Apenas 227 mil consumidores têm tarifa regulada do gás natural. De acordo com dados da ERSE, 97,7% dos consumidores portugueses estão hoje no mercado ...
"Como os preços das ofertas comerciais no mercado liberalizado dependem, em parte, das tarifas aprovadas anualmente pela ERSE, como é o caso das tarifas de acesso às redes, aconselha-se o consumidor a fazer, pelo menos, duas simulações de preços por ano. É que os aumentos no mercado liberalizado são muito superiores à subida de 3,9% já anunciada pela ERSE para a tarifa regulada. O simulador da ERSE reúne todas as ofertas comerciais disponíveis para os consumidores de eletricidade com potência contratada até 41,4 kilovoltampere (kVA), para baixa tensão normal, e de gás natural com consumos anuais até 10 000 metros cúbicos, para baixa pressão (BP). Desde 2013, pelo menos, que os consumidores têm sido incentivados a aderir ao mercado liberalizado, com o argumento de que mais concorrência gera uma baixa de preços. [De acordo com a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE)](https://www.erse.pt/media/qwap2r3u/ersexplica_o-meu-preço-da-energia-subiu_vfinal.pdf), existem hoje [12 comercializadores de último recurso para o gás natural](https://www.erse.pt/gas-natural/funcionamento/comercializacao/#comercializadores), isto é, com tarifa regulada. A questão, agora, é saber como podem os consumidores voltar ao mercado regulado do gás natural.
O Governo aponta para poupanças entre os 25 euros e os 45 euros por mês, consoante o tipo de consumidor, caso este opte pelo mercado regulado para se ...
Ao dia de hoje, a poupança que o mercado regulado permite face ao livre, no caso de um casal sem filhos é de 20% e para um casal com dois filhos é de 17%. Os cálculos do ministério tomam como referência uma fatura que, atualmente, no mercado livre, ronda os 15,33 euros por mês para um casal sem filhos e os 28,10 euros por mês para um casal com dois filhos. No mercado livre, caso seja cliente de uma empresa que assuma aumentos na fatura na ordem dos 150%, o preço deveria situar-se em torno dos 70 euros.
Governo quer mudar lei para ajudar famílias e PME a terem menos custos com a fatura do gás, depois de comercializadoras anunciarem aumentos.
Não me vou pronunciar sem perceber qual o grau de intervenção que vai haver da parte do Governo: em vários países há aumentos, mas o que interessa é ver as medidas de mitigação ou compensação que existem, quais são, qual o alcance”, afirmou. Na visão do presidente da Acemel, “ao contrário de outros países europeus, Portugal começou a casa pelo telhado porque aplicou primeiro várias medidas de intromissão nos mercados grossista e retalhista”. Também atuam neste mercado a Portgás, da Ren, e a Sonorgás, do grupo Dourogás, tal como resume o O objetivo do Executivo socialista de António Costa é mudar a lei para permitir o regresso dos consumidores ao mercado regulado do gás natural, à semelhança do que acontece na eletricidade. Questionado pela Lusa se concorda com elas, classificou-as de “ambiciosas”. "Logo que veja o diploma terei uma opinião”, prometeu. A medida, se for viabilizada, estará estar em vigor pelo prazo máximo de 12 meses e deverá abranger 1,5 milhões de clientes. E quem pode comercializar? Os preços destes comercializadores são fixados pela ERSE para o chamado “ano gás” que se inicia a 1 de outubro e termina a 30 de setembro, com possibilidade de revisões trimestrais para acompanhar a evolução do custo de aquisição da energia, como aconteceu a 1 de Julho, em que houve um aumento de 3,3%. Por sua vez, o secretário de Estado da Energia, João Galamba, concretizou que o levantamento das restrições legais para o acesso ao mercado regulado do gás para as famílias e pequenas empresas vai abranger "um universo de 99,7% dos clientes de gás", insistindo que a medida não só protege as famílias e pequenos negócios do aumento de preços, como pode mesmo significar uma redução. “Os preços do mercado regulado serão menos de metade dos preços dos comercializadores do mercado liberalizado que ontem [quarta-feira] anunciaram o seu aumento”, afirmou Duarte Cordeiro, numa conferência de imprensa, na qual avançou que o Governo vai propor o levantamento das restrições legais existentes, para permitir o acesso às famílias e pequenos negócios ao mercado regulado de gás natural. Um dia depois da EDP e da Galp terem comunicado que pretendem aplicar significativas subidas nos preços do gás no mercado liberalizado já a partir de outubro, o Governo avançou ontem, dia 25 de agosto de 2022, com um
Recorrendo ao simulador da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), o Ministério do Ambiente e da Ação Climática indica agora quanto os ...
Se transitar para a tarifa regulada, paga apenas 25 euros, o que corresponde a uma poupança de 45 e 56 euros. Passará a pagar 13 euros, em vez dos 38 a 44 euros mensais, no mercado liberalizado. Depois de a EDP Comercial ter anunciado um aumento médio da fatura do gás a partir de outubro, e de a Galp admitir que também vai atualizar as tarifas do gás no mercado liberalizado, o executivo anunciou que as famílias e os pequenos negócios poderão mudar para o mercado regulado, a partir de outubro.
A Comissão está em estreito contacto com Portugal para compreender todos os pormenores”, indica Bruxelas, que diz partilhar do objetivo do Governo "de ...
“A Comissão está em estreito contacto com Portugal para compreender todos os pormenores”, acrescenta. As tensões geopolíticas devido à guerra na Ucrânia têm afetado o mercado energético europeu, já que a UE importa 90% do gás que consome, sendo a Rússia responsável por cerca de 45% dessas importações, em níveis variáveis entre os Estados-membros. O objetivo é que a medida entre em vigor em 1 de outubro, para vigorar durante 12 meses, sendo que é necessário proceder a uma alteração legislativa. De que forma? Devido aos anúncios de aumentos dos preços do gás, no caso da EDP Comercial de 30 euros mensais, em média, o Governo decidiu antecipar a divulgação da medida. Em causa está a meta que entrou em vigor em 9 de agosto, na UE, para reduzir voluntariamente 15% do consumo de gás até à primavera de 2023, visando aumentar o armazenamento nos Estados-membros e criar uma ‘almofada’ perante eventual rutura no fornecimento russo.
Perguntas e respostas sobre os aumentos brutais dos preços do gás. Várias empresas anunciaram aumentos das tarifas que podem chegar aos 190%
Além disso, também é importante que os consumidores adotem comportamentos de poupança e que reduzam os seus consumos de gás e eletricidade. Ainda não se sabe se o Governo prolongará a medida além de setembro de 2023. Após receber a notificação do seu comercializador com a proposta de aumento do preço do gás, o consumidor tem um prazo de 30 dias, a partir do dia da notificação, para aceitar ou não a alteração. Também segundo o Governo, um casal com dois filhos, sem aquecimento central e com um consumo anual de 292 m3 poupará ainda mais. Para já, apenas a Galp e a EDP anunciaram que vão fazer aumentos às tarifas do gás. Esta medida é justificada para atenuar os [aumentos das tarifas anunciados por várias empresas](https://cnnportugal.iol.pt/galp/gas/depois-da-edp-galp-tambem-anuncia-aumento-do-preco-do-gas-em-outubro/20220824/630667ed0cf26256cd32a5d3) e pode abranger 1,5 milhões de consumidores- Vai vigorará pelo menos durante um ano, a contar a partir de 1 de outubro.