Paul Newman

Celebrado ator era perseguido pela dúvida, sempre questionando suas escolhas e atormentado por erros do passado.

Como ele diz no livro, o público acreditava que ele era Hud ou Butch Cassidy ou qualquer outro personagem de filme que ele interpretara, mas tudo isso era só “uma casca que é fotografada na tela, que é perseguida pelos fãs e que fica com toda a glória. O caso de Newman com Woodward mal era escondido e, embora ele tenha se divorciado de Witte e se casado com Woodward, ele se arrependeu de ter magoado os filhos que teve com Witte e não ter explicado suas ações. Começando com uma cena de si mesmo sentado no sofá de sua biblioteca - onde, Newman diz, “Acabei de fumar um baseado e me lembrei com absoluta clareza de todo o mapa da minha cidade natal” - ele fala sobre sua infância em Shaker Heights, Ohio. “Percebo que há algo de grotesco em dizer ‘me perdoe’”, diz Newman. O caminho entre as duas propriedades passava por uma passarela e uma casa na árvore que muitos anos atrás, disse Soderlund, era onde Woodward “costumava ir e se esconder de todos nós quando não aguentava mais”. “A família não tinha visto”. O livro, que a Knopf lançará na terça-feira, 18, surpreende pela notável franqueza de seu tema, um dos atores mais talentosos e reticentes de uma época em que a documentação da vida cotidiana não era condição para a fama. Mais tarde, Wachtel descobriu que uma unidade de armazenamento continha as transcrições das entrevistas de Newman com Stern. As memórias não são o resultado de Newman sentado na frente do teclado e digitando sua história pessoal. Embora estivesse familiarizada com muitas das histórias que seu pai compartilha, ela disse: “Eu definitivamente não sabia como essas histórias eram complexas e traumatizantes para ele”. A vulnerabilidade que Newman revela no livro é surpreendente até para pessoas que o conheceram de perto. “Por não ser bom o suficiente, não ter feito a coisa certa”.