Jovens relatam estudar até 14 horas por achar que não aprenderam o suficiente; educadores dizem que casos de ansiedade aumentaram.
A adolescente diz que, com o excesso de aulas e trabalhos, estava sempre com a sensação de não conseguir acompanhar o conteúdo. Ela conta que a escola tem feito um trabalho para que os alunos tentem repensar o que é prioridade. Agora, ela estuda para concluir o ensino médio, sem a pressão de ser aprovada em uma universidade pública. A situação se agravou tanto que ela teve esofagite e passou a se automutilar. A menina disse que sempre acerta ao menos 80% das questões, mas, ao começar os exercícios e ver que tinha errado a primeira pergunta, sentiu como se não soubesse nada. A jovem, no entanto, diz que a tentativa a deixou ainda mais ansiosa por estar "desperdiçando o pouco tempo antes do vestibular". Eles não estão vivendo a adolescência, não chegaram nem à vida adulta e já estão estafados, exaustos de tanta cobrança e expectativa." Mesmo em tratamento, ela segue estudando 14 horas por dia e na última semana teve uma crise de choro na escola por não conseguir resolver um exercício. Nos últimos três meses, ela perdeu seis quilos e começou a ter dores de cabeça e insônia. Eles estão exaustos, mas não conseguem parar para descansar porque sentem que precisam correr atrás do prejuízo de dois anos", diz. O aluno fica sem tempo para assimilar o que está sendo ensinado", diz. O resultado, no entanto, tem sido o aumento do estresse e da sensação de esgotamento.