vai receber um prémio de 60 mil euros.
Rui Vieira Nery reforçou que, embora seja médico e cirurgião, "é na qualidade de poeta que [João Luís Barreto Guimarães] recebe o Prémio Pessoa", referindo que "como poeta, trata também a sua experiência da relação com o doente". Para o júri, a obra de João Luís Barreto Guimarães - que "escreve sobre os portugueses, e tudo o que vê e o que observa, o que sente e o que pensa, e sobre o outro com uma atenção permanente" -- é "testemunho de um tempo, o de agora, e de um tempo antigo, clássico, universal, reconhecível pela inteligência e a emoção. O júri salientou a "obra vasta de João Luís Barreto Guimarães" que "se inscreve simultaneamente na tradição lírica portuguesa, tanto na sua nota histórica como intimista, e numa modernidade europeia e anglo-saxónica".
Autor de uma obra que "é testemunho de um tempo, o de agora, e de um tempo antigo, clássico, universal", João Luís Barreto Guimarães lançou o primeiro livro ...
Foi galardoado em Portugal com os prémios António Ramos Rosa (2016), Armando da Silva Carvalho (2018) e o Grande Prémio da Literatura dst (2022). Reagindo à atribuição do Prémio Pessoa 2022, João Luís Barreto Guimarães usou o plural para descrever os sentimentos de toda a família. Sem sequer prever em toda a sua dimensão as repercussões que um prémio como este acarreta para um autor”, Questionado pelos jornalistas no Palácio dos Seteais, esclareceu que, para a atribuição do prémio, “não se valorizou especialmente o último livro” editado pelo poeta, Movimento (2020), que considerou ser “o culminar de uma longa carreira”. Esta obra é testemunho de um tempo, o de agora, e de um tempo antigo, clássico, universal, reconhecível pela inteligência e a emoção”. O anúncio foi feito ao final da manhã desta quinta-feira pelo presidente do júri, Francisco Pinto Balsemão, numa conferência de imprensa realizada no Palácio dos Seteais, em Sintra.
O poeta e autor do livro “Movimento” é também cirurgião plástico do Hospital de Gaia. Tornou-se, esta quinta-feira, o 36.º vencedor do Prémio Pessoa, ...
A obra viria a valer-lhe, em maio deste ano, o Prémio de Literatura DST, que o júri então destacou pelos seus “méritos incomuns na dicção e estrutura poéticas, marcadas por um sentido de rigor, concisão e problematização do quotidiano”. Mas a sua projecção pública será alargada agora, com a atribuição da 36.ª edição do Prémio Pessoa. Uma, de especialista de cirurgia plástica e reconstrutiva e, outra, de poeta, que o levou já à publicação de mais de uma dúzia de livros, o primeiro dos quais reunido na coletânea “Há violinos na tribo” e editado em 1989.
Júri destaca "voz inconfundível" do médico cirurgião na poesia portuguesa contemporânea. Na sua 36.ª edição, o galardão distingue anualmente um português ou ...
“É um poeta pouco conhecido ainda em Portugal, e com grande qualidade”, apontou o presidente do júri. O musicólogo Rui Vieira Nery destaca a escrita do poeta vencedor do Prémio Pessoa como “uma voz muito original que tem um rigor de escrita” quase cirúrgico. Pinto Balsemão lembra que “precisamos cada vez mais da poesia”. “Se quiser uma comparação, acho que está na linha de Alexandre O’Neill”, referiu Balsemão. “É por isso que é um grande poeta num sítio pequeno”, conclui o arquiteto, prémio Pritzker. "Alia à virtude da palavra e da imaginação uma reflexão por vezes irónica, por vezes realista, sempre duramente trabalhada, sem prejuízo do efeito estético na construção do poema.
Este ano na sua 36.ª edição, o Prémio Pessoa distinguiu nos últimos três anos o encenador Tiago Rodrigues, a cientista Elvira Fortunato (atual ministra da ...
2009 - D. 1990 - Menez O anúncio foi feito hoje, numa conferência de imprensa no Palácio de Seteais, em Sintra.
Em direto na TSF, o escritor reagiu à distinção com ″surpresa″ e ″alegria″.
Poesia" 1987-1994 (2001), "Rés-do-Chão" (2003), "Luz Última" (2006) e "A Parte pelo Todo" (2009). Seguiram-se "Rua Trinta e Um de Fevereiro" (1991), "Este Lado para Cima" (1994), "Lugares Comuns" (2000), "3. "Não nos juntamos e dizemos tem de ser um poeta, um pintor ou um arquiteto.
Em 2021 foi agraciado com a Medalha Municipal de Mérito – Grau Ouro.
O júri destacou, na ata da reunião dos jurados deste ano e citada pelo seu presidente, que João Luís Barreto Guimarães "alia à virtude da palavra e da imaginação, uma reflexão por vezes irónica, por vezes realista, sempre duramente trabalhada, sem prejuízo do efeito estético na construção do poema". João Luís Barreto Guimarães publicou o seu primeiro livro de poesia, "Há Violinos na Tribo", em 1989, em edição de autor. O anúncio do Prémio Pessoa foi feito hoje, em conferência de imprensa no Palácio de Seteais, em Sintra, pelo presidente do júri, Francisco Pinto Balsemão.
O poeta e cirurgião João Luís Barreto Guimarães é o vencedor do Prémio Pessoa deste ano. O prémio distingue portugueses "com papel significativo na vida ...
Poeta, tradutor e crítico, o novo Prémio Pessoa é também cirurgião plástico e deve-se-lhe a entrada da poesia no currículo de Medicina.
Poeta e médico cirurgião conquistou o maior galardão da cultura portuguesa. 'Alia à virtude da palavra e da imaginação uma reflexão por vezes irónica, ...
“Das mais simples às mais raras” – o prosaico e o sagrado, o lírico e o comezinho coabitam sem conflito nos seus poemas, que também reportam com frequência a viagens e lugares. “A sua obra lê a poesia dos contemporâneos (que, aliás, traduz) e o edifício da história do nosso século através das suas memórias, palavras, acidentes e personagens – das mais simples às mais raras, numa peregrinação que acompanha a construção de uma gramática própria”. Se excluirmos Frederico Lourenço – a quem a distinção foi atribuída na sequência do seu monumental trabalho como tradutor de Homero e da Bíblia –, desde 1999 (Manuel Alegre) que o Prémio Pessoa não ia para um poeta.