"Conto direto" é a rubrica do Maisfutebol que dá voz a protagonistas dos escalões inferiores do futebol português. As vivências, os sonhos e as rotinas, ...
Estive quatro anos na Hungria e na parte final, com a pandemia da covid-19, foi muito difícil, como acredito que tenha sido para todos os portugueses fora do país. O regresso a Portugal, para a Sanjoanense, dá-se em 2021. Já estava com sete meses de salários em atraso e o mister Paulo Sérgio convidou-me para ir para a Académica. Durante o jogo na pré-época, sempre que passava por algum jogador adversário, dizia para ajudarem a colocar a Académica no lugar onde merece. Ver aquelas pessoas, que estavam na I Liga e agora trabalham com a mesma dedicação no clube na Liga 3 só mostra a paixão que têm pela Académica. Claro que assim passou e na altura até se chegou a falar de uma ida à Seleção. Até que chegou a uma altura em que fiquei a um ano de terminar contrato e a depender de mim. Na altura, quando passei para o plantel principal, o FC Porto assinou um contrato comigo por cinco anos, mas emprestou-me para a II Liga, nunca para a primeira. Estamos a falar de uma equipa que era campeã, era complicado jogar naquela equipa. E nessa altura o FC Porto tomou a decisão de que eu não podia estar no clube sem jogar. Notei uma grande diferença, o FC Porto ficava com os jogadores das captações e reunia os melhores da zona. Quando comecei a jogar jogávamos com o FC Porto, levávamos sempre grandes goleadas e o meu sonhar era jogar numa equipa assim, grande.
Lateral-direito entrou para o lugar do lesionado Rodrigo Conceição no jogo com o Anadia, a contar para a terceira eliminatória da Taça de Portugal.
A vitória do FC Porto diante do Anadia (6-0, na terceira eliminatória da Taça de Portugal) acabou por ser especial para Wilson Manafá. Quase um ano depois ...