No seu sexto concerto em Portugal, primeiro em Paredes de Coura, os Idles partilharam com o público canções que já são hinos, confissões de coração nas mãos ...
"É escusado dizer que nunca hei de esquecer isto", diz, olhando para a plateia que se derrama até às últimas árvores do anfiteatro. No último adeus, ao som de 'Rottweiler', Joe Talbot vai para a bateria e a energia transborda do palco. Estas são canções que se antecipam batendo os pés no chão e se celebram esticando os braços no ar, numa experiência física e emocional que 'A Hymn', com o refrão-súplica "I wanna be loved/Everybody does", leva para outras latitudes. Até que, com os cinco Idles nos seus postos, o bicho que é 'Colossus', pendurado do baixo de Adam Devonshire, começa a espreguiçar-se. Por isso lhe está grato, explica, antes de partir para a canção mais soul do catálogo dos Idles, 'Beachland Ballroom', com o guitarrista Mark Bowen no piano. Esta noite, o tema do álbum "Joy As An Act of Resistance" brilha com especial fulgor, garantindo entrada direta no best of imaginário de Paredes de Coura.
Beach House fecharam o palco principal do segundo dia do Vodafone Paredes de Coura, que convocou novamente as Music Sessions e teve em Indigo de Souza uma ...
Virámos todos água em Coura, o mar inundou o recinto enquanto o palco se manteve na penumbra, iluminado apenas pelo som da banda e palas imagens captadas em película de 60mm que passavam nos ecrãs. Não que Idles tivesse sido memorável e Beach House um descalabro, mas um indie sonhador por cima de uma fúria hardcore é receita quase certa para arruinar o êxtase. O cancelamento dos King Gizzard & The Lizard Wizard obrigou a mexidas nos horários e o resultado foi termos BadBadNotGood, Idles e Beach House em sucessivos slots, trocando as voltas a muitos estômagos que não estavam preparados para estes solavancos estilísticos.
Do punk ao jazz, o segundo dia do Paredes de Coura foi marrcado por atuações de artistas como Idles, BadBadNotGood ou Beach House. &etilde;
O after ficou a cargo dos Viagra Boys e de Haai. “Existe algo na repetição que nos permite perder o controlo e sentirmo-nos mais livres”, explicou-nos. Mesmo não tendo conseguido dividir a plateia como o Mar Vermelho, os ingleses não deixaram uma única alma indiferente à sua descarga de testosterona. Agora, confessa ter este problema superado e diz que pode “morrer em paz”. Estamos a falar dos canadianos BadBadNotGood. Infelizmente (ou felizmente, depende da opinião e energia de cada membro da audiência) não conseguiu.
Segundo dia de concertos em Paredes de Coura, nesta quarta-feira os Idles foram senhores e reis da noite e os Beach House não convenceram.
A canção Mother, de Brutalism, descreve a vida da mãe de Talbot, que morreu depois de uma longa luta contra o cancro e cuja fotografia é a que ilustra a capa do disco. O que se notou no concerto desta noite: o público só se reconheceu nos clássicos, essencialmente os de Bloom. Porque ser punk é cerrar o punho e bater com a porta na cara de sistemas opressores, como foi a era de Tatcher e em que tínhamos os Sex Pistols a cantar “no future/ no future for you”. Os músicos estão a tocar às escuras em palco de modo a tornar a experiência mais imersiva: além do som – belos solos de saxofone – e do cheiro das folhas da erva intensificado pela humidade da noite, nos ecrãs passam imagens a lembrarem viagens, tratadas com filtros para lhes darem uma patine vintage. De Idles não se quer o concerto da noite, quer-se o concerto do festival. Idles foi de longe o concerto da noite e, muito provavelmente, o concerto do festival.
Bandas e músicos nacionais abriram o festival Vodafone Paredes de Coura, com a pequena partida do tempo.
E ontem foi, afinal, apenas o primeiro dia de uma festa que tem ainda quatro dias pela frente. Mesmo após 29 anos, o habitat natural da música continuou a unir pessoas de diferentes estilos, idades e géneros, mesmo que a forma de estar seja diferente. Após dois anos estagnado, qual a melhor maneira de começar um festival senão num dia dedicado àqueles que fazem jus à música portuguesa?
Foi assim que tudo começou no palco principal com os The Lemon Lovers, no início de uma verdadeira maratona de música, num total de 20 concertos e só de bandas ...
Está bom de ver que o dia de Portugal em Paredes de Coura foi bem preenchido e a prova viva da vitalidade da música portuguesa. Quero aqui agradecer publicamente o trabalho dos bombeiros de Paredes de Coura que me salvaram a vida", disse ‘Kaló’ Mendes, fazendo ainda questão de mencionar o apoio "daquele rapaz que não sei quem é e que está com o cachecol da Académica", levando o público ao êxtase num momento obviamente bastante sensível para aquele que já teve projetos como os Tédio Boys, Wray Gunn, Bunnyranch e Parkinsons. No palco secundário, Rita Van, 10 000 Russos e Bruno Pernadas anteciparam o retorno da enorme mole humana ao palco principal onde Sam the Kid com orquestra e Orelha Negra e a ajuda de amigos e do próprio pai Napoleão, deu outro concerto memorável. "Há cinco anos, estive aqui em Paredes de Coura no ‘Sobe à Vila’ e nesta mesma música o meu coração parou. Os BadBadNotGood, que inicialmente iam atuar sexta-feira, dia 19, ocupam a vaga dos australianos. Foi assim que tudo começou no palco principal com os The Lemon Lovers, no início de uma verdadeira maratona de música, num total de 20 concertos e só de bandas portuguesas, uma forma da organização homenagear o produto nacional que tanto sofreu nos tempos da Pandemia Covid-19.Por António Mendes
Segundo dia do festival Vodafone Paredes de Coura foi um exagero de géneros estilísticos. Houve os bons, houve os maus e até houve vilões.
[Rottweiler](/entidade/titulo/rottweiler.html)", uma canção toda feita de fibras musculares e células nervosas, aceleradíssima no refrão, que repete a palavra rottweiler oito vezes. E logo a seguir vem " [Car crash](/entidade/titulo/car-crash.html)" e logo colada " [Mr. [norte-americana](/entidade/etc/norte-americana.html) da [Carolina do Norte](/entidade/local/carolina-do-norte.html) (o [Souza](/entidade/pessoa/souza.html) vem do pai, guitarrista brasileiro de Bossa Nova) tem um excelente segundo álbum, " [Any shape you take](/entidade/titulo/any-shape-you-take.html)", de 2021. [Joe Talbot](/entidade/pessoa/joe-talbot.html) logo na primeira vez que falou. "Sentimo-nos seguros e a salvo nos vossos braços, gente bonita", torna Joe Talbot, a exsudar, "o raio do vosso país é tão bonito, vocês são mágicos". Motivator](/entidade/titulo/mr-motivator.html)" e a roda-punk continua a expandir, massiva, ciclónica, permanentemente em polvorosa, num auge de fragor. "É a nossa segunda vez aqui no [Porto](/entidade/local/porto.html), gostamos muito", continuou [Murphy](/entidade/pessoa/murphy.html), com excesso de confiança, a espalhar-se ao comprido na geografia, "não, praticamente ainda nem bebi", explicou-se e agachou-se, a agarrar na lata da cerveja enquanto continuava a fitar-nos e a destilar deboche. Tanto é rock sujo como pop caleidoscópica, tem alta fidelidade, e ilumina a voz muito impressiva de [Indigo](/entidade/pessoa/indigo.html), uma voz táctil que tem apenas 25 anos e uma capacidade imensa de espremer tudo, cada letra, até a última gota de emoção. [Bad Bad Not Good](/entidade/org/bad-bad-not-good.html), uma inventiva banda instrumental canadiana de renovação de jazz, entregaram o concerto mais inclassificável do 2.º dia. Os discos continuarão a ser vitais, até o novo, "Once, twice, Melody", mas ao vivo não levantam - Agora, um julgamento estético individual: será heresia dizer que os Beach House, trio etéreo e requintado que redefiniu em oito discos o cânone da "dream pop", são um enfado repetitivo ao vivo? É público e foi notório: os Idles deram o melhor concerto do 2.º dia, foi uma coisa desmedida e brutal.
A Buzzmonitor voltou a descobrir o que se fala nas redes sociais sobre os festivais do momento e revela quais são as principais plataformas, artistas, ...
No que toca aos artistas desta edição, a banda Idles é a mais comentada (23,8%), seguida dos Pixies (18,1%) e dos Turnstile (13,8%). Relativamente a patrocinadores, a Vodafone é a mais mencionada (93,3%), levando uma larga vantagem sobre os restantes. [dados disponíveis](https://app.buzzmonitor.com.br/dashboards/vodafoneparedesdecoura), a plataforma que soma mais menções sobre o evento é o Twitter (52,1%), seguido do Facebook (42,1%) e do Instagram (5,8%).
Desde cedo se percebia que a banda deste segundo dia do Festival Vodafone Paredes de Coura eram os IDLES. Após algumas horas de espera a banda agarrou o ...
No arranque do cartaz internacional desta 28.ª edição, após o aquecimento de terça-feira com bandas portuguesas, os BadBadNotGood repetiram a fórmula de ...
E assim, no espaço de quatro horas, a noite de quarta-feira foi desde o punk ao jazz e ao indie pop. Mas nada há de mal com isso: este é o festival que, há quase 30 anos, não tem receio de correr riscos e de expandir fronteiras estéticas. O furacão Idles sobressaltou Paredes de Coura em noite de múltiplos regressos ao festival
Os irlandeses Murder Capital, que têm andado com os Idles em digressão, captaram do palco um dos momentos altos do concerto dos amigos: 'Mother'.
Aos primeiros acordes de «Colossus», o público agitou-se para não mais parar e insistiu em cantar em uníssono com Joe Talbot. Começou por criar um «mosh pit», ...
Após uma espera considerável e inusitada, desceu sobre as margens do Coura a dream pop dos Beach House, que de forma serena, bela e escura embalou o muito público que permaneceu em frente ao Palco Vodafone. Foi um momento de beleza e serenidade, que serviu também para acalmar alguns dos espíritos inquietos que ansiavam pelos Viagra Boys. Começou por criar um «mosh pit», que o vocalista queria que fosse até o cimo do anfiteatro, ganhou força com o rock agressivo dos britânicos e não mais parou. Como, habitualmente, o guitarrista Mark Bowen fez a sua vocalização em crowdsurfing, levando ao êxtase os milhares de espíritos inquietos que assistiam. Aos primeiros acordes de «Colossus», o público agitou-se para não mais parar e insistiu em cantar em uníssono com Joe Talbot. E ao segundo dia os festivaleiros tiveram aquilo que desde o arranque mais desejavam: agitação.
Os irlandeses Murder Capital, que têm andado com os Idles em digressão, captaram do palco um dos momentos altos do concerto dos amigos esta quarta-feira no ...