Em junho, Nick Cave levou os seus Bad Seeds ao Porto para, no festival Primavera Sound, exorcizar os seus demónios e os dos seus acólitos.
Mas é essa mestria que permite que o concerto termine com 'Vortex', inédito gravado em 2006 e lançado este ano, e com a muito zen 'Ghosteen Speaks' sem que um grama de emoção se evapore junto ao mar. O que os sucedâneos de Nick Cave não têm, necessariamente, é o "resto": o gospel e a soul que permeiam este concerto, a alma e a fúria que animam este animal permanentemente selvagem. Vivendo de corpo e alma no tema de 2013, o nosso anfitrião-sacerdote volta a lembrar: "just breathe". No encore, um momento esperado mas nem por isso menos belo: em 'Into My Arms', Nick Cave pede ao público que o acompanhe e agradece o empenho e a emoção dos fãs. Chamando-nos de volta ao mundo físico e palpável, Nick Cave não poupa na intensidade, mesmo quando troca a frente da 'batalha', com a banda a pleno vapor, pelo piano que trata por tu. Ao nosso lado, alguém lhe chama "hipnotizador de serpentes" e refere-se aos sons sibilantes que a certa altura produz como "um ronronar"; animal de palco é uma expressão criada para artistas como Nick Cave, que conduz o concerto ao encore com 'Higgs Boson Blues', uma canção que não se limita a interpretar, mas sim a habitar. 'The Mercy Seat', a (não) confissão de um condenado à morte, que na sua versão Johnny Cash tornou ainda mais sufocante, desdobra-se numa espiral de loucura que nos deixa com uma certeza: Nick Cave está a envelhecer ao contrário e não há performer capaz de o bater, neste momento. E Nick Cave, calcorreando o palco de forma frenética, traz em poucos segundos à nossa memória milhares de bandas que inspirou no planeta rock - no fraseado, no gesticular, na essência. Em modo apoteótico, os músicos entram no concerto pelo final, ou seja, com o êxtase que esperamos de uma despedida. Por muitas vezes que o vejamos, ainda arrepia ver a figura esguia de Nick Cave assomar num palco onde já o esperam, há breves segundos, os companheiros de banda. Menos apocalíptico do que o concerto neste mesmo parque, em 2018 (terá faltado a chuva para obter aquele efeito dramático), o espetáculo desta noite voltou a fazer tremer o chão da Invicta. Nick Cave é o grande nome do terceiro dia de MEO Kalorama, tocando às 21h no palco principal.
Durante a tarde, os fãs do músico australiano e da banda portuguesa guardavam lugar à frente do palco.
Desde os anos 1980 que Nick Cave and The Bad Seeds fazem parte de várias gerações. Desta vez para fechar a digressão europeia. Nick Cave and the Bad Seeds são um dos nomes mais esperados no último dia do Meo Kalorama.
Um concerto de Nick Cave é o mais perto de experiência religiosa que um não crente poderá ter. Esta noite, no Parque da Bela Vista, o músico australiano e ...
Não posso dizer-vos o quanto isso significa para nós”, confessou Cave, chamando a banda para junto de si e do adorador público, “vocês são lindos”. Concerto após concerto após concerto, a sua voz vai mostrando novas cavidades e rugosidades que não lhe conhecíamos, o seu corpo vai-se arriscando mais e mais para junto do seu adorado público, no qual não se coíbe de tocar com toda a ternura. Antes de pedir ajuda ao público para ‘Ghosteen Speaks’, convida todos a entrarem no ‘Vortex’, “onde vocês pertencem”, despedindo-se, momentos mais tarde, com a história de embalar ‘The Weeping Song’, colorida a palmas de uma sempre participativa audiência. Esta chama-se ‘O’Children’ e é para a Paula, é o aniversário dela”. Que Cave é, além de um magistral escritor de canções, um feroz animal de palco, toda a gente que algum dia se cruzou com ele sabe, mas o mais inacreditável é que as suas atuações continuam a surpreender até os admiradores mais apaixonados. Às 21h em ponto, um portentoso rufo de bateria empurrou o grito sentimentalão de ‘Get Ready for Love’, resgatado a “Abattoir Blues / The Lyre of Orpheus”, de 2004.
O músico australiano regressou a Portugal para um concerto impactante no palco principal do Parque da Bela Vista. 04/09/2022 às 02: ...
No meio da dor, da fé e dos traumas que o atormentam, Nick Cave voltou a ser feliz em palcos portugueses. Por todas estas razões e mais algumas, trata-se de um frontman carismático que prende todas as atenções e é um verdadeiro íman. Três meses depois de atuar no Primavera Sound, no Porto, Nick Cave e os seus The Bad Seeds rumaram a Lisboa para um espetáculo magistral no MEO Kalorama.
Nick Cave foi cabeça de cartaz e o centro das atenções do último dia de MEO Kalorama. Pela primeira edição do festival passaram 112 mil pessoas que tem já ...
Pelo recinto passaram 112 mil festivaleiros, 32% das quais estrangeiras e oriundas de mais de 50 países. Na pequena plataforma à frente do palco, quase bem em cima do público, Nick Cave arrancou com "Ready For Love" no seu jeito de pregador dos blues. Pela primeira edição do festival passaram 112 mil pessoas que tem já edição assegurada para 2023, em Lisboa.
O Kalorama encerrou este sábado, depois de memoráveis concertos de artistas como Nick Cave ou Ornatos Violeta, mas já foi prometida uma nova e segunda ...
No palco Colina, a inglesa Jessie Ware, acompanhada por dançarinos e cantores de coro, apresentou a sua música eletrónica com influências como a soul, assim como a irlandesa Róisín Murphy, com os seus diferentes “outfits” e contagiantes faixas. Mesmo depois de já ter marcado presença em Portugal no presente ano, era de esperar que os fãs estivessem saturados ou pelo menos a contar com um previsível concerto de Nick Cave. O Kalorama encerrou este sábado, depois de memoráveis concertos de artistas como Nick Cave ou Ornatos Violeta, mas já foi prometida uma nova e segunda edição no próximo ano, com a organização a colocar os bilhetes à venda exclusivamente neste derradeiro dia do festival.
Às 21h00 em ponto, Nick Cave e os Bad Seeds subiram ao palco principal do MEO Kalorama. No Parque da Bela Vista, em Lisboa, o músico australiano foi ...
"Vocês são lindos", acrescentou, repetindo em português o agradecimento. Não posso dizer-vos o quanto isso significa para nós", frisou o australiano. Às 21h00 em ponto, Nick Cave e os Bad Seeds subiram ao palco principal do MEO Kalorama.
Durante o concerto no festival MEO Kalorama, em Lisboa, Nick Cave lembrou a jovem de Elvas que em 2020 viu a sua vida ceifada tragicamente: “Recebi uma ...
“Esta canção é dedicada a Beatriz Lebre, recebi uma carta muito bonita de sua mãe, nos Red Hand Files [site onde Cave responde a perguntas dos seguidores], ela gostava muito desta canção”: eis as palavras do músico australiano. A canção de “The Boatman's Call”, álbum de 1997 do artista, seria - segundo revelou a mãe de Beatriz - uma das favoritas da estudante de Psicologia. Apresentando ‘Into My Arms’, uma das canções mais emblemáticas da sua carreira, Nick Cave evocou a memória de Beatriz Lebre, jovem de Elvas
No último dia do MEO Kalorama, Nick Cave e os “seus” Bad Seeds regressaram a Portugal para, uma vez mais, ensinar o que é o amor e a humanidade – tudo ...
A culpa é de canções como 'Coisas', com a qual abriram o concerto, do ritmo eletrónico com que iniciam 'Tanque', e até dos momentos que não estavam no guião, como a falha em 'Dia Mau' («foi lentinho, f*** tudo...», disparou Manel Cruz). O vocalista acabaria por tirar a t-shirt, como é seu apanágio, e fazer crowdsurf em 'O.M.E.M.' (que terminou com uma das frases do dia: «alguém me apalpou o cu, mas agora não sei quem posso acusar de assédio»). Sozinho perante uma vasta multidão, o também australiano não deixou nada por mãos alheias, entrando logo com 'Gold' e '1998', dois dos temas que compõem o ótimo “Built On Glass”, álbum de 2014 que o catapultou para a fama. Essa espécie de êxito (espécie, porque só é êxito para quem a ouviu e não para o mainstream em geral) deu origem a uma carreira onde se contam já seis álbuns de estúdio e digressões por todo o mundo. Em 'Cum Undun', atreveu-se a caminhar sobre o público, a quem pediu que guardasse os telemóveis durante alguns instantes («se eu cair, o concerto acaba»), em 'Keine Melodien' entusiasmou alguns (poucos) fãs alemães, e em 'Rock Show' quase fez com que a casa, isto é, o MEO Kalorama viesse abaixo. Aterrando uma vez mais em Portugal pela mão do MEO Kalorama, num concerto inserido nas celebrações do 20º aniversário de “The Teaches of Peaches”, a artista canadiana começou por troçar de si mesma e dos seus 55 anos, entrando em palco com a “ajuda” de um andarilho. 'Tupelo', que versa sobre o nascimento do Rei (Elvis Presley, naturalmente) lembra-nos que mesmo a revolução iniciada pelo rock n' roll começou com o sangue de um parto, e contou com Cave a tentar caminhar sobre as águas – o público, neste caso. Ainda se ouviria o gospel puro de 'White Elephant' antes de um encore com 'Into My Arms' (dedicada a uma mãe que, via "Red Hand Files", lhe enviou «uma carta muito bonita»), o rock radiofónico de 'Vortex' e 'Ghosteen Speaks', onde por fim compreendemos: I am beside you. [Numa resposta recente](https://www.theredhandfiles.com/what-are-the-red-hand-files/) à pergunta de um fã, sobre o objetivo primário de "Red Hand Files", Cave foi peremptório: «quero facilitar, de alguma forma, uma viagem mútua rumo ao propósito; diminuir a dimensão do nosso vazio e aproximarmo-nos do amor e da beleza». Na forma como caminha, como aponta, como assina o cartaz de um fã, entrega o microfone a alguém da plateia. ["Red Hand Files"](https://www.theredhandfiles.com/), onde os fãs podem enviar-lhe questões, declarações, cartas, frases simples, sabendo que a qualquer altura o músico poderá responder-lhes, ajudá-los, aconselhá-los, dizer apenas vai acabar tudo bem ou contar-lhes histórias pessoais com uma dose de bom humor (para a história [fica a frase](https://www.theredhandfiles.com/your-relationship-with-pj-harvey/) «fiquei tão espantado que quase deixei cair a seringa», sobre o fim da sua relação com PJ Harvey, nos anos 90). [no NOS Primavera Sound](https://24.sapo.pt/vida/artigos/tres-australianos-entram-num-festival-nao-e-uma-anedota-foi-o-primeiro-dia-do-nos-primavera-sound), escrevemos que «o músico parece querer expiar qualquer coisa que existe dentro da sua alma, e que só ele parece saber o que é», testemunho da energia evangélica com que o músico australiano se apresenta em palco, ladeado pela banda que o acompanha há quase quatro décadas.
Convence quem o acompanha há anos e ainda há três meses o viu, mas não só: até agnósticos e ateus da sua música. Em palco, Nick Cave e os Bad Seeds são ...
É recorrente falar-se de Nick Cave como um grande performer, alguém que parece ter conseguido atrair para si mesmo um qualquer dom obscuro que (o) possui, um certo talento de pregação via música. Nas primeiras filas, víamos de tudo: fãs devotos que já tinham estado no Porto há três meses para o ver (no Primavera Sound), e que estão invariavelmente presentes em todos os concertos, e gente que nunca o tinha visto, como Raquel, que nos dizia gostar de algumas canções sem ser fã incondicional mas que sairia mais do que convencida. A devoção que se sente num concerto de Nick Cave & The Bad Seeds não tem paralelo.
Nick Cave foi cabeça de cartaz e o centro das atenções do último dia de MEO Kalorama. Pela primeira edição do festival passaram 112 mil pessoas que tem já ...
Pelo recinto passaram 112 mil festivaleiros, 32% das quais estrangeiras e oriundas de mais de 50 países. Na pequena plataforma à frente do palco, quase bem em cima do público, Nick Cave arrancou com "Ready For Love" no seu jeito de pregador dos blues. Pela primeira edição do festival passaram 112 mil pessoas que tem já edição assegurada para 2023, em Lisboa.
Depois de ostentar um dos melhores cartazes do verão lisboeta e já com o regresso confirmação oara o próximo ano, o MEO Kalorama despediu-se com um dos ...
Depois de “Vortex” e “The Ghosteen Speaks”, “The Weeping Song”, ao contrário da brincadeira de Cave, deixou um público muito longe de chorar. A belíssima “Jubillee Street”, a canção que se seguiu, narra, segundo ele, uma história de amor que “correu muito, muito mal”. Mas, voltando ainda ao passado mais longínquo, repescada do segundo álbum (“The Firstborn Is Dead”) há “Tupelo”, eficiente, como tudo o resto, mas já sem a demência dos trovões originais, onde na amaldiçoada terra natal de Elvis Presley “nenhum pássaro poderia voar e nenhum peixe poderia nadar até que o rei nascesse”. “O Children”, por exemplo, surge dedicada a Paula, uma festivaleira da plateia que celebrava o seu aniversário. São canções que já traziam em si uma veia “rhythm & blues” e com ela terreno propício para os Bad Seeds recorrerem aos serviços de um grupo de “backing vocals” (Janet Ramus, T Jae Cole e Subrina McCalla). E, como tem dado certo, é de se prever que o estatuto de “cult band” continuará.
O último dia de festival começou em português com os Ornatos Violeta de Manel Cruz, viajou até ao Canadá para a extravagância de Peaches, parou para venerar ...
O tema que lançou Sam Smith em 2012, foi a balada que uniu mais vozes, num concerto em que a maior parte desconhecia as letras e apenas se dedicou aos passos de dança. O último concerto do palco MEO teve início com uma pequena viagem até 2020 - ano severamente marcado por confinamentos e encerramentos, mas que "não fez a música parar", ouviu-se nas colunas. Em pouco mais de duas horas, interação com o público não faltou, com o cantor / compositor australiano a subir e descer as escadas que ligavam o palco às primeiras filas da plateia (cheia mas não esgotada) - onde estava uma plataforma em que caminhou várias vezes. Seguiu-se mais uma injeção de energia, com Vortex, antes da contemplativa - e quase sem qualquer instrumentação a não ser sintetizadores - Ghosteen Speaks, tirada do mais recente disco da banda. "A mãe disse-me que era a música favorita dela, portanto, esta é para a Beatriz", anunciou. Se dúvidas houvesse, mais extravagância surgiu em Vaginoplasty, com as bailarinas a vestirem máscaras de vulvas (Peaches enverga uma na cabeça, neste momento) e a simularem cópulas em palco. Sozinho em palco piano, o cantor australiano dedicou a música que se seguia - Into My Arms -, Mas foi O.M.E.M - um hino bem conhecido de todos - que teve direito a momento de crowdsurfing e (muitos) gritos. E foi justamente a viajar no tempo que grande parte do concerto aconteceu. Para encerrar o espetáculo ficaram as energéticas Há de Encarnar e Pára-me Agora. De telemóveis erguidos, olhos na banda e vozes em uníssono, os portugueses encarregaram-se do tema e deram ao MEO Kalorama um dos seus momentos mais emocionantes. Antes de o relógio marcar as 18h00, já muitos se encontravam colados ao palco MEO para um final de tarde ao som dos tão esperados Ornatos Violeta.
Não havia como escapar-lhe: mesmo passados apenas três meses da sua anterior actuação em Portugal, o músico australiano imperou numa noite extraordinária em ...
Claro que uma fatia considerável do público do Kalorama não terá coleccionado os dois momentos na sua caderneta de cromos dos concertos de 2022, mas dificilmente aqueles que estiveram presentes em ambos irão sobrepor as memórias e deixarão de criar recordações distintas para as duas noites. Não havia como escapar-lhe: mesmo passados apenas três meses da sua anterior actuação em Portugal, o músico australiano imperou numa noite extraordinária em que ficou claro o quanto procura, com as suas canções, criar pontes para aqueles que o ouvem. [ Meo Kalorama](https://www.publico.pt/2022/08/27/culturaipsilon/noticia/artur-peixoto-misterioso-kalorama-revelase-2018179) um concerto razoavelmente diferente daquele que, há três meses, tinham apresentado no [Primavera Sound](https://www.publico.pt/2022/06/10/culturaipsilon/reportagem/electrizante-nick-cave-maior-enchente-primavera-2009626)?
Durante mais de duas horas, Nick Cave pregou a Lisboa. Mais do que um concerto, o australiano fez uma homilia sobre amor, sobre dor e sobre fé, ...
A organização acrescentou que mais de 30% do público foi estrangeiro, vindo de 50 países diferentes para Lisboa. O recinto não está fechado, desconhecendo-se se se mantêm no Parque da Bela Vista, mas a organização colocou logo à venda passes gerais a 95 euros na banda de merchandising no interior do recinto. [o regresso dos Ornatos Violeta foi anunciado em 2019](https://www.noticiasaominuto.com/cultura/1286682/ornatos-violeta-e-o-encanto-das-coisas-boas-que-se-repetem-poucas-vezes), poucos esperavam que, três anos depois, a banda de rock português mais influente dos anos 1990 continuasse pelos festivais. Uma multidão a voar num concerto em que o difícil era, pelo menos, não marcar o ritmo das canções com o pé. A música foi rapidamente retomada e cantada com ainda mais vigor por uma plateia que começava a encher lentamente o recinto do palco principal. Logo à partida, a artista deixou claro o intuito da sua 'performance': pouca roupa, despida descaradamente, enaltecendo o despudor e a banalização de imagens sexuais explícitas. O público vibrou especialmente com os 'singles' mais conhecidos, entre eles 'Talk is Cheap' e 'Gold', acompanhados pela multidão que se envolveu com o artista. Em vez de terminar com 'Ghosteen Speaks', Nick Cave pediu mais uma vez a colaboração do público para fechar com 'The Weeping Song'. Depois de mais de duas horas e de um concerto bem esticado (no fim de contas, o último concerto de uma tour de Nick Cave merece honras especiais), eram visíveis algumas lágrimas, sorrisos e todo um mar de emoções no público. Não há ninguém no mundo que nos ensine tão bem o quão doloroso e agradável pode ser amar, e Nick Cave é um 'boatman' dos sentimentos mais profundos que possamos ter. Dá sermões, autênticas lições de questionamento de Deus que levam os mais empedernidos dos ateus às mais profundas lágrimas de mágoa, de amor e de fé. Esta chama-se ‘O’Children’ e é para a Paula, é o aniversário dela", disse o australiano, criando certamente uma memória para a vida daquela jovem.