Continuidade do cardeal-patriarca de Lisboa no cargo terá sido tema no encontro com o Papa Francisco, esta sexta-feira.
Gabinete de D. Manuel Clemente recusa quaisquer comentários à notícia que dá como certo que o Patriarca de Lisboa apresentou ao Papa um pedido de renúncia ...
A polémica em torno dos abusos da Igreja não caiu, apenas, sobre os responsáveis da diocese de Lisboa. Esta semana, o Expresso faz manchete com a notícia de que, também o bispo emérito de Setúbal, Gilberto Canavarro dos Reis, teria tido ocultado das autoridades judiciais queixas de abusos de menores cometidos por um padre que ainda se encontra no ativo. Mas, poucos dias mais tarde, o próprio Patriarcado veio a público assumir que um sacerdote da diocese de Lisboa tinha sido suspenso de funções, depois de ter sido apresentada em tribunal uma queixa por violação, entregue por uma mulher com quem o padre tinha mantido uma relação amorosa antes de ter sido ordenado. Há uma semana, o jornal Observador revelava em manchete que o cardeal Patriarca não deu seguimento a uma denúncia de abuso a um menor, praticado nos anos 90. Esta sexta-feira, no Telejornal da RTP, era revelado um outro caso, ocorrido em 2003, quando o atual Patriarca era reitor do Seminário dos Olivais e bispo auxiliar de Lisboa. A RTP revelava que D. Manuel sugeriu a responsáveis dos escuteiros que apresentassem a demissão, depois de estes terem apresentado queixa contra um sacerdote suspeito de abuso de menores e que já tinha sido afastado de outra paróquia, por idênticas acusações. "Profundamente triste e agastado" o cardeal Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, foi a Roma - em audiência privada, realizada a seu pedido - apresentar ao Papa a renúncia ao cargo. Aliás, a representação diplomática do Vaticano em Portugal fez, naturalmente chegar ao Papa informações sobre a situação, através do núncio colocado em Lisboa, que tem como missão manter Roma informada de todos as matérias que envolvam a vida da Igreja.
Cardeal-Patriarca de Lisboa pediu reunião com Papa após notícias das últimas semanas sobre a questão dos abusos sexuais e colocou o seu lugar à disposição, ...
No entanto, nem todos estes crimes são públicos e podem ser alvo de uma queixa sem ser pela inciativa da própria vítima ou pelo seu responsável, se for menor. E nessa conversa, avança agora o Nascer do Sol, terá estado também a questão da sua continuidade no cargo. Clemente manteve, no entanto, a posição de que tanto ele como o seu antecessor, D. José Policarpo, cumpriram as orientações canónicas e civis em vigor à época, como aliás veio a dizer numa carta aberta que publicou no site do Patriarcado de Lisboa três dias após a notícia do Observador. Ainda segundo o Nascer do Sol, Francisco terá pedido a D. Manuel Clemente que permaneça no cargo até às Jornada Mundiais da Juventude, em agosto de 2023 se o seu estado de saúde permitir.
Fonte próxima do bispo de Lisboa diz que este «está profundamente triste e agastado com o julgamento na praça pública e passar de bestial a besta após 50 ...
«Está profundamente triste e agastado com o julgamento na praça pública e passar de bestial a besta após 50 anos de missão na Igreja», disse ao Nascer do SOL fonte próxima do patriarca. Segundo o Nascer do SOL apurou, o nome nesta altura apontado para suceder a D. Manuel Clemente, o que será uma decisão do Papa, é o do cardeal Tolentino de Mendonça, desde 2018 no Vaticano. D. Manuel Clemente, de 74 anos, foi nomeado Patriarca de Lisboa em maio de 2013, tendo tomado posse a 6 de julho desse ano, nos primeiros meses do pontificado de Francisco, que o nomearia cardeal em 2015. Recordo que as regras e recomendações de 16 de julho de 2020 são posteriores», justificou D. Manuel Clemente, reiterando um compromisso de «tolerância zero e transparência total» desde que assumiu funções no Patriarcado. Uma das questões discutidas nas últimas semanas, também em função do estado de saúde de D. Manuel Clemente, foi a possibilidade de ser criada a figura de patriarca-adjunto, que entretanto terá sido afastada. Na carta aberta que divulgou na semana passada, D. Manuel Clemente assumiu a existência de uma denúncia em 1999 que não foi reportada à Justiça e que, já patriarca, marcou encontro com a vítima, que viria a realizar-se em 2019, não tendo então entendido que o devia fazer. Em comunicado, indicou apenas que D. Manuel Clemente foi recebido esta sexta-feira de manhã pelo Papa Francisco, em audiência privada.
A semana ficou marcada por notícias sobre casos de abusos sexuais encobertos por líderes da Igreja portuguesa, incluindo pelo cardeal-patriarca de Lisboa, ...
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Patriarcado de Lisboa mantém-se em silêncio. Não confirma nem desmente as notícias que dão como certa a ida de D. Manuel Clemente ao Vaticano para ...
O Cardeal-Patriarca de Lisboa terá colocado o seu lugar à disposição na audiência de ontem com o Papa Francisco para falar sobre os abusos sexuais na igreja ...
“Uma vez patriarca, marquei um encontro com a vítima, encontro esse que foi adiado a pedido da mesma. Em 2019, regressado do Encontro dos Presidentes das Conferências Episcopais da Europa sobre o tema ‘A proteção dos menores na Igreja’ promovida pelo Santo Padre em Roma, sobre a temática dos abusos, pedi um novo encontro à vítima, com quem conversei presencialmente. Nunca ninguém comunicou, nem sob anonimato, qualquer acusação”. “Além disso, o sacerdote continuou a gerir uma associação privada onde acolhe famílias, jovens e crianças, com o conhecimento de D. Manuel Clemente. Tudo, porque, justifica o próprio Patriarcado ao Observador, a vítima, que alega ter sofrido os abusos na década de 1990, não quis que o seu caso fosse público e queria apenas que os abusos não se repetissem”, noticiou o jornal. Esta semana, o Observador noticiou que o atual cardeal patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, “teve conhecimento de uma denúncia de abusos sexuais de menores relativa a um sacerdote do Patriarcado e chegou mesmo a encontrar-se pessoalmente com a vítima, mas optou por não comunicar o caso às autoridades civis e por manter o padre no ativo com funções de capelania”. O cardeal-patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, foi ontem recebido pelo Papa Francisco a propósito dos acontecimentos das últimas semanas, relacionados com suspeitas de abusos de menores na igreja em Portugal, revelou o Patriarcado.
A investigação da RTP revela que o atual cardeal-patriarca de Lisboa terá protegido um padre fortemente suspeito de abuso sexual de menores.
Manuel Clemente era na altura bispo auxiliar de Lisboa e reitor do seminário dos Olivais. A RTP contactou o Patriarcado por telefone e mail. A investigação da RTP revela que o atual cardeal-patriarca de Lisboa terá protegido um padre fortemente suspeito de abuso sexual de menores.
A notícia é avançada pelo jornal Nascer do Sol, que cita fontes próximas do bispo de Lisboa, que esta sexta-feira se reuniu com o Papa Francisco no Vaticano ...
De acordo com o jornal, o encontro terá servido também para discutir a continuidade do cardeal no cargo, que se mostrou disponível para colocar o seu lugar à disposição caso o Papa assim o entendesse, reiterando, contudo, que as decisões tomadas pelo Patriarcado de Lisboa basearam-se nas diretrizes de então da Igreja. Argumento, aliás, que já tinha utilizado numa carta aberta onde esclareceu a polémica em torno do silêncio perante uma denúncia de abuso sexual cometido por um padre, que manteve funções "numa capelania hospitalar". REVISTA DE IMPRENSA. O encontro terá servido para discutir a continuidade do cardeal no cargo, mostrando-se disponível para colocar o seu lugar à disposição caso o Papa assim o entendesse D. Manuel Clemente, o cardeal-patriarca de Lisboa que esta semana esteve envolvido numa polémica em relação à atuação do Patriarcado de Lisboa num caso de denúncia por abusos sexuais, terá dito ao Papa Francisco que, se fosse necessário, colocaria o seu lugar à disposição.
Audiência privada com o Papa Francisco pode ter servido para o Cardeal-Patriarca de Lisboa colocar o lugar à disposição, mas oficialmente não há nada a ...
Na altura disse que seria Cardeal- Patriarca nas Jornadas Mundiais da Juventude, em 2023, mas depois “o futuro a Deus pertence e é preciso que eu lá chegue”. A 22 de Julho, D. Manuel Clemente afirmava que “Lisboa vai precisar de um bispo a condizer com a juventude”. O contexto da declaração era outro. “O Patriarcado de Lisboa não tem nada a acrescentar em relação ao que já foi divulgado no comunicado acerca da audiência privada”. Foi desta forma lacónica que a instituição eclesiástica respondeu ao NOVO sobre se D. Manuel Clemente, Cardeal-Patriarca de Lisboa, tinha, ou não, colocado o seu lugar à disposição na audiência privada que pediu ao Papa Francisco, na passada sexta-feira.