Governo português prevê que, até 2030, o hidrogénio verde represente 1,5% a 2% do consumo final de energia. Já a nível europeu, o hidrogénio pode chegar a ...
O hidrogénio é produzido separando as moléculas da água (em hidrogénio e oxigénio), um processo que necessita de grandes quantidades de energia. Ainda em 2021, no âmbito da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia (UE), Portugal organizou uma conferência sobre hidrogénio. Esse hidrogénio pode depois ser usado para produzir células de combustível, que podem ser armazenadas. Contudo, atualmente, o hidrogénio representa apenas cerca de 2% do cabaz energético da UE. Para tal, a UE começou a visar outras alternativas, tentando reforçar também a aposta em opções mais ecológicas – como as energias renováveis. A França, contudo, mantinha-se inflexível em relação ao gasoduto que teria de passar pelos Pirenéus.
Os três governos decidiram abandonar o anterior projecto do MidCat, e construir uma nova ligação para distribuir hidrogénio verde e outros gases renováveis ...
'Está ultrapassado um bloqueio histórico', afirmou António Costa em Bruxelas depois de uma reunião com Pedro Sanchez e Emmanuel Macron.
Costa, Sanchez e Macron voltam a reunir em dezembro, em Alicante (Espanha). Emmanuel Macron, que sempre se opôs à solução Pirenéus, também falou sobre o acordo. A infraestrutura poderá, no entanto, ser usada de forma transitória para o gás natural, disse António Costa nesta quinta-feira em Bruxelas.
O encontro dos responsáveis português, espanhol e francês teve como tema as ligações da Península Ibérica com França para o transporte de energia.
"Isso ajudava a valorizar, na própria Península Ibérica, um recurso natural da própria conhecida ibérica, que é o lítio, de forma a termos baterias que possam servir para ajudar a armazenar em grande escala energia para responder a situações de crise como que estamos agora a viver", já que, com a seca, "temos menor capacidade de produção de eletricidade hídrica", adiantou António Costa. "Há várias formas de o fazer e a forma tradicional como fazemos é através da reutilização da água da barragem [....], mas há novas formas", referiu António Costa, exemplificando que "os próprios gases, como o hidrogénio, são outra forma também de armazenamento de energia". "Hoje chegámos a um acordo para ultrapassar definitivamente o antigo projeto, o chamado MidCat, e desenvolver um novo projeto, que designámos de Corredor de Energia Verde, que permitirá complementar as interconexões entre Portugal e Espanha, entre Celorico da Beira e Zamora, e também fazer uma ligação entre Espanha e o resto da Europa, ligando Barcelona e Marselha, por via marítima", precisou o primeiro-ministro. "É, por isso, uma boa notícia: está ultrapassado um dos bloqueios mais antigos da Europa e é um bom contributo que Portugal e Espanha dão para o conjunto da Europa, de como é possível, ultrapassando bloqueios, ajudar ao espírito de solidariedade comum", em altura de crise energética. Falando numa "boa notícia", Pedro Sánchez precisou que o acordo hoje alcançado, após "muitos meses de trabalho intenso entre o governo de França, de Portugal e de Espanha", prevê então que se acelere "o processo de interconexões". "Chegámos a acordo - os três governos - de substituir o projeto do MidCat por um novo projeto, que se irá chamar um corredor de energia 'verde', que irá unir a Península Ibérica a França e, portanto, ao mercado energético europeu, através da alternativa Barcelona e Marselha, criando um 'pipeline' [gasoduto] para o hidrogénio 'verde' e também, durante a transição, para o gás [...] entre Barcelona e Marselha", anunciou o chefe de Governo espanhol, Pedro Sánchez, na chegada ao Conselho Europeu, em Bruxelas, e após uma reunião entre os três líderes esta manhã.
Os governos de Portugal, França e Espanha chegaram a um acordo para a construção de um corredor verde alternativo ao Midcat, para fazer chegar gás e ...
Costa e Sánchez adiantaram que foi ainda alcançado um acordo, entre Portugal e Espanha, que prevê a criação de um projeto para o armazenamento conjunto de energia, o “grande desafio da transição energética”, que irá completar o mercado ibérico. Além disso, Costa destacou que “para além daquilo que são as oportunidades que existiam em relação ao gás natural, haver hoje a tecnologia que nos permite apostar no hidrogénio verde e outros gases renováveis, que vai permitir associar esta interconexão ao esforço para apostar na transição verde”. A “alteração da conjuntura energética da Europa e a compreensão de que temos de diversificar as fontes e rotas de fornecimento de energia” são fatores que terão contribuído para acelerar o processo, acredita o primeiro-ministro. António Costa destacou que o projeto vai permitir completar a interconexão entre Celorico da Beira e Zamora e fazer a ligação entre Espanha e o resto da Europa, ligando Barcelona e Marselha por via marítima. Ao invés, será construído um corredor alternativo e “verde”, que ligará Barcelona a Marselha, e levará gás para a Europa, numa primeira fase, e hidrogénio verde, numa segunda. A ligação será já preparada para o hidrogénio verde, porque “não faria sentido” fazê-lo sem essa vocação, sendo que esse pipeline também poderá transportar gás natural “até uma certa proporção”.
Para tal serão concluídas as futuras interconexões de gás renovável entre Portugal e Espanha, nomeadamente ligando Celourico da Beira e Zamora (CelZa).
Essas baterias poderiam ajudar a armazenar em grande escala a energia para responder a situações de crise", explicou. Significa que aumentamos a nossa capacidade de conexão a um mercado que não tem apenas os nossos 10 milhões (de consumidores), mas um total de 60 milhões, no conjunto da Península Ibérica". É um gasoduto vocacionado para o hidrogénio verde e outras gases renováveis e que, transitoriamente, poderá ser utilizado também para o transporte de gás natural até uma certa proporção", disse o primeiro-ministro português, aos jornalistas, à chegada para a cimeira.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou esta quinta-feira que o acordo para interconexões de energia entre Portugal, Espanha e França ...
Haverá "um gasoduto vocacionado para o hidrogénio 'verde' ou outros gases renováveis e que, transitoriamente, pode ser utilizado para o transporte de gás natural até uma certa proporção" e "serão reforçadas também as interconexões elétricas", adiantou. "Junta-se aquilo que pode ser positivo para três e sobretudo para a Europa como um todo", reforçou. "Foi um acordo para a Europa, que beneficia toda ela com este acordo, muito importante para Portugal e Espanha, que o defendiam há muito tempo, muito importante para a França, que introduziu o hidrogénio verde, que quer Portugal quer a Espanha já tinham dito que era uma prioridade", declarou o chefe de Estado aos jornalistas, em Dublin.
À entrada para o Conselho Europeu e após uma reunião com o presidente do Governo de Espanha, Pedro Sánchez, e com o presidente de França, Emmanuel Macron, o ...
António Costa disse também que, paralelamente a este gasoduto, está a ser desenvolvido um projeto de armazenamento do conjunto de energia com Espanha, o que constitui um «grande desafio da transição energética». António Costa destacou todo o trabalho diplomático, técnico e político feito ao longo do último ano, para se ter conseguido alcançar este acordo. «A alteração da conjuntura energética na Europa e a compreensão de que temos que diversificar as fontes e as rotas de fornecimento de energia à Europa; e, também, as oportunidades que existiam relativamente ao gás natural», uma vez que existe «hoje a tecnologia que nos permite apostar no hidrogénio verde e noutros gases renováveis», contribuindo assim «para o esforço conjunto que todos temos de fazer para acelerar a transição energética».
e responder aos pedidos de solidariedade numa altura em que a União Europeia (UE) teme a falta de gás este inverno. Energia na Europa.
Para definir estes pormenores do corredor energético verde, os líderes dos três países vão reunir-se à margem da Parceria Euromed (Euro-Mediterrânica), que se realiza a 8 e 9 de dezembro na cidade espanhola de Alicante. “O que fizemos esta manhã é um ponto importante da solidariedade europeia e em dezembro irei a Espanha para finalizar esse projeto, que tem vocação para beneficiar de financiamento europeu”, assegurou Macron. De acordo com o chefe de Governo espanhol, a ‘luz verde’ foi possível após o preenchimento de “três premissas” sobre as interconexões que deverão:
O primeiro-ministro espanhol revelou que Portugal, Espanha e França "chegaram a acordo" para a criação de um gasoduto, um projeto designado "corredor de ...
“Isso ajudava a valorizar um recurso natural da Península Ibérica, que é o lítio, de forma a termos baterias que possam servir para ajudar a armazenar, em grande escala, energia, para responder a situações de crise como a que estamos a viver. “Chegámos a um acordo para substituir o projeto do Midcat [o projeto do gasoduto que ligaria a Península Ibérica a França] por um novo projeto que se vai designar ‘Corredor de Energia Verde’, que vai unir a Península Ibérica a França, e portanto ao mercado energético europeu“, disse Pedro Sanchéz. Além da decisão do gasoduto, António Costa e Pedro Sanchéz aproveitaram ainda o encontro desta manhã para discutirem “um novo projeto de armazenamento conjunto de energia“, disse Costa.
Na procura de soluções para a actual crise energética, Portugal, Espanha e França chegaram ontem a um acordo para a criação do Corredor de Energia Verde.
A par do Corredor de Energia Verde, Portugal e Espanha estão também a desenvolver um projecto de armazenamento do conjunto de energia, revelou o responsável. O acordo alcançado ontem entre Portugal, Espanha e França para a criação do Corredor de Energia Verde põe um ponto final num dos bloqueios mais antigos no tema das interconexões entre a Península Ibérica ao resto da Europa, que envolvia o projecto MidCat com passagem pelos Pirinéus. A infra-estrutura vai ligar a Península Ibérica ao resto da Europa e tem como missão derradeira o transporte de hidrogénio verde e de outros gases renováveis; porém, numa fase transitória, poderá ser usado para “o transporte de gás natural até uma certa proporção”, admitiu o primeiro-ministro português, António Costa.
Desse modo, o efeito estufa é agravado, principalmente, pelo dióxido de carbono. Uma das metas tendo em vista o meio ambiente que diversos países estabeleceram ...
O hidrogênio verde é considerado uma energia limpa por não deixar resíduos no ar, como ocorre com o petróleo e o carvão; nesse caso há apenas a liberação de vapor de água. Além disso, o hidrogênio verde é versátil, pois pode ser transformado em eletricidade ou gás sintético. Desde o início do século XIX (19), o hidrogênio tem sido utilizado em larga escala no abastecimento de carros e aeronaves. A pesquisa não é nada promissora, pois dada uma economia que ainda é dependente de [petróleo](https://socientifica.com.br/enciclopedia/petroleo/) e carvão, significa mais emissão de carbono e mais efeitos climáticos. Nesse contexto, o hidrogênio verde é uma possibilidade acessível. Na eletrólise, usa-se uma corrente elétrica para separar o hidrogênio do oxigênio na água.