Crítica: 5/5. - [Crítica] Better Call Saul chega ao fim reconectando e superando Breaking Bad.
É assim com Jimmy McGill. O finale fala de ressentimento e remorso e - como Better Call Saul sempre fez - sobe no púlpito do tribunal, diante do microfone, para fazer seu texto se amplificar. A cena do sussurro no carro é emblemática; Jimmy fala dos lobos e cordeiros e o episódio poderia se encerrar aí mesmo, com essa citação espirituosa que sacramenta a “transformação” de Kim no impiedoso Jimmy e de Jimmy no seu misericordioso pai. O salto temporal bem largo que ocorre no episódio, depois de Kim e Saul definirem sua relação, mostra como BCS pode ser calculista e precisa quando deve, e nunca apegada ou sentimentalista com aquilo que os criadores escrevem. A série escolhe o fogo baixo, prescinde de uma sucessão aumentada de eventos e ameaças, com a crença de que esse prelúdio tem estofo para aguentar seis anos de estudo de personagem. Cabe só ao espectador relembrar a importância de objetos, como os bibelôs de cerâmica e a rolha da garrafa de tequila, ou de frases como aquela sobre lobos e cordeiros que Jimmy sussurra no carro com Kim no ano seis e que remete a uma cena de flashback da segunda temporada. Provavelmente é a filiação com Breaking Bad que permite que BCS se dê ao luxo de se desenrolar pacientemente como os capítulos de um romance.
Para encerrar esta participação, Bob Odenkirk partilhou uma mensagem especial onde agradece não só ao criador da série - Vince Gilligan e Peter Gould - como ...
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Depois de seis temporadas se aproximando do prenunciado fim de Saul Goodman, “Better Call Saul” apresentou seu último capítulo enfrentando as pesadas ...
Seu destino sempre serviu como o mistério mais fundamental do programa, e a chave para a evolução (ou decadência) de Jimmy para o mercenário cheio de lábia que ele se tornou. Depois de seis temporadas se aproximando do prenunciado fim de Saul Goodman, “ Better Call Saul” apresentou seu último capítulo enfrentando as pesadas expectativas levantadas por seu premiado antecessor, “ Breaking Bad“. Depois de seis temporadas se aproximando do prenunciado fim de Saul Goodman, a série apresentou seu último capítulo enfrentando as pesadas expectativas levantadas por "Breaking Bad"
No final do seriado, ...
E esse é um verdadeiro momento de Saul Goodman. Não há nenhum indício de Jimmy. "Obviamente, Jimmy é pego no início do episódio e fica um pouco sem esperança. E então ele se recompõe e percebe que é Saul Goodman," afirmou o executivo. Mas ele realmente gostaria que ela estivesse lá. Ele quer que ela veja. De repente, tudo parece errado para ele naquele momento." Vale lembrar como esse momento reflete o primeiro episódio de Better Call Saul. Em entrevista à Variety, Peter Gould dissecou essas decisões dos personagens. E ele negocia um acordo notável. Mas ele faz isso olhando Marie Schrader (Betsy Brandt) nos olhos e afirmou como ele também foi uma vítima."
Chegou na Netflix, o episódio 13 da 6ª temporada (6x13) de Better Call Saul, o último da série, com muita emoção, você lê a crítica aqui.
Um final que me fez feliz, e triste em simultâneo, por saber que não teremos mais Better Call Saul na Netflix, mas com missão comprida, por trazer a crítica dos episódios fantásticos da 6ª temporada. A série fará muita falta, entretanto, é importante destacar que ela terminou no auge. Wexler o amou cada segundo, mesmo que isso tenha acabado com ela. Entretanto, espetacularmente, tudo acabou sendo um plano de Saul no episódio, para que Kim fosse liberta. Ela o questiona, que poderiam ser sete anos, que acabaram virando 86 anos, no total. A ideia pairou pelo fato dele querer voltar e processar aqueles que o ‘roubaram’ sua empresa, que tinha ajudado a criar, no passado.
Essa época alcançou seu ápice durante a tabelinha entre Breaking Bad e Mad Men, quando Walter White (Bryan Cranston) e Don Draper (Jon Hamm) alternavam o posto ...
Não sabemos se Kim foi processada pela viúva de Howard, ou voltou a ser advogada (mas sua decisão de voluntariar na Flórida e escolha de roupa para visitar Jimmy na prisão sugerem, pelo menos, uma volta por cima), não sabemos se Jimmy verá sua amada ex-esposa mais vezes depois da última cena, mas a conclusão emocional aconteceu. Jimmy precisa arcar com as consequências de seus atos (prisão por 86 anos), mas conseguiu enfrentar a tempestade emocional de seus feitos e fechar a porta. Ali, como Walter fez com Skyler (Anna Gun) em "Felina", admitindo suas razões para entrar no crime, Jimmy (como ele prefere ser chamado) abre o jogo, assume a responsabilidade e confessa seus pecados. É uma atitude digna do personagem porque ela não é totalmente altruísta. Ele tem um último objetivo e essa é sua jogada. Talvez sua alma realmente seja a de um golpista e enganador, mas ele certamente não foi a mesma pessoa. Se o finale de Breaking Bad foi criticado por ser "perfeito demais" e amarrar todos os laços, o de Saul é tudo menos isso. Mas como Kim Wexler (Rhea Seehorn) disse no episódio passado, ao declarar para Jesse Pinkman (Aaron Paul) "quando eu o conhecia, ele era bom", Saul Goodman nem sempre foi assim. Saul o fez ao realmente encerrar sua história e, no processo, concluir também a de Breaking Bad e fechar a porta nestas duas décadas de televisão primorosas. O protagonista de Better Call Saul passa por mais uma mudança neste episódio final. Seja por ambiguidade ou por mortes, nenhum destes homens precisou protagonizar um epílogo como Jimmy McGill fez em "Saul Gone", o finale de Better Call Saul que foi ao ar nesta terça-feira (16). Inicialmente concebida como um prequel de Breaking Bad por Vince Gilligan e Peter Gould, esta série acabou avançando para além do seu material original, e apesar da ideia de voltar para o piloto de sua antecessora agora ser interessante, não há dúvidas de que esta é a verdadeira conclusão da saga de traficantes, gângsteres, advogados e químicos em Albuquerque. E então Walter desce o martelo: "então você sempre foi assim." Um apresenta arrependimento, o outro só mostra mais ganância, e o último nem tem a chance de responder.
O ator Bob Odenkirk postou um vídeo emocionado em seu próprio Twitter para se despedir oficialmente de "Better Call Saul", spin-off de "Breaking Bad" que ...
Eles estão entre as pessoas mais lindas, doces e trabalhadoras que eu conheço. Nunca vou estar ao redor de um grupo melhor". "Todos eles fizeram com que eu fosse um ator melhor do que era, só por trabalhar ao lado deles e assistir ao trabalho deles. É um mistério para mim como tudo isso aconteceu", disse.
No começo do vídeo, o ator explica a dificuldade que é se despedir de Better Call Saul e também de seu personagem Saul Goodman. "É difícil olhar para essa ...
Eles estão entre as pessoas mais lindas, doces e trabalhadoras que eu conheço. Nunca vou estar ao redor de um grupo melhor". O ator também agradece seus colegas de elenco como Rhea Seehorn, Jonathan Banks e Giancarlo Esposito e toda a equipe técnica por trás da série, "Todos eles fizeram com que eu fosse um ator melhor do que era, só por trabalhar ao lado deles e assistir ao trabalho deles. É um mistério para mim como tudo isso aconteceu".
A atriz Rhea Seehorn, a Kim Wexler de Better Call Saul, comentou o que pode ter acontecido com sua personagem após a conclusão da série.
E para Kim, acho que a parte mais verdadeira envolve praticar a advocacia e tentar novamente ajudar as pessoas. E havia uma razão para ela não ter cabelo loiro quando voltou ou até mesmo seu cabelo escuro em um rabo de cavalo. Peter disse que espera que as pessoas – que o final realmente faça com que você continue a hipotetizar e pensar no dia seguinte, nas próximas duas semanas, nos próximos seis meses, no resto de suas vidas.
Trama sobre o advogado picareta Saul Goodman apresenta personagens complexos em trama sobre moralidade, arrependimento e redenção.
O ator Bob Odenkirk usou suas redes sociais para publicar uma mensagem emocionada sobre o fim da série "Better Call Saul"
Ele inclusive afirma [não se lembrar de ter gravado um episódio inteiro](https://olhardigital.com.br/2022/07/14/cinema-e-streaming/better-call-saul-bob-odenkirk-diz-nao-se-lembrar-de-ter-gravado-episodio/). “Better Call Saul observou de perto a história de um cara muito original. “E os fãs, obrigado por nos dar uma chance, porque nós saímos da série favorito de muitas pessoas e poderíamos ter sido odiados por simplesmente tentar fazer uma série. Obrigado por ficar conosco,” disse Odenkirk, direcionando a mensagem aos fãs de “Better Call Saul” e, principalmente de “ “Todo mundo tem me perguntado como eu me sinto em dizer adeus a Saul Goodman e ‘Better Call Saul’, e eu não sou bom em responder a pergunta porque é francamente difícil para mim olhar para essa experiência e até para esse personagem muito de perto,” disse Odenkirk. Ele seguiu agradecendo aos showrunners, colegas de elenco e à equipe da série em Albuquerque.
O spin-off de Breaking Bad, também criado pelos geniais Vince Gilligan e Peter Gould, manteve o padrão de qualidade da série original desde sua estreia em 2015 ...
[August 16, 2022] That’s what Vince Gilligan and Peter Gould did with Isso é o que o Vince Gilligan e Peter Gould fizeram com #BetterCallSaul.
E, depois de 63 episódios, Better Call Saul chega ao seu esperado fim reunindo passado, presente e futuro com um capítulo memorável.
Temos o reconhecimento agridoce para Jimmy de quem ele é para o mundo exterior representado pelos condenados no ônibus que o leva à penitenciária, apontando para um respeito que ele não mais quer, o que só acrescenta à sua dor e temos Kim visitando-o ilegalmente como sua advogada – um último golpe em que ela usa a carteira de advogada sem data de validade que aponta para um hábito por parte dela que não morre? O que realmente importa é que Better Call Saul, com seu final que serve de viagem nostálgica por esse universo ao mesmo tempo em que acrescenta muito à narrativa sem deixar pontas soltas como muitos temiam (e como eu queria e preferia), consegue cumprir o que a série prometeu fazer, que é entregar arte em forma de série. [Peter Diseth](https://www.planocritico.com/tag/peter-diseth/)), vira completamente o jogo e coloca o em tese seguro e assustador promotor George Castellano ( [Bob Jesser](https://www.planocritico.com/tag/bob-jesser/)) contra a parede, conseguindo um acordo de apenas pouco mais de sete anos de prisão (e em uma prisão country club ainda por cima), é impressionante. [Jonathan Banks](https://www.planocritico.com/tag/jonathan-banks/), [Bryan Cranston](https://www.planocritico.com/tag/bryan-cranston/) e [Michael McKean](https://www.planocritico.com/tag/michael-mckean/), além de [Betsy Brandt](https://www.planocritico.com/tag/betsy-brandt/) em importante momento no presente em preto em branco e para trabalhar os diversos períodos da vida do protagonista quase que espelhando as visitas dos fantasmas do passado, presente e futuro que Ebenezer Scrooge recebe em [Uma Canção de Natal](https://www.planocritico.com/critica-uma-cancao-de-natal-de-charles-dickens/), de [Charles Dickens](https://www.planocritico.com/tag/charles-dickens/). Claro que eu gostaria de ver mais desse universo, ver mais spin-offs e prelúdios, mas, muito sinceramente, prefiro que eles tentem algo diferente agora que fizeram o improvável, que foi transformar Better Call Saul em uma obra consideravelmente superior à que lhe deu origem. No entanto, considerando esses diversos anos de críticas de cada um dos 63 episódios da série, gostaria de usar esse espaço aqui para brevemente agradecer a leitura de meus textos e toda a interação que resultou delas. E isso vale mesmo para aqueles que aparecem por aqui, leem meus textos, mas não comentam, pois vocês também ajudaram a dar alcance aos textos nesse mundo internético tão tumultuado. E o mais interessante é que Jimmy é o único personagem importante da saga BB/BCS que é tocado pela Justiça e, mesmo assim, só tem aquilo que realmente merece porque ele decide desmontar todas as defesas que ele próprio erigira. [Breaking Bad](https://www.planocritico.com/tag/breaking-bad/), faz exatamente isso, com [Vince Gilligan](https://www.planocritico.com/tag/vince-gilligan/) e [Peter Gould](https://www.planocritico.com/tag/peter-gould/) fechando esse universo com chave dupla de ouro. Sim, eu vejo esse jogo dele de conseguir uma pena ridícula para o que ele fez direta e indiretamente como algo simbólico, como algo que só acontece por ele é quem ele é e porque nós esperávamos algo assim. O acuado Jimmy transforma-se no imbatível Jimmy, um homem absolutamente seguro de si que faz aquilo ali simplesmente porque ele pode (sei que é chover no molhado, mas que atuação incrível de [Bob Odenkirk](https://www.planocritico.com/tag/bob-odenkirk/), não?). Sei bem que o final mesmo está aqui, em Saul Gone, mas quando digo que a série tem dois finais, quero dizer que [Nippy](https://www.planocritico.com/critica-better-call-saul-6x10-nippy/), seu décimo episódio, também poderia ter sido um mais do que satisfatório encerramento para a saga de Jimmy McGill ou Jimmy Sabonete ou Saul Goodman ou Gene Takavic.