Escritora francesa, autora de "Os anos" e "O acontecimento", ambos publicados este ano em Portugal, sucede a Abdulrazak Gurnah.
No ano seguinte, foi finalista do Booker Internacional com a tradução para inglês de "Os Anos". Na realidade, era apenas dirigido a mulheres", disse Ernaux, que defendeu a sua escrita como "política", ao Financial Times, em 2020. Vencedora do Prémio Renaudot, por "La Place" ("Um Lugar"), de 1984, ganhou maior relevo com "Os Anos", em 2008. O facto de Ernaux - uma mulher - abordar a sua intimidade levou a que a crítica literária francesa fosse particularmente dura nas suas análises: "Era um 'leitmotif' quando as pessoas falavam dos meus livros. O seu caminho enquanto autora foi longo e árduo", pode ler-se no "Líder do romance social contemporâneo", foi como o jornal Le Monde a adjetivou em 2019, quando foi publicado um perfil da escritora a propósito da "descoberta" de que a sua obra estava a ser alvo no mundo anglófono, enquanto a agência francesa AFP se refere a uma "obra essencialmente autobiográfica", na qual Ernaux "produziu uma radiografia impressionante da intimidade de uma mulher que evoluiu ao longo das mudanças da sociedade francesa desde o pós-guerra".
A escritora francesa Annie Ernaux foi a escolhida pela Academia Sueca para o Nobel da Literatura deste ano.
Nascida na Normandia, em 1940, é uma das vozes mais importantes da literatura francesa, destacando-se por uma escrita onde se fundem a autobiografia e a ...
Na sexta-feira será conhecido o Nobel da Paz e, na segunda-feira, 10 de outubro, o da Economia. O Nobel da Literatura é atribuído desde 1901. No entanto, a agora a laureada com o Nobel da Literatura já prestou declarações a um canal de televisão sueco.
Annie Ernaux, 82 anos, de quem acaba de ser publicada em Portugal a obra "O Acontecimento", é distinguida com o Nobel da Literatura "pela coragem e pela ...
O seu caminho para a criação autoral foi longo e árduo", lê-se na justificação da academia. Foi distinguida com o Prémio de Língua Francesa (2008), o Prémio Marguerite Yourcenar (2017), o Prémio Formentor de las Letras (2019) e o Prémio Prince Pierre do Mónaco (2021) pelo conjunto da obra. Annie Ernaux, 82 anos, de quem acaba de ser publicada em Portugal a obra "O Acontecimento", é distinguida com o Nobel da Literatura "pela coragem e pela perspicácia imparcial com que desvenda as raízes, as indiferenças e as limitações coletivas das memórias pessoais", anunciou a academia.
Academia Sueca elogia “coragem e acuidade clínica” da autora de Os Anos, emblemática obra descrita como “a primeira autobiografia colectiva”, e o poder de ...
Annie Ernaux é a 17.ª mulher Nobel da Literatura entre os 119 laureados da história do prémio, que tem actualmente um valor pecuniário de 920 mil euros. [Os Anos](https://www.publico.pt/2020/09/12/culturaipsilon/noticia/vida-1930943), é o Prémio Nobel da Literatura 2022, anunciou esta quinta-feira a Academia Sueca, sublinhando “a coragem e acuidade clínica com que [a escritora] põe a descoberto as raízes, alienações e constrangimentos colectivos da memória pessoal”. Academia Sueca elogia “coragem e acuidade clínica” da autora francesa, a primeira mulher do seu país a conquistar este prémio, e a capacidade que vem demonstrando na sua obra para pôr “a descoberto as raízes, alienações e constrangimentos colectivos da memória pessoal”.
A escritora de 82 anos foi laureada "pela coragem e acuidade clínica com que descortina as raízes, estranhamentos e constrangimentos coletivos da memória ...
O organismo destacou também a “dedicação à verdade” de Gurnah e a sua “aversão às simplificações”. É assim que a editora São José Sousa, da Livros do Brasil (responsável pela publicação da obra de Annie Ernaux em Portugal), encara a entrega do Prémio Nobel da Literatura à autora francesa, de 82 anos. São José Sousa lembrou ainda que a “autoficção”, género literário que mistura ficção com relatos pessoais e biográficos, “tem vindo a ser muito trabalhada nos últimos anos”, mas se “há alguns autores que se destacam nesse campo, a Annie é sem dúvida uma mestre a fazer a esta ponte. Mas “a vontade é que aconteça isso mesmo”. Annie Ernaux é apenas a 17.ª escritora a ser laureada com o Nobel da Literatura. Nos últimos anos, o Comité tem procurado incluir mais mulheres, [que raramente eram contempladas](https://observador.pt/2019/10/09/ha-110-anos-selma-lagerlof-tornou-se-na-primeira-mulher-a-receber-o-premio-nobel-da-literatura/), atribuindo o Nobel da Literatura a uma mulher de dois em dois anos desde 2013, quando a canadiana [Alice Munro](https://www.nobelprize.org/prizes/literature/2013/munro/facts/) foi galardoada. Na sua obra, que tem como principal inspiração a sua própria vida, Ernaux “examina, consistentemente e de diferentes ângulos, a vida marcada por fortes disparidades em relação ao género, língua e classe”. “Podemos apenas assegurar-nos que aquilo que procuramos é qualidade literária”, afirmou, em resposta a uma pergunta colocada pelo jornalista da Associated Press. “Estive a trabalhar de manhã e o telefone esteve sempre a tocar, mas não atendi”, disse Annie Ernaux à agência de notícias sueca TT. Receber o Prémio Nobel significa, para mim, responsabilidade em continuar e em estar aberta ao curso do mundo, atenta a um desejo de paz que me guiou sempre. “Tem a certeza?”, questionou a escritora. Ernaux é a 17.ª mulher a receber o Nobel da Literatura.
O anúncio foi feito nesta quinta-feira (6), pela Academia Sueca, em Estocolmo. A escritora, que escreveu sobre o aborto que fez nos anos de 1960, ...
Barry Sharpless receberam o Nobel pela criação de uma ferramenta criativa para a construção de moléculas como “desenvolvimento da química do clique e da bioquímica bioortogonal”](https://g1.globo.com/ciencia/noticia/2022/10/05/nobel-de-quimica-2022-vai-para-carolyn-r-bertozzi-morten-meldal-e-k-barry-sharpless.ghtml). ](https://g1.globo.com/ciencia/noticia/2022/10/03/nobel-de-medicina-2022-vai-para-svante-paabo.ghtml)Em 1982, o pai do cientista, Sune Bergstrom, também ganhou o Nobel de Medicina. ](https://g1.globo.com/ciencia/noticia/2022/10/04/nobel-de-fisica-2022-vai-para-alain-aspect-john-f-clauser-e-anton-zeilinger.ghtml)Eles levaram o Nobel por estudos sobre a mecânica quântica, um campo da física que investiga o comportamento de partículas muito minúsculas como átomos, elétrons e fótons. Mahmoud - Fundação Nobel (S. Annie é a primeira mulher francesa a ganhar o Prêmio Nobel de Literatura. A escritora é uma das convidadas da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) deste ano. Ainda segundo a agência de notícias, a autora já tinha dito anteriormente que escrever é um ato político, abrindo os olhos para a desigualdade social. A primeira delas foi Selma Lagerlöf, em 1909. A estreia da autora foi em 1974, com o romance "Les Armoires Vides", que não foi lançado no Brasil. Entre seus livros está "O Acontecimento", de 2000, em que relata um aborto clandestino que fez nos anos 1960. Professora universitária de Literatura, Annie Ernaux escreveu quase 20 livros, nos quais aborda o peso da dominação das classes sociais e a paixão do amor, dois temas que marcaram sua trajetória. Uma das mais importantes autoras da França, Annie escreve romances sobre a vida cotidiana em seu país.
O Prémio Nobel da Literatura de 2022 foi atribuído à autora francesa Annie Ernaux. A laureada foi anunciada pela Academia sueca, em Estocolmo, ...
Prémio Nobel da Literatura atribuído à francesa Annie Ernaux O Prémio Nobel da Literatura de 2022 foi esta quinta-feira atribuído à autora francesa Annie Ernaux.
Dos “escritos realistas e imaginativos, combinando humor simpático e percepção social aguçada”, de John Steinbeck, à ”importante produção literária" de ...
Nobel Prize Outreach AB 2022. [All Nobel Prizes. Nenhum Prémio Nobel foi concedido este ano.
O Prémio Nobel da Literatura de 2022 foi esta quinta-feira atribuído à autora francesa Annie Ernaux. A laureada foi anunciada pela Academia Sueca, ...
Prémio Nobel da Literatura atribuído à francesa Annie Ernaux O Prémio Nobel da Literatura de 2022 foi esta quinta-feira atribuído à autora francesa Annie Ernaux.
O prémio Nobel da Literatura 2022 foi atribuído à escrita francesa Annie Ernaux, anunciou hoje a Academia Sueca....
O seu caminho enquanto autora foi longo e árduo", lê-se no site da Academia. "Considero que é uma grande honra e ao mesmo tempo uma grande responsabilidade receber o Prêmio Nobel", declarou Ernaux ao canal de televisão sueco SVT, adiantando que deve continuar a testemunhar "uma forma de equidade, justiça, em relação ao mundo". Já não é o primeiro ano que o nome de Annie Ernaux é falado para o Nobel da Literatura, sendo que com a publicação do seu romance "L'événement" ("O Acontecimento"), que narra uma sua experiência, concretamente a angústia de uma jovem estudante francesa obrigada a fazer um aborto clandestino, o seu nome voltou à baila.
A vencedora do prémio Nobel da Literatura 2022 é a francesa Annie Ernaux, autora de "Os anos" e "O acontecimento", ambos publicados este ano em Portugal.
Na sua escrita, Ernaux examina sob diferentes ângulos uma vida marcada por fortes disparidades de género, língua e classe. Vai buscar factos reais da sua vida e transforma-os em romances", explica José Mário Silva, crítico literário do jornal Expresso, em declarações à TSF. O seu caminho para a criação autoral foi longo e árduo.
A obra “coerente e radical” com que a escritora francesa de 82 anos vem repensando o feminismo e a luta de classes tornou-a a 17.ª mulher a receber o Nobel ...
Este é o coroar do seu “momento”. Se já havia um “momento”
Annie Ernaux é a 17.ª mulher Nobel da Literatura entre os 119 laureados da história do prémio. A autora francesa tem cinco títulos editados em Portugal.
Através deles, é possível conhecer os temas, e as inquietações, que dão corpo à escrita “ [auto-sociobiográfica](https://www.publico.pt/2022/10/06/culturaipsilon/comentario/inventora-autosociobiografia-finalmente-nobelizada-2023023)” da autora francesa de 82 anos. Ernaux evoca, respectivamente, as vidas do pai e da mãe, dois operários, narrando-as a partir do momento das suas mortes. Com O Acontecimento, de 2000, e considerado uma “obra-prima”, foi lançado em Portugal em Setembro. A adaptação para cinema deste romance, assinada por Audrey Diwan, foi Annie Ernaux é a 17.ª mulher Nobel da Literatura entre os 119 laureados da história do prémio.