Grande mestre do humor e da poesia, o ilustrador francês Jean-Jacques Sempé desenhou um centena de capas para o magazine New Yorker.
O ilustrador da série "O Menino Nicolas" tinha 89 anos. Em 2018, o jornal francês Le Monde revelou que o ilustrador tinha uma empresa offshore no ambito da da investigação Panama Papers, Morreu Sempé, ilustrador do "Menino Nicolas"
Entre suas obras também está uma série de ilustrações para as capas da revista 'The New Yorker'.
Ele também é o autor da graphic novel "Senhor Lambert", em que narra o cotidiano de um bistrô em Paris e seus frequentadores. O artista é o criador da série infantil "O pequeno Nicolau", ao lado de René Goscinny, cocriador de "Asterix", e que foi transformada em filme, lançado no Brasil em 2010. Nascido em Pessac, na França, Sempé ficou conhecido mundialmente por uma série de mais de 100 ilustrações para as capas da revista "The New Yorker". Seus desenhos de linhas delicadas frequentemente mostravam pequenas figuras em paisagens urbanas, que rendiam comentários sobre a sociedade e a vida moderna.
O anúncio da morte do ilustrador e cartunista, que tinha 89 anos, foi feito nesta quinta-feira (11) à imprensa francesa por sua família.
, dos diretores Amandine Fredon e Benjamin Massoubre, ganhou o Cristal d'Or no Festival de Animação de Annecy, no leste da França. Quando eu encontrei o René Goscinny e decidimos fazer algo juntos, ele me disse que o Nicolau era o nosso personagem. Foi ele que com sua imaginação e humor inventou, a partir das minhas lembranças de infância, todas as histórias do Pequeno Nicolau”. “Na época não era um nome comum, poucas pessoas se chamavam Nicolau. Eu fiz uma caricatura para um jornal belga representando um menino e me pediram para dar um nome para o personagem. O presidente francês, Emmanuel Macron, declarou, em postagem no Twitter, que “Sempé não deixava escapar nada, mas tinha a elegância de permanecer sempre leve”. Um ônibus passou com uma publicidade sobre a loja de vinhos Nicolas (nome em francês) e eu escolhi.
De acordo com a agência Lusa, faleceu, na passada quinta-feira, dia 11, o cartoonista francês Jean-Jacques Sempé, autor da banda desenhada O Menino Nicolau.
Nas redes sociais, multiplicam-se as reações a este falecimento. É o caso de Nuno Markl, que partilhou um dos desenhos de Jean-Jacques Sempé. "Sempé (1932-2022). 'Criador de mundos felizes', como dizia a notícia de hoje da Deutsche Welle [estação pública alemã]", assinalou o radialista, na descrição. "O desenhador de humor Jean-Jacques Sempé morreu, de forma pacífica [hoje], à noite, 11 de agosto [de 2022], com 89 anos, na respetiva casa de férias, junto da mulher e de amigos próximos", afirmou o biógrafo e amigo, Marc Lecarpentier, num comunicado enviado à AFP e citado pela agência Lusa.
O cartunista francês Sempé, criador de O Pequeno Nicolau e que faleceu na quinta-feira (12) aos 89 anos, foi sobrevivente de maus-tratos, assim como seu ...
O traço extremamente simples de Sempé é enganoso, asseguram. Ele fugiu então daquele ambiente em direção a Paris, com seu caderno de desenhos debaixo do braço. Mas acabou desembarcando em seu país de origem. , em tradução livre) é obra de Amandine Fredon e Benjamin Massoubre, que entrevistaram Sempé antes de sua morte. "Petit Nicolas - Qu'est-ce qu'on attend pour être heureux?" O processo criativo de "O Pequeno Nicolau" será revelado em um documentário que será lançado em 12 de outubro na França.
O anúncio da morte do ilustrador e cartunista, que tinha 89 anos, foi feito nesta quinta-feira (11) à imprensa francesa por sua família.
Quando eu encontrei o René Goscinny e decidimos fazer algo juntos, ele me disse que o Nicolau era o nosso personagem. "Na época não era um nome comum, poucas pessoas se chamavam Nicolau. Eu fiz uma caricatura para um jornal belga representando um menino e me pediram para dar um nome para o personagem. O presidente francês, Emmanuel Macron, declarou, em postagem no Twitter, que "Sempé não deixava escapar nada, mas tinha a elegância de permanecer sempre leve".
Ilustrador francês morreu na noite passada aos 89 anos. Deixa uma obra imensa – inteligente, irónica, subtil, terna – que há 70 anos faz (e continuará a ...
Por Geert De Clercq PARIS (Reuters) - O cartunista francês Jean-Jacques Sempé, que ganhou fama internacional com uma série de mais de 100 ilustrações para ...
Nascido em 17 de agosto de 1932 em um vilarejo perto de Bordeaux, Sempé não concluiu o ensino médio, foi de emprego em emprego e ficou brevemente no Exército antes de se mudar para Paris na década de 1950 e começar a ganhar a vida com seus desenhos. Seu sucesso internacional veio no final dos anos 1970, quando ele começou a desenhar capas para a The New Yorker, ilustrando a vida da cidade vista por um observador de fora, seus personagens muitas vezes perdidos em grandes multidões ou contra grandes panoramas. Ele teve seu primeiro sucesso no final dos anos 1950 com a série "O Pequeno Nicolau" de livros infantis sobre um estudante, com o escritor de Asterix, René Goscinny.
Ele tinha colaborado com publicações prestigiosas como o "New Yorker" "Paris Match" ou "L'Express" e nos álbuns de uma personagem "O menino Nicolas" que o ...
Emmanuel Macron, chefe de Estado, frisou que Sempé tinha a elegância de manter sempre um tom ligeiro, enquanto Rima Abdul Malak, ministra da cultura, elogiava o seu humor infinito e uma liberdade absoluta. Estava muito satisfeito com este pedido desse jornal belga que representava um rapazinho. Contei-lhe todas as minhas lembranças de colónias de férias, coisas do género. Com a sua imaginação e o seu sentido de humor muito apurado foi ele que concebeu todas as histórias do Menino Nicolas."
Sempé começou a carreira nos anos 1950, na imprensa regional francesa. Ele foi um dos precursores do romance gráfico com Senhor Lambert, publicado em 1965. Mas ...
Steinberg foi um grande desenhista de humor e seus trabalhos publicados na prestigiosa revista New Yorker trouxeram-lhe grande celebridade, desde os anos 1940. Ele foi um dos precursores do romance gráfico com Senhor Lambert, publicado em 1965. O cartunista francês Jean-Jacques Sempé morreu nesta quinta-feira (11) aos 89 anos.
Depois de uma infância difícil, Jean-Jacques Sempé desforrou-se, divertindo-se a si e aos outros com os seus desenhos bem-humorados.
Sempé teria uma offshore para ocultar os seus bens e obter benefícios fiscais. Passou o período da guerra nos Pirenéus, e aos 14 anos abandonou a escola. «Fui entregue a uma ama de leite, e quase morri dos maus-tratos». Ao ponto de, em 2018, o Le Monde associar o seu nome ao escândalo dos Panama Papers. Um artista que, com os seus traços aparentemente simples, um pouco ingénuos até, dizia tudo, especialmente o que não pode ser dito por palavras. Como todos os bons ilustradores, Jean-Jacques Sempé não era apenas um simples ilustrador, mas alguém que pensava com lápis e papel.