Eleições na Suécia

O líder da coligação formada pela direita e pela extrema-direita que venceu as legislativas na Suécia, o conservador Ulf Kristersson, agradeceu a confiança ...

O cenário mais provável, segundo os politólogos, é que os SD, apesar de serem o maior partido dos quatro, apoiem apenas o Governo no Parlamento, sem fazerem diretamente parte dele. Os três partidos da direita tradicional (Moderados, Democratas-Cristãos e Liberais) são desfavoráveis a que tal aconteça, como tal, Romina Pourmokhtari, deputada liberal, assegurou, na quarta-feira, que votaria contra qualquer Governo que incluísse o SD. No entanto, este poderá ser o maior desafio que tem pela frente, uma vez que alguns aliados não veem com bons olhos uma associação à extrema-direita.

Numa eleição surpreendente, os Democratas Suecos conseguiram uma votação recorde, afirmando-se como o segundo maior partido do país.

Já o cientista político Martinsson define os Democratas Suecos como “principalmente um partido anti-imigração com uma ideologia nacionalista”, mas evita descrevê-lo como de extrema direita ou radical. “A Suécia tem sido um grande país, um país seguro, um país de sucesso – e pode ser tudo isso novamente”, disse Akesson durante um um comício em Helsingborg no início deste mês, de acordo com o site ao Politico. Mas o especialista não acredita que todos os eleitores dos Democratas Suecos compartilhem da ideologia nacionalista do partido, mas sim que estão a “reagir à inflação e à deterioração económica“. O partido mais que duplicou a sua votação nas eleições de 2014, ganhando cerca de 13% dos votos. Por volta de meados dos anos 90, no entanto, a nova liderança do partido denunciou publicamente o nazismo. Atualmente, os Democratas Suecos são o segundo partido mais forte, ganhando 20,6% dos votos, no melhor desempenho eleitoral de sua história.

O bloco de centro-esquerda perdeu a maioria para a coligação de direita e extrema-direita, que obteve mais três lugares no Parlamento, graças ao crescimento ...

O académico Jonas Hinnfors disse ao ‘ [The Guardian](https://www.theguardian.com/world/2022/sep/14/swedish-pm-concedes-election-defeat-to-bloc-led-by-far-right-sweden-democrats)’ que “uma era chegou ao fim”, descrevendo como nas últimas décadas o país cresceu com base em valores liberais, de liberdade individual e de proteção das minorias. É tempo de pôr a Suécia primeiro”, comentou. É tempo de começar a reconstruir a segurança, bem-estar e coesão. “Há uma grande frustração na sociedade, um medo da violência, preocupação com a economia, o mundo é muito incerto e a polarização política também foi longe demais na Suécia”, disse, acrescentando que quer “unir, não dividir”. “É uma formação de Governo muito frágil”, disse o comentador político Tomas Ramberg, da Rádio Suécia, citado pelo No entanto, as medidas anti-imigração mantêm-se no programa: a Reuters assinala que o partido pretende possibilitar a rejeição de pedidos de asilo com base na religião dos requerentes e pertença à comunidade LGBTQ.

A primeira-ministra social democrata já anunciou que iria abandonar o cargo. O partido de ireita radical foi o segundo mais votado.

O bloco de direita na Suécia venceu as eleições e o líder conservador Ulf Kristersson prometeu que consigo a ordem seria restaurada no país. Um bloco composto pela direita e a extrema-direita venceu por uma estreita margem as renhidas eleições legislativas de domingo na Suécia. A primeira-ministra social democrata já anunciou que iria abandonar o cargo.

A coalizão entre direita e extrema-direita na Suécia derrotou a aliança de esquerda nas eleições parlamentares. A primeira-ministra, Magdalena Andersson, ...

Das franjas da política sueca para segundo maior partido do país. O Democratas da Suécia é o destaque destas eleições, mas é pouco provável que venha a ...

Muitas vezes considerada um exemplo, a "Suécia sempre pontuou muito bem em Index de marcas nacionais, com muito boa reputação diplomática e bom histórico de direitos humanos", diz Hinde. Ontem, Magdalena Andersson dava voz à preocupação de muitos daqueles que vêm a ascensão de um partido como o dos Democratas da Suécia uma ameaça. Portanto, a minha mensagem é de união e não de divisão". "Tem havido um declínio massivo da qualidade dos serviços públicos, o sistema de saúde sueco é uma sombra do que já foi e o sistema educativo está em sofrimento", diz Hinde. David Hinde, um especialista na Suécia que tem estado a viajar pelo país desde junho, explica que o país "atravessa uma crise política", com os sociais-democratas a governar em coligação e a enfrentarem sérias dificuldades para conseguir passar leis. Ainda que os Moderados reúnam menos votos, Jimmie Akesson, líder dos Democratas da Suécia não reune consenso suficiente à direita para tentar liderar um governo.

O recém-eleito Parlamento sueco tem agendada a sua primeira sessão plenária para 26 de setembro.

Willie Silberstein, presidente do Comité contra o anti-semitismo da Suécia, explica que "o Comité tem um problema com partidos que foram fundados por nazis. Isto não é uma opinião - é um facto", disse em declarações BBC. Contudo, as mudanças não foram suficientes e mantém-se a opinião de que o partido representa uma ameaça para os grupos minoritários da Suécia. Norlen já aceitou a sua demissão. Andersson manter-se-á em gestão corrente até que um novo Governo seja formado. O bloco de centro-esquerda perdeu a maioria para o bloco de direita, que obteve mais três lugares no Parlamento com o crescimento do partido de extrema-direita Democratas da Suécia.