Jair Bolsonaro

Lula e Bolsonaro s se acusaram mutuamente durante boa parte do programa, defendendo o que fizeram em seus respectivos mandatos.

O mercado deve encarar o debate como está encarando até agora o pré-eleição, com neutralidade e um pouco de apreensão já que hoje não há um vencedor claro, assim como planos de governo. Mas a maior parte foi uma acusação contínua entre eles sobre corrupção, apoio de governo, e isso fala mais para as bases de ambos do que para os indecisos. Lula bem de palco ,como sempre, mas a grande surpresa foi a atitude moderada e calma de Bolsonaro, que com certeza estava mais treinado. Já Lula diz que é necessário planejamento para mudar o Brasil, mas não elabora qualquer tipo de estratégia para a questão e mantém um discurso mais comercial. Houve até um momento em que Lula falou de isenção de impostos e Bolsonaro falou do aplicativo para educação, temas que conversam mais com o eleitor indeciso. Entretanto, na sequência, cita que fará a reforma tributária e que nela estará contida a redução de impostos para os mais pobres juntamente com a taxação de dividendos. A pergunta marcante ficou por conta do questionamento de Bolsonaro ao seu concorrente, sobre quem será o ministro da economia do governo Lula. Falou da reforma tributária, planejamento, de taxar menos os mais pobres, que é importantíssimo, e taxar o lucro sobre dividendos dos milionários. Por isso, acredito que não será pelo debate de hoje que alguém vai deixar de votar no Lula ou Bolsonaro, anular ou voto, votar em branco e etc. O petista também reforçou os casos de corrupção envolvendo a petrolífera, mas disse que os atos da Operação Lava-Jato não precisavam “ter quebrado” as empresas investigadas e defendeu a prisão dos condenados. Um tema que realmente preocupa o mercado é o teto de gastos. O petista, por exemplo, acusou o oponente de ter atrasado a compra de vacinas contra a covid-19 e ser ligado a milicianos.